10 de julho de 2008

O PRENDE SOLTA

A prisão circense do banqueiro Daniel Dantas traz uma série de perguntas que não conseguem respostas. Parece que a prisão de Daniel Dantas, mexeu com mais gente do que se imaginava. A forma da prisão, com a utilização de algemas, gerando protestos. Mas, em tudo parece que a utilização de algemas era apenas um mero.
Na verdade, a lição que se tira é que a PF promove um espetáculo para dar a impressão de que é séria e severa, mas é igual o carnaval tudo se faz para acabar na quarta feira. Todo mundo sabe que logo após a prisão, os corruptos são soltos. São beneficiados com hábeas corpus a jato. Deve ser para ninguém reclamar da falta de celeridade da justiça. Dá para concluir que o Cacciola foi burro. Fugiu desnecessariamente. Podia ter ficado, e, no caso de ser preso, um rápido hábeas corpus o livraria da cadeia.
Quem não se lembra que Daniel Dantas já disse que na justiça ele não tem problemas. Quem não se lembra também que ele mandou subornar o pessoal da PF, oferecendo um milhão em dinheiro, que foi encontrado na casa de um de seus auxiliares. Ele deve ter oferecido a grana para homenagear o bom desempenho dos agentes da PF que são brilhantes no cumprimento da lei.
E a contradição na justiça? Um autoriza a prisão temporária, outro concede hábeas corpus. Democracia e arbitrariedade no Brasil são diferentes do resto do mundo. Arbitrariedade é a prisão e morte de inocentes, enquanto os poderosos roubam ,matam , usurpam, dilapidam o erário e conseguem sair ilesos, cada vez mais escancarados nas suas investidas contra o Estado Democrático, ainda não existente no Brasil, mas ainda uma utopia. Democracia no Brasil tem cheiro de livre ação de organizações criminosas de agirem impunemente, sem interferência dos agentes da lei.

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