30 de setembro de 2009
FICHAS SUJAS
PELÉ E PAULO COELHO FAZEM PARTE DO LOBBY DO RIO PARA SED DA OLIMPÍADA
SÓ TEM CACIQUE NA FOLHA DE PAGAMENTO DO SENADO
HONDURAS VAI SUSPENDER ESTADO DE SÍTIO
O governo de Honduras confirmou à OEA sua disposição de revogar até amanhã, dia 1º, o decreto de estado de exceção, com o objetivo de não afetar as eleições de novembro. John Biehl,. o único representante do Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos em Honduras, informou, em entrevista à TV Brasil, que a decisão de revogar o decreto já foi tomada.
“Recebi a informação de uma fonte muita segura do governo. Já foi decidido revogar o decreto. Me surpreenderia muito se isso não acontecesse”, disse o representante da OEA. De acordo com Biehl, uma comissão de ministros de Relações Exteriores deve chegar no próximo dia 7 de outubro em Tegucigalpa.
AMORIM NÃO SABE DEFINIR STATUS DE ZELAYA
PT E PMDB EM LUTA PELO COMANDO DE AUTARQUIA QUA AINDA NÃO EXISTE
IGP-M SUBIU EM SETEMBRO
MANCHETES DOS PRINCIPAIS JORNAIS
Agora São Paulo
Veja qual será o aumento dos aposentados neste ano
A Tarde
CNJ afasta desembargador Rubem Dário
Correio Braziliense
Todos são caciques na folha do Senado
Correio do Povo
Emergência em 19 municípios
Diário do Nordeste
Justiça liberta pistoleiro
Estado de Minas
7.800 vagas abertas em BH
Extra
Bandidos voltam a seqüestrar ônibus lotado na Linha Amarela
Folha de São Paulo
Brasil recusou avião para Zelaya voltar, diz Amorim
O Estado de São Paulo
TCU manda parar 41 obras federais e irrita Planalto
Jornal do Commercio
Ladrões atacam dentro do metrô
Jornal do Brasil
Aposta na Olimpíada verde
O Globo
TCU pede bloqueio de obras do PAC por irregularidades
Valor Econômico
Investimento de R$ 74 bi agita o setor ferroviário
Zero Hora
Líder do PCC aproveita o regime semiaberto na Capital para fugir
Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Rede de militantes cresce depois do cerco a Mumbai
The Washington Post (EUA)
Depois dos votos, perspectivas para seguro de saúde pública opta Dim no Senado
The Times (Reino Unido)
No exato fim
The Guardian (Reino Unido)
O último lance de dados do Trabalho
Le Figaro (França)
Sarkozy alcança a juventude
Le Monde (França)
O novo plano para preservar a juventude da precariedade social
China Daily (China)
Feliz aniversário
El País (Espanha)
Redução das receitas força o governo a cortar investimentos
Clarín (Argentina)
Juiz de instrução espionou o dinheiro para as campanhas
LULA SANCIONAL LEI ELEITORAL
O presidente Lula sancionou a nova legislação eleitoral derrubando as restrições a debates na Internet durante a campanha eleitoral. A minirreforma eleitoral foi sancionada com três vetos. Lula aboliu a regra que exigia que a Internet tivesse que seguir as mesmas limitações estabelecidas para TVs e rádios.
EMPRESÁRIOS PROPÕEM RETORNO SIMBÓLICO DE ZELAYA
"Basicamente, o que estamos propondo é ter um presidente de nome e um conselho de ministros mandando no período que falta para as eleições", programadas para 29 de novembro, disse o empresário a jornalistas.
A restituição de Zelaya, abrigado na embaixada brasileira desde21 de setembro, depois de ter sido afastado da presidência em 28 de junho, até agora, tem sido o maior obstáculo a resolução da crise.
A proposta de Facussé inclui, além disso, a implantação em Honduras de uma "força militar" de soldados do Canadá, Colômbia, México e Panamá para garantir o cumprimento da ação.
O líder empresarial disse que o presidente de facto Roberto Micheletti aceitou a proposta. Zelaya, no entanto, ainda não comentou a possibilidade
29 de setembro de 2009
A FILIAÇÃO DE MEIRELLES AO PMDB
Meirelles vai continuar no Banco Central. De lá só sairá em abril de 2010, se for candidato a alguma coisa. Então, a decisão sobre a sua candidatura será tomada até o fim do mês de março de 2010.
Ele recusou o convite que lhe fez o presidente do PTB, Roberto Jefferson, para disputar a Presidência da República pela legenda. Não lhe entusiasma a opção de ser o vice do presidenciável do PSB, deputado Ciro Gomes (CE). Também, contornou e descartou a possibilidade de sair candidato a governador de Goiás.
Assim, restam apenas três opções a Meirelles: a primeira, continuar no Banco Central até o fim do governo Lula, ou uma alternativa a essa opção: Meirelles continuaria na presidência do BC ou seria promovido a outra missão, por exemplo, o ministério da fazenda – opção que tornaria desnecessária a filiação, com o agravante de obrigar o Meirelles a sofrer o risco de passar quatro anos sem cargo executivo ou legislativo. As duas outras duas opções seriam a candidatura de Meirelles ao senado ou a vice-presidência.
Meirelles passou, até agora, todo o governo Lula no Banco Central. Em 2002 renunciou a um mandato de deputado federal, eleito pelo PSDB. Não concorreu a nenhum cargo em 2006. Esse fato nos leva a crer que lhe foi prometido algo pelo presidente. Deve ser por isso, que o Meirelles quer ouvir o Lula antes de assinar a ficha no PMDB
LULA CIDADÃO DO MUNDO
PROJETO PARA TAXAR POUPANÇA DEVE SER ENGAVETADO
LOBBY PODEROSO DE EMPRESÁRIOS DEFENDE NOMEAÇÃO DE JOSÉ ANTONIO DIS TOFFOLI
BRASIL VAI TROCAR EMBAIXADOR EM WASHINGTON
DILMA ESTÁ CURADA, DIZEM MÉDICOS
PRESENÇA DE OBALA ABALA OUTROS CONCORRENTES
O Globo conta, no entanto, que mesmo com a confirmação da presença de Obama, as apostas no Rio continuam em alta. O site especializado Games Bids atualizou seus prognósticos e o Rio continua em primeiro, mas caiu de 61,61 para 61,42 (o site usa modelos matemáticos para calcular as chances de vitória). Já Chicago subiu de 60,01 para 61,24. Tóquio também caiu de 59,2 para 59,02, enquanto Madri manteve os mesmos 57,80.
A direção do Games Bids cita como exemplos as vitórias de Londres em 2012 e de Sochi, na Rússia em 2014 (Olimpíadas de Inverno) de como os líderes de governo podem influir na decisão. O Games Bids acertou o resultado final em ambos os casos.
-É muito provável que as duas últimas eleições olímpicas tenham sido decididas porque os líderes das nações falaram ao COI horas antes da votação. Não há dúvidas que a visita do presidente a Copenhague irá representar votos nessa disputa muito apertada - disse Robert Livingstone, produtor do GamesBids.com.
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
O Japão, diante do anúncio americano, confirmou a presença do primeiro-ministro, Yukio Hatoyama. Em edições passadas, a presença de chefes de estado foi decisiva, como para Londres (Inglaterra) em 2012 e Sochi (Rússia) em 2014. A disputa para 2016 é uma das mais acirradas. De acordo com especialistas e casas de apostas, Chicago e Rio são as favoritas, e Tóquio e Madri correm por fora.
Obama deve desembarcar na sede do evento na manhã do dia da votação, vai se reunir com os representantes mais importantes e fazer seu discurso. Analistas dizem que sua presença terá influência no resultado final. Michael Peney, ex-diretor de Marketing do COI, confirmou que o presidente tentará desfazer o sentimento antiamericano que existe hoje no COI. Os dois grandes fracassos da entidade nos últimos 20 anos ocorreram justamente com os EUA. Em 1996, Atlanta pôs os interesses comerciais acima dos esportivos. Anos mais tarde, Salt Lake City, nos Jogos de Inverno, foi palco de escândalo de compra de votos de integrantes do COI. "Obama trará discurso de que Chicago e ele representam nova fase dos EUA", disse Peney.
PANTOMINA
CHÁVEZ EM FOCO
O ESTADO DE SAÕ PAULO 29/09/2009
PRESIDENTE DÁ POSSE A NOVO MINISTRO E DEFENDE DAR CARGO A BASE ALIADA
Folha de S. Paulo - 29/09/2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem na posse do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a necessidade de ter base aliada, mesmo que haja críticas de que partidos empregam muita gente na administração pública.
A HIPOCRISIA DA ESQUERDA
Rodrigo Constantino
O Globo - 29/09/2009
O presidente Hugo Chávez afirmou que “sabia de tudo” sobre a volta do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ao país, e ainda disse ter ajudado a “despistar” as autoridades sobre o seu paradeiro. O governo brasileiro nega ter participado da operação de retorno de Zelaya, mas parece extrema ingenuidade crer que ele simplesmente se “materializou” na embaixada brasileira, junto com dezenas de pessoas. Sem falar que Zelaya esteve no Brasil conversando com o presidente Lula pouco antes. Além disso, a embaixada não ofereceu asilo, e sim abrigo, tornandose um palco para os discursos políticos de Zelaya. Fica claro que o governo brasileiro adotou uma postura ativa em relação aos acontecimentos internos de Honduras.
Tudo isso já seria bastante absurdo do ponto de vista da diplomacia entre nações. Mas aqui eu gostaria de focar no aspecto da incoerência dos discursos e atos dos líderes de esquerda da América Latina. Afinal, são esses mesmos presidentes — Chávez e Lula — que costumam acusar o governo americano, não sem razão, de atos imperialistas quando este se mete indevidamente em assuntos locais dos países latino-americanos. Por que quando o governo americano interfere nos assuntos de outros países é “imperialismo”, mas quando o governo venezuelano faz o mesmo trata-se de uma “luta pela democracia”? O uso de dois pesos e duas medidas também costuma ser chamado de hipocrisia. É quando alguém utiliza critérios diferenciados para julgar, na tentativa de sempre condenar o que não gosta e proteger seus aliados ou interesses. Por exemplo, quando aquele que abraça uma cruzada pela democracia é o mesmo que defende o regime cubano, a mais duradoura ditadura do continente. Ou quando aquele que culpa o embargo americano a Cuba por sua miséria é o mesmo que condena a globalização e chama o comércio com os americanos de “exploração”. Ou ainda aquele que fala em “solução pacífica” enquanto incentiva atos de vandalismo como mecanismo de pressão.
Tanta incoerência, tanta contradição, possui apenas uma explicação possível. Esses governantes esquerdistas não estão preocupados com princípios ou com a coerência, mas sim com a única coisa que eles almejam de verdade: o poder.
Para este fim, eles estão dispostos a aceitar quaisquer meios. A hipocrisia é apenas mais um desses métodos utilizados para a conquista plena do poder.
Ao menos as verdadeiras virtudes ainda são reconhecidas, pois, como disse La Rochefoucauld, “a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude”. Isto é, quando Chávez apela para uma retórica em defesa da “democracia”, é porque ele sabe que o povo a valoriza. Não o que ele chama de democracia, a sua “revolução bolivariana”, que não passa de uma ditadura velada que ele tenta exportar para toda a região com seus petrodólares. Mas sim aquela democracia republicana que respeita os direitos das minorias, a propriedade privada, as liberdades individuais e de imprensa.
Ou seja, justamente a democracia que anda faltando na região, cada vez mais vítima de caudilhos autoritários que pretendem governar para sempre um povo de súditos.
Chegou a hora de dar um basta a esta hipocrisia. Um povo que pretende ser livre precisa defender princípios, não seus “camaradas” como se fossem membros de uma máfia. A fidelidade deve ser aos valores comuns, não aos aliados, por interesses escusos. Todo tipo de imperialismo deve ser condenado, independentemente de quem é o imperialista. Caso contrário, tratase de pura hipocrisia.
SERRA CRITICA A LULA
O Estado de S. Paulo - 29/09/2009
A CRISE HONDURENHA DESENHADA EM 16 FATOS. NÃO SE DEIXE ENROLAR!
DE REINALDO AZEVEDO
…FATO NÚMERO UM - a Constituição de Honduras foi democraticamente instituída. E, neste meu desenho em palavras, isso nos remete imediatamente ao…
…FATO NÚMERO DOIS - a Constituição de Honduras tem um artigo, o 239, cuja redação muita gente considera curiosa, um tanto amalucada e, querem alguns, contrária a alguns bons princípios do direito. Pode ser. A Constituição brasileira tabelava os juros, por exemplo. Na reforma constitucional, o artigo caiu em razão de uma emenda supressiva proposta pelo então senador José Serra. Voltemos à Constituição hondurenha. Estabelece o artigo 239:
…FATO NÚMERO CINCO - a Corte Suprema de Justiça considerou a consulta INCONSTITUCIONAL. E todos aqueles, pois, que se envolvessem com a rua realização estariam incorrendo numa ilegalidade. Assim, chegamos ao.......
…FATO NÚMERO SEIS - é o mais importantes da história toda. Manuel Zelaya desconsiderou a decisão da Justiça e deu ordens ao Exército para que seguisse adiante com o plebiscito, já que a Força era a responsável pela realização da consulta. Notem bem: se o Exército tivesse sido obediente às ordens de Zelaya, o chefe do Executivo estaria tomando decisões contrárias à vontade do Congresso e à decisão da Justiça. ERA O GOLPE, O VERDADEIRO GOLPE. Assim, estamos diante do…
…FATO NÚMERO SETE - Zelaya organizou seus bate-paus do sindicalismo para surrupiar as urnas que estavam nos quartéis (conforme o plano original) e realizar a tal consulta ao arrepio do Congresso, da Justiça e das Forças Armadas. Mas o que têm as Forças Armadas com isso? Exercem em Honduras o mesmo papel Constitucional que exercem no Brasil. E isso nos remete ao…
…FATO NÚMERO OITO - as Forças Armadas de Honduras, como no Brasil, são garantidoras da ordem constitucional caso ela seja ameaçada, conforme reza o artigo 272, a saber:Las Fuerzas Armadas de Honduras, son una Institución Nacional de carácter permanente, esencialmente profesional, apolítica, obediente y no deliberante. Se constituyen para defender la integridad territorial y la soberanía de la República, mantener la paz, el orden público y el imperio de la Constitución, los principios de libre sufragio y la alternabilidad en el ejercicio de la Presidencia de la República. Chegamos, então, ao…
…FATO NÚMERO NOVE - a Corte Suprema entendeu - e lhe cabe interpretar a Constituição, se esta já não fosse bastante explícita - que a deposição de Zelaya foi automática. O artigo 272 confere às Forças Armadas, na prática, o papel de executoras da medida. Seguindo ainda outros dispositivos constitucionais, Roberto Micheletti assumiu, legal e legitimamente, a Presidência da República, com o apoio da Justiça e do Congresso. E vamos ao…
…FATO NÚMERO DEZ - Quando Zelaya deixou o país - forçado, como ele diz; ou numa negociação, como muitos asseveram -, já não era mais o presidente. E não é uma questão de gosto ou ponto de vista afirmar se era ou não. O texto constitucional que regula a vida hondurenha - assim como o do Brasil regula a nosso, com ou sem despautérios - deixa claro que não era. Não era mais porque o Artigo 239 fala da deposição “de imediato”. Não era mais porque a Corte Suprema, interpretando a Constituição, formalizou a sua destituição. Note-se que esse processo levou tempo. Zelaya sabia que caminhava para um confronto com o Congresso e com Justiça. Bom bolivariano aprendiz, tentou dividir as Forças Armadas. E chegamos, então, ao…
…FATO NÚMERO ONZE - O que aconteceu em Honduras foi, óbvia e claramente, um contragolpe. Se o Exército tivesse obedecido às ordens de Zelaya ou se a consulta tivesse se realizado contra a decisão da Corte Suprema e sob o olhar cúmplice das Forças Armadas, o golpe teria sido dado por ele. E POUCO IMPORTA SE ELE TERIA OU NÃO CONDIÇÕES OU TEMPO DE SE REELEGER. ISSO É ABSOLUTAMENTE IRRELEVANTE. Caminhemos para o…
…FATO NÚMERO DOZE - Zelaya “foi retirado do país de pijama, e isso é inaceitável”. Pode ser, mas, por si, não caracteriza golpe. Zelaya, àquela altura, era um ex-presidente que havia atentado contra a lei máxima do Estado hondurenho pelo menos três vezes:- quando quis fazer a consulta:- quando deu uma ordem ilegal ao Exército;- quando decidiu fazer a sua consulta na marra.Jamais deveria ter sido tirado do país, à força ou não. Deveria ter ficado para responder por seus crimes, mas não mais como presidente da República, que esta condição ele já tinha perdido quando:a - propôs a consulta contra o artigo 239 - mas foi tolerado;b - quando deu reiteradas ordens contra a decisão da Justiça.Ter sido eventualmente vítima de uma decisão arbitrária (tenho fontes muito boas que me asseguram que ele pediu para sair, mas isso é irrelevante) pede, pois, a punição daqueles que cometeram a arbitrariedade. Mas isso não significa recondução ao poder de um presidente que, não bastasse a autodestituição, foi cassado pela Corte Suprema de um país, reitero, DEMOCRÁTICO. Estamos às portas do…
…FATO NÚMERO TREZE - Não existe processo de impeachment na Constituição de Honduras. Por mais que muitos estranhem em tempos ditos globalizados, países têm as suas próprias leis. Pode-se achar que o Artigo 239 é um atentado a este ou àquele princípio, mas Constituições não são universais. De toda sorte, grife-se, houve, sim, o devido processo legal que resultou na deposição - não na saída do país - de Manuel Zelaya. Ele não deixou para trás o cargo de presidente quando foi tirado de Honduras. Foi tirado do país quando já não tinha mais presidente. A ilegalidade (se foi contra a vontade) desse ato não tem o condão de fazer duas coisas:a - retroagir no tempo, anulando a sua cassação, que já tinha sido decidida pela Corte de Justiça;b - tornar o golpista vítima do golpe. Ou não era um golpe a tentativa de jogar o Exército contra a Justiça e o Congresso? Assim, vou para o…
…FATO NÚMERO CATORZE - Se ele tentou dar um golpe (duas vezes) e foi impedido pela Justiça e pelas Forças Armadas - com a anuência do Congresso -, os que o contiveram, mantendo a integridade da Constituição, deram foi um contragolpe. Destaco agora o…
…FATO NÚMERO QUINZE - Não me peçam para anuir que, vá lá, golpe foi, ainda que diferente, ainda que necessário, sem que isso torne Zelaya um cara bacana… De jeito nenhum! Achasse eu ter-se tratado de um golpe, estaria defendendo a sua reinstação no poder. Concluo, pois, no…
…FATO NÚMERO DEZESSEIS - Este já tem a ver com a tese esposada por este blog desde o primeiro dia. As democracias da América Latina - e suas instituições - têm de ficar atentas para o golpe das urnas - ou “absolutismo das urnas”, como chamo. Também entre nós há correntes de “juristas” (com carteirinha do PT, evidentemente) que pretendem instituir a democracia plebiscitária. Temos de contê-los. Honduras foi o primeiro país da América Latina a coibir, com um contragolpe, o golpe bolivariano.
Se a tramóia chavista malograr no país, o chavismo começa a morrer. Se triunfar - e direi em outro post o que chamo “triunfo” -, todos nós estaremos um pouco mais ameaçados do que antes. Os que, com mais ou com menos ênfase, chamam “golpe” o que aconteceu em Honduras estão, por enquanto simbolicamente, pondo em risco a própria liberdade.
Honduras é um país pequenino e pobre. Mas decidiu que pretende equacionar seus problemas com democracia. Tomara que consiga. E minha admiração por aqueles que resistem ao cerco bolivariano e dos liberais do miolo mole é imensa
SERRA, TENHO MAIS O QUE FAZER
O Globo - 29/09/2009
Em resposta a Ciro, governador diz que não baixará nível
SÃO PAULO. Ao responder às críticas do deputado federal Ciro Gomes (PSB), pré-candidato à Presidência, que disse na última sextafeira considerá-lo “mais feio na alma do que no rosto”, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou ontem que não pretende baixar o nível do debate político no país. Também pré-candidato à Presidência, Serra argumentou ter mais o que fazer e que não responderia a Ciro. Disse não acreditar no risco de uma campanha marcada por ataques pessoais na disputa pelo Palácio do Planalto no ano que vem: — Comigo não tem esse risco porque não entro no (debate de) baixo nível. Tenho mais o que fazer, que é trabalhar para corresponder à expectativa de pessoas que me elegeram governador — disse Serra, durante a inauguração de uma escola técnica na favela de Heliópolis, na capital paulista.
EUA CONDENAM ZELAYA E CRITICAM 'OS QUE O AJUDARAM
O Estado de S. Paulo - 29/09/2009
EUA CRITICAM 'VOLTA TOLA' DE ZELAYA
NAS MÃOS DE LULA
O GLOBO - 29/09/2009
Ele não se interessa em continuar no mercado financeiro na iniciativa privada, onde fez sua carreira. Mas também não pretende entrar na política em oposição ao presidente Lula e, portanto, não está levando em conta a oferta do PTB para que saia candidato à Presidência da República.
O partido, embora ainda da base governamental, tem apresentado na televisão programas bastante agressivos contra o governo, aparentemente desembarcando do apoio. A não ser, o que parece improvável, que o próprio Lula o aconselhe a isso, situação em que terá mudado de opinião quanto às vantagens de ter apenas um candidato da base do governo.
Se se filiar a algum partido, p r o v a v e l m e n t e s e r á a o PMDB, mas a disputa do governo de Goiás está praticamente descartada, por uma questão de timing. Meirelles considera arriscado sair imediatamente do Banco Central, despertando as especulações e incertezas naturais para uma substituição desse nível num momento em que, na sua visão, a recuperação da economia ainda está frágil.
Ao contrário do otimismo exagerado do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Meirelles vê risco de retomada de inflação com o desequilíbrio das contas públicas. A própria agência de avaliação de risco Moody’s, que acaba de dar o grau de investimento ao Brasil depois da crise, chamou a atenção para o desequilíbrio fiscal, embora não o considere grande o suficiente para ser controlado pelo governo.
O mercado financeiro, de maneira geral, aceita que o governo atual não controle o gasto público, certo de que um futuro governo vai fazer as “maldades” necessárias.
Embora os gastos tenham sido atribuídos na sua totalidade a políticas anticíclicas do governo para combater a crise, não há dúvidas de que parte do descontrole fiscal teve motivação eleitoral, a crise tendo sido um pretexto a posteriori para o descontrole que já havia sido contratado.
De olho nessa situação ainda incerta, Meirelles não pretende deixar o BC pelo menos antes de março, mas os peemedebistas de Goiás lhe dizem que, para disputar o governo, teria que sair agora, para começar as negociações políticas regionais.
Os políticos necessitam de uma sinalização segura para formar as alianças que organizarão o palanque estadual para apoiar a chapa de presidente, e o partido precisa montar sua chapa de senadores e deputados federais e estaduais desde já, não querem esperar por março, último prazo para a desincompatibilização de quem está em governos.
Nesse caso, Meirelles desistiria do projeto e resumiria suas opções a uma das duas vagas do Senado ou a vicepresidente na chapa oficial, desde que o PMDB oficialize sua adesão à candidatura de Dilma Rousseff. Como essa decisão só será sacramentada pela convenção partidária, a ser realizada em junho do próximo ano, e não há nenhuma garantia de que ela seja realmente tomada, o projeto político de Meirelles parece reduzido à disputa pelo Senado.
Além do mais, o presidente da Câmara, Michel Temer, é candidato declarado à vaga de vice pelo PMDB. Somente com uma intervenção, no devido tempo, do próprio presidente Lula, seria possível reverter essa situação que parece consolidada
Na conversa com Lula, certamente entrará no jogo a possibilidade de Meirelles vir a ser convidado para a equipe da candidata Dilma Rousseff, mesmo que não seja para a Vice-Presidência.
Um acordo implícito, que sinalize a possibilidade de Meirelles ser o próximo ministro da Fazenda em caso de vitória, seria também um recado para o mercado de que o equilíbrio fiscal continuaria a ser uma prioridade.
Assim como a presença de Antonio Palocci na coordenação da campanha.
Em ambos os casos, porém, a ministra teria que mudar seu pensamento econômico, pois, em fins de 2005, pouco antes de ter que sair do governo devido à acusação de violação do sigilo do caseiro, Palocci entrou em rota de colisão com Dilma sobre uma proposta de ajuste fiscal de longo prazo apresentada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, com o seu apoio
A chefe da Casa Civil classificou publicamente a proposta de “rudimentar”, explicitando um racha dentro do governo com relação ao gasto público.
Ele continua defendendo sua “proposta rudimentar” de reduzir os gastos gradativamente para que, num período de dez anos, fiquem abaixo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o que daria uma sinalização de equilíbrio de longo prazo para a economia.
Mas o descontrole pode ser tal que o futuro governo não conseguirá contê-lo tão facilmente. Quanto mais tempo durar o descontrole, e estamos ainda a 15 meses do novo governo, maior será a “maldade” a ser feita, e a oposição não aceitará. É possível ver o próprio PT fazendo oposição a Dilma Rousseff, e ainda mais se o presidente for do PSDB.
Na questão fiscal, o governador de São Paulo, José Serra, tem um histórico mais favorável que Dilma, é reconhecido como bom gestor e cortador de custos. Suas desavenças com o governo federal e com os próprios parceiros tucanos têm mais a ver com a autonomia do Banco Central e a política cambial, o que torna o presidente do Banco Central um alvo preferencia
MANCHETES DOS PRINCIPAIS JORNAIS
Agora São Paulo
Veja tabela com os valores de sua aposentadoria por idade
A Tarde
Estado investe pouco em áreas prioritárias
Correio Braziliense
Mais uma chance para fantasmas do Senado
Correio do Povo
Águas destruidoras
Diário do Nordeste
STJ determina que teste do bafômetro é obrigatório
Estado de Minas
Sinal vermelho para a guarda
Extra
Greve de banco obriga aposentado a receber salário em caixas 24h
Folha de São Paulo
Golpista fecha rádio e TV em Honduras
Jornal do Brasil
Jogos vão gerar dois milhões de empregos
Jornal do Commercio
Pernambuco avança na luta contra Aids
O Estado de São Paulo
EUA condenam Zelaya e criticam 'os que o ajudaram'
O Globo
Honduras cede e promete suspender estado de sítio
Valor Econômico
Acaba a exclusividade nos cartões de crédito
Zero Hora
Cheias desabrigam mais de 6 mil no RS
Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Combate ao aborto complica debate sobre saúde
The Washington Post (EUA)
Supremo Tribunal considera implicações de Estado-Igreja de cruz Mojave
The Times (Reino Unido)
Escolas alertam para o combate ao cancer depois da morte de menina de 14 anos
The Guardian (Reino Unido)
PM promete repressão aos maus pais
Le Figaro (França)
Aumento recorde em impostos locais
Le Monde (França)
Orçamento 2010: prioridade é emprego
China Daily (China)
Rajoy pressiona Camps para que tome medidas pelo "caso Gürtel"
Clarín (Argentina)
EUA pede uma solução para o conflito de Kraf
28 de setembro de 2009
INSENSATEZ DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE
Folha de S. Paulo - 28/09/2009
O PRODUTOR rural é o responsável por abastecer com alimento barato a mesa dos cidadãos brasileiros e levar nossos produtos (alimentos, fibras, energia) a mais de 150 países, esforço que já garantiu à nação aproximadamente US$ 200 bilhões em reservas cambiais.Além de sustentar as exportações, o produtor é o protagonista do agronegócio (que é um só, seja ele familiar ou empresarial), setor que impulsiona o PIB e multiplica empregos. Se a agricultura vai bem, a indústria produz e o comércio limpa a prateleira. Caso contrário...Para cumprir essa missão, o produtor sente a cada dia o aumento dos custos e o achatamento de margens. Para manter-se competitivo e produzir com sustentabilidade, ele tem que incessantemente investir em tecnologia, gestão, certificação relacionada à segurança, qualidade e respeito socioambiental de produtos e processos a fim de atender às exigências dos mercados doméstico e internacional. Tudo isso custa -e muito.Entretanto, ao propor reajustar os índices de produtividade da agropecuária, o governo parece ignorar essa realidade e pega de surpresa um dos setores mais eficientes da economia.Já pressionado pela ausência de uma política agrícola consistente, que carece urgentemente de um maciço seguro rural, e por arrastados investimentos em infraestrutura logística, o setor rural é, agora, mais uma vez golpeado diante da ameaça de revisão dos índices, medida que não dá chance de defesa ao produtor.Com esse gesto, o governo deu um claro exemplo de que, em alguns assuntos, ainda vive do passado.Primeiro, porque fez o anúncio logo após manifestações do MST, o que não nos faz pensar outra coisa: o governo pautou seu trabalho por um grupo que nem sequer existe juridicamente, para não arcar com possíveis processos, e que se camufla de social, sendo, na verdade, de atividade política anarquista.Segundo, ao levar adiante a questão, o governo ainda encampa a ideia de que a agropecuária usa terra como reserva de valor. Em um mundo globalizado, em que o agronegócio brasileiro é um dos líderes, quem for perdulário não está tendo uma atitude egoísta, está sendo burro.Como inteligentemente disse o ex-ministro Roberto Rodrigues, o mercado desapropria quem é improdutivo. Não é preciso uma lei.O índice tinha razão de ser em décadas passadas, quando o Brasil tinha moeda fraca e vivia o pesadelo da inflação. Naquela época, tinha-se a terra como poupança, patrimônio, muitas vezes sem usá-la. A realidade mudou.A Constituição Federal define que a propriedade rural deve alcançar determinada eficiência na produção para evitar a desapropriação, ou seja, cumprir a chamada função social da terra (artigo 186). Porém, veda expressamente a desapropriação de propriedades produtivas para fins de reforma agrária (artigo 185).A existência de indicadores de produção para agropecuária é uma insensatez. Comércio, indústria e serviços não têm índices, baseados em lei, a cumprir. Nesses casos, o livre mercado trata de regular produção e produtividade, atrelando o desempenho à conjuntura de preços e custos.O produtor rural é influenciado pelo cenário econômico. Um frigorífico ou uma usina de açúcar e álcool que, eventualmente, são obrigados a reduzir a atividade se tornam uma porta fechada para o produtor. Mesmo assim, ele terá que continuar produzindo só para atender a um indicador de produtividade, correndo o risco de não ter para quem vender e, assim, amargar prejuízo? Situação complicadíssima que vem ocorrendo em razão do recuo de demanda e preços por causa da crise internacional.No Brasil, ainda se tem a concepção romântica de que um pedaço de terra resolve o problema. A terra é um pequeno componente da produção. Sozinha, não serve para nada.Eficiente, o agronegócio gera emprego e renda, produz comida segura e barata, impulsiona as exportações, garantindo bilhões de dólares em reservas cambiais, num processo contínuo de transferência de benefícios socioeconômicos à sociedade brasileira. É esse resultado que o governo quer dilapidar?Somos contra o conceito dos índices de produtividade. Obrigar uma empresa, no caso, uma fazenda, a produzir sem as adequadas condições econômicas leva à falência, com a destruição da estrutura produtiva e dos empregos.Será que uma reforma agrária distributivista é a única forma que o governo imagina para o acesso à terra? Para as cidades, temos programas de financiamento, como o "Minha Casa, Minha Vida". Por que não tentar algo similar para o campo?O debate sobre o tema deve ser feito sem viés ideológico.
O BOBO DE CHÁVEZ
Ajeita daqui, ajeita dali, ficou assim a história oficial da mixórdia contada com pequenas diferenças por Chávez, Zelaya e porta-vozes informais de Lula. Na manhã da última segunda-feira, Xiomara Castro, mulher de Zelaya, procurou Francisco Catunda, o encarregado de negócios da embaixada do Brasil em Honduras e única autoridade ali presente.
Por escolha pessoal, Catunda é um diplomata de terceiro escalão que está perto de se aposentar. Poderia ter sido embaixador. O poeta João Cabral de Melo Neto, por exemplo, foi embaixador em Honduras. Catunda, porém, truncou sua própria carreira ao recusar cargos que o levariam a servir em locais distantes do Ceará, onde nasceu. É fissurado em Fortaleza.
Para genuíno espanto de Catunda, Xiomara lhe disse que Zelaya estava dentro de um carro a poucos metros da sede da embaixada. Em seguida, orientou-o a consultar seus superiores sobre o desejo de Zelaya de obter refúgio. Catunda telefonou para Brasília, que por sua vez alcançou Lula voando para Nova Iorque. Depois do susto, Lula respondeu: tudo bem.
A se acreditar na história oficial, portanto, Chávez armou para cima de Lula. Com meios fornecidos por ele, Zelaya tentara antes duas vezes regressar a Honduras. Da primeira só conseguiu sobrevoar o aeroporto de Tegucigalpa em avião cedido por Chávez. Da segunda foi barrado na fronteira com El Salvador. Fez uma graça, tomou uns tragos e foi embora.
Quem anunciou triunfante o paradeiro de Zelaya uma vez instalado na embaixada do Brasil? Chávez, ora. De duas, uma: ou faltou coragem a Lula para dizer algo do tipo “ninguém empurra nada goela abaixo do Brasil” e negar hospedagem a Zelaya, ou ele concluiu rapidamente que seria uma boa virar um dos protagonistas da crise hondurenha.
Por que Chávez não mandou Zelaya para a embaixada da Venezuela? Porque sabe que não conta com a simpatia internacional – Lula conta de sobra. Por que não mandou Zelaya para a embaixada dos Estados Unidos? Porque lá ele só seria acolhido na condição de asilado. E asilado tem de obedecer a regras seculares de asilo. Uma delas: manter o bico fechado.
Zelaya transformou a embaixada do Brasil na casa da mãe Juanita. Um dia depois de sua chegada, a embaixada estava ocupada por cerca de 300 partidários dele, incluídos guarda-costas armados, uma equipe de televisão da Venezuela, outra de uma rádio local e, sim, um blogueiro norte-americano. Blogueiro é uma praga. Está por toda parte.
Lula deu ordem a Zelaya para não fazer conchavos dentro da embaixada. Brincou, não foi? Como não pode fazer do lado de fora, e como está na embaixada justamente para fazer conchavos capazes de lhe restituir o poder, Zelaya ignorou a ordem de Lula. Passou a conceder audiências a quem o procura. E a dar dezenas de entrevistas diárias.
O dono do pedaço é Zelaya. O Brasil emprestou sua soberania para que Zelaya tente derrubar o governo que substituiu o dele. Se a história oficial for mentirosa, se existirem de fato manchas verdes e amarelas na operação de retorno de Zelaya a Honduras, o Brasil deu uma de país imperialista interferindo diretamente nos assuntos internos de outro país.
Mas se a operação carregou com exclusividade as cores da Venezuela, por mais que me doa à alma isso significa dizer que Chávez fez Lula de bobo (nada de inédito). Pois ao fim e ao cabo, o resultado será o mesmo: a interferência nos assuntos internos de Honduras do Brasil candidato a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, o país do “cara”, do pré-sal e da marolinha vencida vapt-vupt.
CIRO QUER DAR VAGA DE VICE PARA PDT
O Estado de S. Paulo - 28/09/2009
Ciro deve oferecer vice ao PDT para ter tempo na TV
O pré-candidato do PSB à Presidência, deputado Ciro Gomes (CE), tem um trunfo para fechar a aliança com o PDT do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e viabilizar sua candidatura com maior espaço na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Um aliado de Ciro que acompanha as negociações da corrida sucessória informa que o pré-candidato deve oferecer o posto de vice em sua chapa justamente ao ministro Lupi, que é presidente licenciado do PDT.
Além dessa oferta aos pedetistas, o PSB de Ciro trabalha para reeditar o bloquinho que funcionou na Câmara com o PDT e o PC do B porque só tem garantido 1 minuto e 11 segundos em cada um dos dois blocos diários de 25 minutos de propaganda eleitoral na TV. O tempo pode dobrar com a divisão da sobra dos minutos que couberem aos partidos que não apresentarem candidatos a presidente. Ainda assim é pouco.
O desafio de fortalecer o palanque eletrônico não é o único que ocupa os aliados de Ciro. O PSB não pode confrontar com o PT da pré-candidata e ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e tem de contar com a "compreensão" do governo para fechar as alianças com partidos aliados ao presidente Lula.
"Temos de montar o palanque do Ciro sem desmontar o palanque da Dilma", resume o senador Renato Casagrande (PSB-ES), certo de que é possível manter um bom relacionamento na base governista para que os aliados estejam juntos no segundo turno da corrida presidencial. "Mesmo com duas candidaturas teremos diálogo nos Estados." Casagrande é um dos que veem no PDT um bom parceiro para compor a vice com os socialistas. Adverte, porém, que por enquanto não existe uma proposta oficial de seu partido à direção pedetista.
Um interlocutor comum de Ciro e Lupi aposta que o ministro aceitaria o convite e acrescenta que ele tem autonomia para fazê-lo, na condição de presidente nacional licenciado do PDT. Pondera, no entanto, que Lupi precisará obter o aval de Lula para fechar o acordo. O mesmo interlocutor explica que o ministro do Trabalho não faria nada que contrariasse uma determinação presidencial.
Em qualquer cenário, Ciro terá de enfrentar a resistência de alguns setores do PDT. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) é um dos que admitem que a parceria "faz sentido" dentro do processo eleitoral, mas diz que tem dificuldades para compreender a candidatura Ciro como uma alternativa progressista para o País. Ele defende a tese de que a melhor opção para fortalecer o partido seria o lançamento de um nome próprio para disputar a Presidência, em vez da candidatura a vice.
Vários pedetistas também se queixam de que a experiência da última eleição não foi boa e dizem que Ciro anunciou apoio a Lula no segundo turno de 2002 sem antes consultar os companheiros. "O discurso dele passa a ideia de um homem conservador e emocionalmente instável", diz Cristovam. "É um discurso sobre taxa de crescimento que faz com que ele passe a ideia de candidato a ministro da Fazenda, e não de um estadista que defende uma inflexão na história do Brasil."
HONDURAS BARRA A OEA E FAZ AMEAÇAS AO BRASIL
O Globo - 28/09/2009
GOVERNO AMEAÇA MISSÃO BRASILEIRA
Lula reage a ultimato de Micheletti e repreende Zelaya sobre incitação popular
SOLDADOS hondurenhos cobrem pichações pró-Zelaya no muro da embaixada brasileira na capital
MANCHETES DOS PRINCIPAIS JORNAIS
Agora São Paulo
Tribunal de São Paulo garante devolução de IR dos atrasados
A Tarde
Políticos priorizam votações inúteis
Correio Braziliense
Famílias se recusam a doar órgãos no DF
Correio do Povo
Chuvas sem trégua
Diário do Nordeste
Capital sofre com irregularidades do comércio informal
Estado de Minas
Brasil é a bola da vez
Extra
Refém quer ajudar mãe do bandido
Folha de São Paulo
Lula diz refutar ultimato de golpista
Jornal do Brasil
Cruz Vermelha quer acesso a presídios
O Estado de São Paulo
Lula rejeita ultimato para definir status de Zelaya
O Globo
Honduras barra a OEA e faz ameaças ao Brasil
Valor Econômico
União garante metade do aumento da renda no ano
Zero Hora
Setembro alagado
Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
EUA estão buscando uma série de sanções contra o Irã
The Washington Post (EUA)
Depois de largar um jogo para os leões, os Redskins estão no prejuízo, e na encruzilhada
The Times (Reino Unido)
Banqueiros perdem bônus como Brown tenta ganhar votos
The Guardian (Reino Unido)
Gordon Brown mira banqueiros na tentativa de recuperar votos
Le Figaro (França)
Merkel triunfa e vai governar sem os socialistas
Le Monde (França)
O aquecimento global terá consequências graves na França
China Daily (China)
Antídoto para o envenenamento de poluidores
El País (Espanha)
Alemanha vira à direita a dar a maioria para Merkel e Liberais
Clarín (Argentina)
Binner ganhou o peronismo em Rosario e Santa Fe
A CRISE EM HONDURAS, OU A FRIA EM QUE LULA, AMORIM E MARCO AURÉLIO GARCIA METERAM O BRASIL
A crise política aberta após a destituição de Manuel Zelaya do governo em Honduras voltou à estaca zero, com o retorno do ex-presidente ao país e seu refúgio na embaixada do Brasil em Tegucigalpa e o governo de facto negando-se a lhe devolver o poder. Zelaya e o presidente Roberto Micheletti haviam esboçado um diálogo nesta semana, mas essa possibilidade encontrou um obstáculo aparentemente insuperável: o retorno ao a do presidente deposto em 28 de junho.
Zelaya disse que não tem intenção de deixar Honduras nem recuar da pretensão de retornar ao cargo para o qual foi eleito. Ele convocou os hondurenhos a aumentar a pressão sobre o governo de fato.
Essa é a grande questão. O dilema que hoje pesa sobre o Brasil, que abandonou sua vocação para mediador da crise, passando a posição de protagonista da crise, com o presidente deposto de Honduras dentro da embaixada conclamando a população a praticar atos de ‘desobediência civil’
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, abrigado na Embaixada brasileira há mais de seis dias, exortou ontem a população do país a “promover atos de desobediência civil” contra o regime de Roberto Micheletti.
Temor de invasão ronda a embaixada
Francisco Catunda, encarregado de negócios e responsável pela Embaixada do Brasil em Honduras conta que temeu perder o controle da situação, após a chegada de Manuel Zelaya. Os funcionários vivem em meio a boatos de invasão. De acordo com Catunda, a situação na Embaixada não é nada boa. Segundo ele, atualmente existem 63 pessoas do grupo de Zelaya no local e apenas quatro funcionários, o que tornaria difícil controlar a situação.
Ao abrir as portas de sua embaixada em Honduras para o presidente deposto Manuel Zelaya, o Brasil acabou atraindo para si um problema não era necessário envolver nosso país diretamente. E, pior com Zelaya transformando a embaixada em quartel-general para recuperar o poder, o Brasil deixou a condição de pretenso mediador do conflito e de líder natural na região e passou a ser integrante da crise, sendo obrigado a recorrer ao Conselho da ONU para levantar o cerco a embaixada, bem como a Espanha e a outros países, a quem Lula foi obrigado a recorrer. A situação pode ficar pior se for confirmada a participação na volta de Zelaya.
O ex-embaixador do Brasil em Washington Rubens Barbosa acha que Honduras e a América Central são de interesse periférico para o país que, por isso, deveria fazer como os demais: condenar o golpe, e não atuar diretamente. Ele lembrou que em outras ocasiões, como no caso entre a Argentina e o Uruguai, por conta da instalação da indústria papeleira às margens do Rio da Prata, o Brasil abriu mão de seu papel de principal líder da região. - O Brasil não quis se envolver na disputa entre Argentina e Uruguai. Fica estranho, agora, ver o envolvimento nas questões de Honduras – disse’
Em seu blog no GLOBO, o ex-ministro das Relações Exteriores Luiz Felipe Lampreia também criticou a atuação brasileira. Em sua análise, Zelaya está usando a embaixada como trampolim $seus planos de voltar ao poder, colocando o Brasil numa situação desconfortável. "Creio que foi um erro admitir na Embaixada do Brasil o presidente deposto de Honduras, no seu regresso a Tegucigalpa. Não será o primeiro de uma longa série de equívocos que marca a condução de nossa política externa na atual gestão."
São cada vez mais fortes as versões de envolvimento de países das Américas do Sul e Central no regresso do presidente deposto Manuel Zelaya a Honduras. Todas e envolvem não apenas Venezuela, Nicarágua e El Salvador, mas também o Brasil.
Cháves já admitiu publicamente sua participação na trama. Das duas uma, ou o Brasil participou ativamente da operação retorno de Zelaya, ou Chávez parceiro de Lula, arquitetou toda a manobra e colocou o abacaxi na mão de Lula, que, em sua ânsia de tornar-se liderança internacional, ingenuamente deixou-se envolver no imblogio
Na Venezuela, Nelson Bocaranda Sardi no jornal “El Universal”, relatou a operação de retorno do presidente deposto, afirmando que o Brasil participou do planejamento do o retorno de Zelaya.
Bocaranda diz que a Venezuela tinha três planos para a volta de Zelaya e que eles teriam sido passados a um alto funcionário do governo brasileiro, que ele insinua que seria Marco Aurélio Garcia. A estratégia seria a seguinte: Zelaya retornaria a Honduras e se abrigaria em nossa embaixada, atestando a importância internacional do Brasil. Simultaneamente, Lula faria o discurso de abertura de Assembléia da ONU, incluindo em seu pronunciamento a questão hondurenha, enfatizando a condenação ao governo de Micheletti, buscando o apoio internacional a um retorno de Zelaya a presidência. Zelaya teria seguido com um guarda-costas venezuelano, e vários mercenários venezuelanos. Entretanto, o boquirroto Chávez acabou anunciando o retorno antes que Lula chegasse ao prédio da ONU, deixando Lula contrariado com um resultado diferente do previsto.
O presidente de facto de Honduras, Roberto Micheletti, sugeriu que poderia suspender a ordem de prisão contra Zelaya se ele sair da embaixada na condição de asilado político.
O governo de Roberto Micheletti resiste bravamente por mais de três meses a todas as pressões e retaliações formuladas por vários países e de organismos internacionais. A condenação que lhe fez a comunidade internacional, buscando isolar o governo do pequeno país não alcançou resultados até agora. Obstinadamente, Micheletti cuidava da realização das eleições agendadas para o próximo 29 de novembro, esperando solucionar a crise através do resultado dessas eleições. O retorno de Zelaya, patrocinado por Chávez com a cumplicidade da Nicarágua e El Salvador, incluindo também o Brasil foi uma manobra para impedir a realização de eleições em Honduras.
Um grupo de cinco diplomatas da Organização dos Estados Americanos (OEA) foi impedido de entrar em Honduras neste domingo, segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos do país, Armando Veloz, informação confirmada por um oficial da imigração hondurenha à agência Reuters e por um diplomata à agência France Presse. Quatro deles foram expulsos de Honduras, segundo o único funcionário que permaneceu no país, o chileno John Bieh.
O grupo partiu de El Salvador e iria preparar a chegada da missão principal da OEA, formada por 15 diplomatas e prevista para terça-feira, que vai tentar negociar uma solução para a crise política em Honduras.
O governo de Roberto Michelleti recusou a entrada dos funcionários sob o argumento de que eles não apresentaram as credenciais diplomáticas à chancelaria hondurenha. A OEA, as Nações Unidas e o Brasil não reconhecem a legitimidade do governo de Roberto Michelleti e, portanto, os funcionários não estão autorizados a encaminhar um pedido formal para entrar no país.
Desde sexta-feira (25), a estratégia do governo de Michelleti é forçar a comunidade internacional a reconhecer a autoridade do seu governo, exigindo pedido de autorizações, até mesmo para a entrada de brasileiros na Embaixada do Brasil
Também neste domingo, o Brasil rejeitou o prazo de 10 dias dado pelo governo interino de Honduras para que defina o status do presidente deposto Manuel Zelaya, que está refugiado na embaixada brasileira em Tegucigalpa desde segunda-feira.
Em entrevista coletiva concedida em Isla Margarita, na Venezuela, onde participou da 2ª Cúpula América do Sul-África, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não aceita ultimato de governo "golpista" e que o Brasil não negocia com quem "usurpou o poder".
"O governo brasileiro não acata ultimato de golpista, e nem o reconheço como governo", afirmou o presidente. "A palavra correta é golpista. Usurpador de poder. Essa é a palavra correta, e o governo brasileiro não negocia com ele."
Em um comunicado de sua chancelaria neste domingo, o governo interino havia dito que se o prazo de 10 dias não for atendido será obrigado "a tomar medidas adicionais, conforme o direito internacional".
"Nenhum país pode tolerar que uma embaixada estrangeira seja utilizada como base de comando para gerar violência e romper a tranqüilidade, como o senhor Zelaya tem feito desde sua entrada em território nacional", afirma o comunicado.
"Ofensiva final"
O governo interino acusa o presidente deposto de "usar a embaixada para instigar a violência e a insurreição contra o povo hondurenho e seu governo constitucional".
Em um comunicado lido em uma rádio local, Zelaya chamou seus seguidores para se reunir em uma "ofensiva final" em Tegucigalpa para pressionar por sua restituição.
Lula disse que o ministro brasileiro de Relações Exteriores, Celso Amorim, telefonou ao presidente deposto, pedindo que ele deixasse de usar a sede da diplomacia brasileira para atividades políticas.
"Se o Zelaya extrapolar, vamos chamá-lo e dizer que não é politicamente correto utilizar a embaixada brasileira para ficar fazendo incitação a qualquer coisa além do espaço democrático que nós estamos dando para ele", disse Lula.
De nada valeram até agora as advertências reiteradas do Brasil a Zelaya para que este pare de incitar a rebelião enquanto estiver abrigado na missão do País.
Além de Zelaya, cerca de 60 de seus seguidores também estão abrigados na embaixada, que permanece cercada por policiais.
No sábado, milhares de apoiadores de Zelaya voltaram às ruas em um protesto para marcar os 90 dias da deposição do presidente e exigir seu retorno ao poder.
Eleições
O líder deposto pediu a seus partidários que persistam com suas manifestações de rejeição ao governo golpista. Ao ser perguntado qual seria o status diplomático que o Brasil dará a Zelaya, o presidente brasileiro, que participa da reunião de cúpula entre países da África e da América do Sul, disse que o governante deposto "ficará hospedado (na embaixada) até que a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU) decidam o que fazer".
Lula disse que a saída para a crise em Honduras depende das Nações Unidas e da OEA, "que exigiram a restituição imediata e incondicional de Zelaya à Presidência".
"Quem tem que negociar é a OEA, que já tomou decisões, é o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que já tomou decisões", afirmou.
As eleições gerais em Honduras estão marcadas para 29 de novembro. Dos seis candidatos presidenciais inscritos, quatro se mantêm na disputa. Os outros dois representantes da esquerda, afirmam que não participarão do pleito se a ordem constitucional não for restituída com o regresso de Zelaya ao poder
27 de setembro de 2009
FRANKLIN MARTINS, GANHA A CONFIANÇA DE LULA, CONQUISTA ESPEÇO E PODER
O ESTADO DE SÃO PAULO