17 de agosto de 2008

DORIVAL CAYMMI SERÁ ENTERADO ESTA TARDE NO RIO

O corpo do cantor e compositor Dorival Caymmi será enterrado neste domingo no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. O horário ainda será definido porque depende da chegada do filho Dori Caymmi, que está nos Estados Unidos. A família estima que a cerimônia deva ocorrer entre 15h e 16h. O velório, que recomeçou às 8h30, ocorre na Câmara dos Vereadores do Rio, na região central da cidade.
Anônimos e famosos se revezaram para velar o corpo do artista baiano. Lá estiveram, entre outros, os novelistas Gilberto Braga e Glória Peres, a cantora Daniela Mercury, os filhos Nana e Danilo Caymmi (também cantores) e os netos.
Dorival tinha um grande amor pelo Rio de Janeiro. Ele viveu mais de 50 anos no Rio de Janeiro. Era um baiano-carioca que amava a cidade. Embora nascido na Bahia, ele sentia orgulho de ter sido também um grande carioca, além de ser o grande baiano que era,
Familiares de Caymmi falaram sobre o sofrimento do músico nos seus últimos dias de vida, devido à ausência da mulher, Stela Maris, que Caymmi conheceu nos estúdios da Rádio Nacional,
. Ele andava triste desde o dia 29 de abril, quando a companheira de tantas décadas entrou em coma e foi internada no Hospital Pró-Cardíac, em Botafogo, e em coma. "A ausência dela [Stella] acabou com ele. Ele entrou numa melancolia, desistiu de comer, desistiu de tudo", disse Nana Caymmi, a filha mais velha do músico. "Esses dias todos ficamos tentando que ele levantasse. Ele completou os 94 anos sem ela. Foi horrível."
Caymmi começou a carreira musical em programas de rádio na Bahia, ainda na década de 30. Mudou-se para o Rio em 1938, ano em que lançou o samba "O que É que a Baiana Tem?", de sua autoria. Carmen Miranda interpretou a canção no filme "Banana da Terra" e recebeu instruções do compositor para dançar cantando.
Sua canção "O Samba da Minha Terra", de 1940, teve também grande sucesso, com os versos "Quem não gosta de samba/ Bom sujeito não é/ É ruim da cabeça/ Ou doente do pé". No mesmo ano, ele se casou com Stella Maris, que viria a ser sua companheira de toda a vida. A primeira filha do casal, Dinahir que se tornaria a cantora Nana Caymmi, nasceu em 1941, ano de "É doce morrer no mar", música sua em parceria com o escritor Jorge Amado, e de "Você já foi à Bahia?". O segundo filho, Dorival que se tornaria o músico Dori Caymmi, nasceu em 1943, e o terceiro, Danilo também músico, em 1948.
A década de 50 trouxe os primeiros LPs de Caymmi, entre eles "Canções Praieiras". Já o sucesso "Maracangalha" veio em um disco de 78 rpm de 1956, e "Saudade da Bahia" foi apresentada ao público em um programa de TV, no ano seguinte.
Em 1975, compôs "Modinha para Gabriela", para a trilha sonora da novela "Gabriela", da Rede Globo, baseada no romance "Gabriela Cravo e Canela", de Jorge Amado. A canção fez sucesso na voz de Gal Costa.
Ao completar 70 anos, em 1984, recebeu diversas homenagens, entre elas o título de Cidadão Honorário pela Câmara de Vereadores do Rio. Na década de 90, sua produção musical diminuiu; em 2001, compôs em parceria com o filho Danilo e com Dudu Falcão a canção "Caminhos do Mar", interpretada por Gal Costa --no mesmo ano, a Editora 34 lançou a biografia "Dorival Caymmi - O Mar e o Tempo" escrita por sua neta, Stella Caymmi, filha de Nana.
A paixão de Caymmi pelo mar foi lembrada pelo letrista Paulo César Pinheiro: "seu violão tem cordas de sargaço/ e foi cortado de um pedaço/ de uma velha embarcação/ (...) / a sua voz é de arrebentação/ (...) Caymmi tem espumas no cabelo." Além do mar e da música, outra grande paixão de Caymmi era a pintura. Caymmi gravou 20 discos ao longo da carreira. Segundo Ivete Sangalo, "Dorival Caymmi foi um grande tradutor da Bahia e do Brasil, suas canções se perpetuarão, acentuando a nossa auto-estima."

DOIS APOSTADORES DIVIDEM SEGUNDO MAIOR PRÊMIO DA MEGA SENA

Um apostador de São Paulo e outro de Santa Catarina acertaram o prêmio do concurso nº 996 da Mega Sena. Eles dividirão o valor acumulado no valor de R$ 28.916.513,34. Segundo informações divulgadas pela Caixa Econômica Federal os vencedores são de Barretos(SP) e Joinvile(SC). Cada um receberá R$ 14.458.257,67. Os números sorteados são 07 15 20 21 23 29. O próximo sorteio da Mega Sena será no dia 20 com um prêmio acumulado de 1,5 milhão

12 de agosto de 2008

REFERENDO NA BOLÍVIA APONTA DIÁLOGO COMO ÚNICO CAMINHO

Situação e oposição estão sendo obrigadas a admitir que o diálogo é o único caminho na Bolívia, após o referendo que ratificou o mandato do presidente Evo Morales e dos governadores de oposição. Morales obteve a aprovação de 63%. O referendo de domingo também ratificou a permanência de Rubén Costas de Santa Cruz (66,6%), Mario Cossio de Tarija (64,5%), Ernesto Suárez de Beni (61,2%) e Leopoldo Fernández de Pando (56,3%). segundo as projeções extra-oficiais divulgadas pela emissora ATB.
Como se vê as votações foram equilibradas, com percentuais equivalentes para ambos os lados. Morales foi ratificado em quatro dos nove departamentos do país: La Paz, Oruro, Potosí e Cochabamba, os e maior índice demográfico, onde os moradores são de maioria aymara e quéchua e apóiam o projeto da nova Constituição. Enquanto perdeu em Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca, a região amazônica do país e de maior potencial econômico. Após sua vitória, apoiada principalmente pelo voto dos agricultores e trabalhadores do campo, o presidente convocou na noite de ontem a unidade entre os bolivianos, principalmente em relação ao projeto da nova Constituição e os estatutos autonômicos dos departamentos de oposição.
Morales ganhou com a derrota dos governadores oposicionistas dos departamentos de La Paz e Cochabamba, sedes do seu movimento de cocaleiros. Mas um governador aliado do governo foi derrotado no departamento de Oruro, também no altiplano. Morales nomeou governadores interinos até que ocorram eleições regionais nesses departamentos.
O governador de Cochabamba, Manfred Reyes, recuou-se a renunciar após a derrota de ontem e disse que o referendo foi inconstitucional. No final do ano passado, sangrentos choques de rua irromperam em Cochabamba, com os partidários de Morales tentando afastar Reyes.
O governador Rubén Costas, de Santa Cruz, obteve um forte apoio na votação do referendo. Ele disse que o plebiscito de ontem significou uma "derrota para o centralismo" e disse que agora seu departamento criará sua força policial própria e convocará os eleitores para elegerem uma assembléia legislativa. Santa Cruz foi a primeira das quatro províncias a se declararem autônomas neste ano, no que foi uma proclamação em grande parte simbólica.
Segundo o governador de Santa Cruz, que defende a autonomia de departamento e se opõe categoricamente ao projeto de Morales, "nos resultados há uma ordem implícita da população, que quer dizer 'cheguem a um acordo'".
De Chuquisaca, a governadora Sabina Cuellar (a única que não teve seu mandato questionado pelo referendo revogatório) pediu a Deus que "o governo reconheça seus erros, se reconcilie com a Bolívia e convoque de uma vez o diálogo".
Nesse mesmo sentido se pronunciou o ex-presidente do país Jorge Quiroga, líder do principal partido de oposição (Podemos), que considerou que "a única saída é o entendimento, para que a Constituição seja de todos".
Mirtha Quevedo, do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), também pediu por "um grande acordo nacional", após interpretar os resultados como um "sinal de maior confrontação". Segundo o sociólogo aymara Félix Patzi, ex-ministro da Educação de Morales e da ala radical aliada ao governo, com o referendo "a população disse que pode haver diálogo entre os que dizem que querem transformação e os que têm uma posição de autonomia". Jorge Lazarte, ex-porta-voz da Corte Eleitoral, destaca que "embora Morales tenha saido fortalecido", com um apoio maior do que o registrado em 2005, "os líderes regionais da oposição autonomista também saem mais fortes do que estavam", pois todos duplicaram sua porcentagem de votos.
Mas o empate político que gerou um obstáculo ao diálogo sobre as mudanças constitucionais irá persistir porque "os resultados fortalecem os pólos da contradição e, portanto, ninguém está suficientemente fraco para precisar de uma negociação.

10 de agosto de 2008

PPS ENTRA COM AÇÃO NO SUPREMO CONTRA MP DA PESCA

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, protocolou na última sexta-feira no STF (Supremo Tribunal Federal) uma Adin (ação direta de inconstitucionalidade) contra a chamada MP (medida provisória) da Pesca. Pela medida deverão ser criados 150 novos cargos na Secretaria Especial da Pesca, segundo levantamento da oposição. Freire disse que a criação dos novos cargos em ano eleitoral contraria a legislação. Para ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometeu "abuso de autoridade" ao definir por uma medida que transgrediria a lei. "O que o presidente Lula fez com essa medida foi abuso do exercício do cargo porque criou mais de cinco centenas de cargos em comissão. Isso é vetado [em ano eleitoral] porque interfere no processo eleitoral", disse Freire. "Evidentemente que o presidente fez e não foi de forma desavisada." Pelo texto da MP, serão criados 150 cargos. Levantamento realizado pela liderança do PSDB na Câmara estima que a criação dos cargos no Ministério da Pesca e outros 142 em órgãos federais provocará impacto de R$ 14 milhões anuais aos cofres públicos --uma vez que as funções variam de acordo com os DAS de cada servidor contratado. A criação dos cargos e mais a mudança de status da Pesca de Secretaria Especial para Ministério motivaram críticas ao longo da semana na Câmara. O presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), condenou a iniciativa, e o líder do PT, Maurício Rands (PE), confirmou que durante a conversa "vários" parlamentares disseram que as propostas eram "inoportunas". A MP da Pesca passa a trancar a pauta de votações da Câmara somente em setembro, depois de tramitar por 45 dias na Casa.

PT decide manter candidatura de filho de Lula em São Paulo

O PT de São Bernardo vai insistir na candidatura de Marcos Lula para uma vaga na Câmara Municipal da cidade. O partido tinha até o dia 6 de agosto, prazo determinado pela Justiça Eleitoral, para substituí-lo por outro nome caso não quisesse correr o risco de perder um pleiteante, mas manteve a candidatura. O petista é filho do primeiro casamento da primeira-dama, Marisa Letícia, e foi adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Marcos teve o registro vetado pela juíza Fabiana Feher Recasens Vargas, de São Bernardo, que considerou o parentesco com o presidente Lula um fator de desequilíbrio entre ele e os demais candidatos.
A idéia de trocar o candidato chegou a ser cogitada pelo partido na semana passada, mas foi descartada nesta sexta-feira.
Estamos aguardando uma nova audiência porque recorremos. Não tinha nem como discutirmos uma nova porque estamos acreditando que vamos reverter. É uma perseguição política muito grande, uma coisa ruim porque se trata do filho do Lula. Vamos reverter isso, não tenho dúvida - disse o presidente do diretório do PT de São Bernardo, Wanderley Salatiel.
Os advogados de Marcos Lula aguardam resposta do recurso apresentado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Caso o veto seja mantido, o candidato ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, em última instância. Enquanto a resposta final não sai, o candidato se diz confiante e continua suas atividades de campanha normalmente.
A insistência na manutenção da candidatura do filho de Lula é mais um aspecto da transformação do prestígio do presidente Lula em suporte de candidatos. Em todo o Brasil vários candidatos brigam para divulgar que são apoiados pelo presidente. Alguns até buscaram o Poder Judiciário para decidir quem pode afirmar que tem o apoio presidencial

COMEÇA CALMO REFERENDO NA BOLÍVIA APESAR DAS TENSÕES E DO ENFRENTAMENTO ENTRE GOVERNO MORALES E OPSIÇÃO

Já iniciado na Bolívia o referendo para decidir se o presidente Evo Morales continua no cargo. O clima é de relativa calma. O objetivo do referendo, proposto pelo líder boliviano para solucionar as questões políticas que dividem o país, decidirá se o presidente, seu vice e os principais líderes regionais - a maioria fazendo oposição a Morales - permanecerão ou não nos cargos. Mas o referendo revocatório já está cercado de confusão sobre qual é a porcentagem de votos que os governadores precisam para se manter no cargo, o que pode deixar os resultados abertos a contestação. Há ainda muitas dúvidas sobre se o referendo vai ajudar a reduzir a aguda polarização social e geográfica na Bolívia e tornar o país mais governável
Em maio passado, o presidente Morales concordou em convocar o referendo em parte porque acreditava que poderia usá-lo para retomar a iniciativa política de seus oponentes nos departamentos (equivalentes a Estados) do leste do país, que são ricos em gás.
Nos últimos três meses, a oposição vem comandando a agenda política. Nos chamados departamentos "meia-lua" de Santa Cruz, Beni, Trinidad e Tarija, maiorias significativas votaram por maior autonomia do governo central em várias áreas.
O governo rejeitou os referendos regionais como ilegais e culpou os governadores de direita por tentarem dividir o país

Dúvidas persistem

As regras para a votação de domingo são complexas e ainda cercadas de dúvidas:
* O presidente Morales e o vice, Álvaro García Linera, terão que deixar seus cargos se mais de 53,7% dos eleitores manifestarem desejo de afastá-los - esta foi a porcentagem dos votos que os políticos receberam nas eleições de 2005.
* Depois de um acordo no dia 31 de julho entre o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e a maioria dos tribunais dos departamentos, os governadores regionais perderão seus cargos se mais de 50% dos eleitores decidirem por sua remoção.
* Antes do acordo de julho, os governadores tinham que garantir o mesmo número de votos obtidos nas eleições de 2005, mais um, para não perder seus cargos. O novo acordo na verdade baixou a porcentagem necessária para a manutenção dos políticos em seus cargos e aumenta a probabilidade de que vários deles sobrevivam.
* Apesar do acordo de 31 de julho, os resultados ainda podem ser questionados. Morales disse que ele não tem certeza se o CNE pode emendar as regras; o governador regional de Cochabamba, Manfredo Reyes, recusou-se a aceitar a base constitucional para o referendo; e dois dos nove tribunais departamentais do país (Santa Cruz e Oruro) não ratificaram o acordo.

GOVERNO DENÚNCIA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO

O presidente Evo Morales anunciou que a Bolívia está no "limite de um verdadeiro golpe de Estado contra a ordem constitucional" com o objetivo de derrubá-lo, e atribuiu o plano aos governadores regionais opositores de regiões autonomista. O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, braço direito de Morales no governo, se referiu ao suposto complô em declarações realizadas à rádio estatal "Patria Nueva", na cidade de amazônica de Trinidad, no departamento de Beni. Quintana, o, disse que esta ação está sendo gerida "ao típico estilo das ditaduras que antecederam a recuperação da democracia em 1982".
Ocorreram choques, manifestações e protestos, com denúncias de ambos os lados. Dois mineiros morreram.
Felipe Machaca, membro da direção da Central Operária Boliviana, entidade que convocou as manifestações para exigir uma reforma no sistema de aposentadoria, acusou o governo, ”Isso é um massacre e o único culpado é Evo Morales”, disse às estações de rádio católicas Erbol e Fides.
O ex-presidente da Bolívia, Jorge Quiroga (2001-2002), líder da aliança opositora Poder Democrático e Social (Podemos), afirmou nesta quinta-feira, 7, que a denúncia do governo do presidente Evo Morales, de que o país está à beira de um golpe de Estado, é uma "cortina de fumaça em que ninguém acredita". Quiroga disse em entrevista coletiva que o Executivo "já formulou 38 vezes essa denúncia" que, segundo sua opinião, "carece de veracidade."
Na prática, o que se percebe é qualquer que seja o resultado, o referendo não significará o ponto final na disputa entre o governo e a oposição regional, que nos últimos meses paralisou a Bolívia. "A consulta não será uma solução para nenhum dos lados, mas só irá aprofundar o confronto", disse ao Estado Fernando Molina, diretor do semanário político e econômico Pulso, um dos mais respeitados do país.
"Se as pesquisas se confirmarem, é verdade que Evo ganhará um voto de confiança da população, mas líderes opositores importantes, como o governador de Santa Cruz, Rubén Costas, que se opõe às mudanças do presidente, também obterão ótimas votações", diz ele

3 de agosto de 2008

CANDIDATOS A PREFEITO DE NITERÓI PROSSEGUEM CAMPANHA

Os candidatos a prefeito de Niterói foram às ruas em busca de votos, aproveitando o sábado ensolarado. O petista Rodrigo Neves aproveitou a manhã para conversar com eleitores dos bairros de Jurujuba e São Francisco, na Zona Sul, acompanhado do deputado federal Jorge Bittar. À tarde e à noite o candidato prestigiou eventos de campanha de candidatos a vereador da coligação.
O pedetista Jorge Roberto Silveira esteve no Largo da Batalha, onde fez corpo a corpo , acompanhado pelo candidato a vice-prefeito, vereador José Vicente Filho (PPS), presidentes de partidos aliados, vereadores e candidatos a vereador.
O tucano Gegê Galindo e a vice em sua chapa Gilza Fernandes, aproveitaram para gravar imagens para o programa eleitoral gratuito e depois foram ao Caramujo. Paulo Eduardo Gomes, do PSOL, panfletou também no Largo da Batalha, e Edésio da Cruz Nunes (PHS), reuniu-se com eleitores em Ititioca, Fonseca e Engenho do Mato.

LULA REPETE QUE VAI ELEGER SUCESSOR NA PRESIDÊNCIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um discurso inflamado na posse na nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, disse que elegerá seu sucessor à Presidência. "Eu vou fazer a minha sucessão neste País. E vamos eleger uma pessoa da nossa confiança, para dar seqüência a tudo o que fizemos, para gerar mais empregos que eu e para tratar o trabalhador até melhor do que eu", afirmou Lula, que foi muito aplaudido pelas centenas de sindicalistas que participavam do evento.Em seu discurso, o presidente afirmou que "achamos petróleo que não acaba mais" e garantiu que uma parte dos recursos obtidos com o produto vai para a educação e a outra parte vai ser destinada "a ajudar os pobres deste País". Lula disse que sua participação na posse da nova diretoria não era seu primeiro ato político de apoio a candidatos petistas a prefeito, porém o candidato à prefeitura de São Bernardo, ex-ministro Luiz Marinho, dividiu o palco com Lula e outros sindicalistas. Marinho, assim como Lula, foi presidente do mesmo sindicato. Em seu discurso, Lula teceu elogios a Marinho, qualificando-o como um dos melhores articuladores e negociadores que o tradicional sindicato já teve. A candidata à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, também esteve na cerimônia, mas não subiu ao palco com os sindicalistas. Lula disse que terá imenso prazer em participar da campanha de Marinho e Marta. Luiz Marinho está em terceiro lugar nas pesquisas para a prefeitura de São Bernardo do Campo atrás de Orlando Morando (PSDB) e de Alex Manente (PPS). Há mais de 20 anos o Partido dos Trabalhadores não elege um prefeito na cidade que é seu berço histórico. Maurício Soares, do partido, foi eleito para o cargo no final da década de 80. De lá para cá o PT não conseguiu eleger mais ninguém. A posse da nova direção aconteceu na Associação de Trabalhadores da Ford, em São Bernardo, na Grande São Paulo, onde foi oferecido um churrasco aos participantes.
Shopping

LULA CRITICA IMPRENSA NOVAMENTE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a forma com que a imprensa brasileira trata seu governo. Em discurso, recheado de ironias, pronunciado na cerimônia de posse da nova direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula disse que a imprensa é responsável pelo que ele é, um sindicalista que se tornou presidente da República. "É responsável pelo que sou não porque fala bem de mim, mas porque fala mal", falou o presidente ao falar para centenas de sindicalistas, exibindo um sorriso irônico..
O presidente disse que não quer matérias favoráveis, mas apenas a verdade, "nua e crua". Essa verdade seria, segundo ele, mostrar o crescimento da economia, dos salários, do emprego. Ontem, exemplificou o presidente, foram divulgados os dados da produção industrial brasileira de junho, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento foi de 6,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. "Eu vi os quatro principais jornais brasileiros e apenas um trouxe a notícia na capa. Se o dado fosse ruim, os quatro teriam trazido na capa", disse.
Como se Vê, o presidente mantém sua tática: critica a imprensa, e esta acuada e receiando ser considerada politicamente incorreta divulga tudo o que Lula fala.

LULA DIZ QUE VAI PARTICIPAR DE COMÍCIOS DE CANDIDATOS DO PT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai participar da campanha de candidatos do PT para as eleições municipais de outubro. Lula fez as declarações durante a posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC ontem.
"Quero dizer para vocês que terei imenso prazer de estar com a imprensa nos comícios que vou fazer para os candidatos do PT aqui na região, em São Paulo com a companheira Marta [Suplicy] e nos comícios que vou fazer em outras cidades, em outros estados.. Não pensem que não vou fazer, porque vou fazer. Não hoje, porque hoje o rei da festa é o Sérgio Nobre, que está tomando posse [como presidente do sindicato]."
Lula se disse confiante de que consiguirá eleger seus partidários nas próximas eleições e seu sucessor, daqui a aproximadamente dois anos. "Estejam certos de que, da mesma forma que quero eleger meus companheiros prefeitos aqui, eu quero dizer para vocês, escrevam: eu vou fazer a minha sucessão neste país e vamos eleger uma pessoa da nossa confiança para dar seqüência a tudo que nós fizemos", ressaltou. A direção do PT no Rio de Janeiro, confirma a presença de Lula no estado, principalmente em Niterói, onde o candidato do partido e o deputado estadual, Rodrigo Neves.
O presidente Lula ainda critiou a cobertura de parte da imprensa sobre números que mostram o desempenho da economia. "Estamos vivendo um momento meio preocupante. Ontem a indústria cresceu 6,3%. Hoje eu peguei os quatro jornais mais importantes do país. Só um deu na primeira página. Se fosse matéria negativa teria dado em todos. Mas não tem problema eu confio no leitor brasileiro. Acredito na capacidade de discernimento das pessoas."

FELIPE MASSA ASSUME DIANTEIRA NO INÍCIO DO GRANDE PREMIO DA HUNGRIA, MAS É OBRIGADO A ABANDONAR A PROVA DUAS VOLTAS ANTES DO FINAL

Lewis Hamilton, líder do campeonato, que dominou todo o treino classificatório, largou na pole position, mas foi passado para trás por Felipe Massa,da Ferrari, que assumiu a primeira posição na primeira curva da corrida. Kovalainen largou na segunda posição no grid de largada mas também foi ultrapassado por Massa. Massa saiu em terceiro lugar, mas em manobra ousada arremeteu e ultrapassou os dois pilotos da McLaren. Durante quase toda a prova, enquanto esteve na pista Felipe Massa dominou a corrida e manteve sempre Lewis Hamilton à distância. O piloto brasileiro liderou todo o GP de Hungaroring, mas faltando duas voltas para o fim, com problemas no motor da Ferrari, abandonou a corrida.
O finlandês Heikki Kovalainen, da McLaren, venceu pela primeira vez em sua carreira. Timo Glock da Toyota foi o segundo, conquistando seu primeiro pódio. Kimi Raikkonen, da Ferrari foi o terceiro e assumiu a vice-liderança do Mundial. Fernando Alonsdo foi o quarto, e Lewis Hamilton que teve um pneu furado na 40ª volta, e foi obrigado a antecipar o pit stop, chegou em quinto e manteve a liderança do campeonato. Nelsinho Piquet foi o sexto colocado e Rubens Barrichelo o 16º.
Massa, fez excelente corrida, com uma excepcional largada. Abatido, não conseguiu tirar o capacete para falar com os jornalistas de toda a imprensa mundial. O brasileiro foi recebido pelo seu engenheiro, Rob Smedley.
Com a quebra da Ferrari, o brasileiro, que assumiria a liderança do campeonato caso vencesse a prova, caiu para a terceira posição, oito pontos atrás de Lewis Hamilton, líder do mundial de pilotos. Massa foi ultrapassado na classificação geral também por Kimi Raikkonen, seu companheiro de equipe.

1 de agosto de 2008

DEPUTADO PEDE AFASTAMENTO DE CHEFE DE GABINETE DE LULA

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) pediu o afastamento imediato de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula, por supostos crimes de prevaricação e improbidade administrativa. Por meio de duas representações que protocolou na Polícia Federal e na Procuradoria da República do Distrito Federal, Sampaio acusa o assessor de Lula de obter informações privilegiadas na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e repassá-las para a defesa do sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, alvo maior da Operação Satiagraha - investigação da PF sobre suposto esquema de desvio de recursos públicos, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
"A conduta de Gilberto Carvalho caracteriza flagrante imoralidade e ilícito penal", avalia Sampaio, que é promotor de Justiça há 21 anos e agora se licenciou do mandato parlamentar para concorrer à Prefeitura de Campinas. "O que me levou a pedir a investigação e o afastamento é o fato de que ele próprio emitiu nota alegando que não cometeu ilegalidade. Como pode alegar isso? Alguém que pega informação sigilosa da inteligência do governo e a transmite ao advogado do investigado deve ser imediatamente afastado da função pública. Quando nega o erro é grave. Quer dizer que vai continuar agindo."A Operação Satiagraha revelou contatos de Carvalho com Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado pelo PT paulista e advogado de Dantas. Em telefonemas captados pela Polícia Federal, Greenhalgh pede ao secretário do presidente que verifique existência de investigação contra Dantas. Em nota oficial, Carvalho admitiu que conversou com Greenhalgh, mas negou ter solicitado informações à PF. Ele disse ter informado o ex-deputado que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência não investigava o banqueiro. Greenhalgh nega ter feito tráfico de influência e afirma que agiu apenas como advogado.

DE OLHO NA PRESIDÊNCIA EM 2010, PSDB FAZ CAMPANHA NAS PRINCIPAIS CAPITAIS DO PAÍS.

O PSDB está usando as eleições municipais para reconquistar a Presidência da República em 2010. Com candidatos em 11 capitais, a estratégia do partido é aproveitar a campanha eleitoral deste ano para fortalecer a legenda, que terá papel essencial para garantir ao seu candidato a presidente o apoio necessário.
Os tucanos, que ocuparam a Presidência com Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), perderam as duas últimas eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na primeira com o atual governador de São Paulo, José Serra, que pretende concorrer em 2010 se vencer a disputa interna com o também governador Aécio Neves (MG). Na segunda, em 2006, além de Lula ter tido a vantagem da reeleição, Alckmin sofreu com a desestruturação do apoio interno por ter disputado com Serra a indicação a candidato.
Em relação às capitais, nas eleições municipais de outubro, o partido quer, no mínimo, reeleger os prefeitos de Curitiba, Cuiabá e Teresina. Mas pretende também conquistar as prefeituras de cidades populosas, como São Paulo, além de Salvador.
Onde seus candidatos não estiverem bem colocados nas pesquisas de opinião, os tucanos querem, ainda assim, usar a campanha para melhorar a imagem do partido junto ao eleitorado.
"O nosso fator diferencial é a gestão", disse o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG). "As nossas três prefeituras de capitais são vitrines e serão exemplos de gestão para os outros candidatos."
Além de Curitiba, Cuiabá, Teresina, São Paulo e Salvador, o PSDB contará com candidatos próprios em João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Porto Velho, Rio Branco e São Luís. Nos demais municípios do país, os tucanos disputarão 1.783 prefeituras.
Nas eleições de 2004, o PSDB venceu em 870 cidades, número inferior ao resultado do pleito de 2000, quando ganharam em 985 municípios, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Candidato em São Paulo, Alckmin tem a missão de vencer as eleições sem gerar fraturas entre a aliança do PSDB e DEM no âmbito nacional. O atual prefeito, Gilberto Kassab, é filiado ao Democratas e tenta permanecer no cargo por mais quatro anos. Tucanos ligados a Serra apóiam Kassab.
"São Paulo tem a eleição mais importante do Brasil. Em São Paulo, temos que manter o caminho aberto para receber o apoio do DEM no segundo turno. O nosso grande adversário é o PT", ponderou o secretário-geral tucano. Alckmin e Marta Suplicy (PT) disputam a preferência dos paulistanos nas recentes pesquisas de intenção de voto. Em Belo Horizonte, o PSDB se juntou ao PT para apoiar Márcio Lacerda, do PSB. O candidato foi lançado por Aécio e pelo atual prefeito da cidade, Fernando Pimentel (PT).
Mas enquanto o PT ocupa a vice na chapa, o PSDB apóia o candidato de maneira informal. Temendo o fortalecimento de Aécio, a direção nacional do PT vetou uma aliança formal com os tucanos na capital mineira. Lacerda, secretário de Desenvolvimento Econômico de Aécio até há pouco tempo, está em terceiro lugar nas pesquisas de opinião pública.
"O grande eleitor dele é o governador Aécio Neves. A maior credencial dele foi a sua participação no governo estadual. Então, é natural que, se ele ganhar, o PSDB participe do governo dele", comentou Castro.
Para a cúpula do PSDB, os prefeitos Beto Richa (Curitiba), Silvio Mendes (Teresina) e Wilson Santos (Cuiabá) são bem avaliados pela população e devem se reeleger. Em Salvador, Antonio Imbassahy disputa a dianteira das pesquisas de opinião com o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM). O ex-governador e ex-deputado federal João Castelo também está bem avaliado em São Luís.
Em Porto Alegre e Maceió, acreditam integrantes da Executiva Nacional do PSDB, as eleições serão árduas. O deputado estadual João Gonçalves, candidato em João Pessoa, também enfrenta dificuldades.

GIL DEIXA MINISTÉRIO

Gilberto Gil anunciou nesta quarta-feira sua saída do Ministério da Cultura para se dedicar à música. Em seu lugar, fica como interino o secretário executivo Juca Ferreira, que, conforme sinalizou Gil tem grandes chances de se tornar titular da pasta.
Gilberto Gil passou mais tempo fazendo shows em viagens pelo mundo afora do que trabalhando no ministério que assumiu, onde recebia seu salário e tinha a seu dispor toda uma infra-estrutura trabalhando mais pela promoção do ministro e de sua carreira que pela cultura naciona. Grande, notável artista, mas ministro sem brilho. Sem falar nas limusines, almoços e facilidades das embaixadas. O ministério da Cultura virou o circo do ministro.
RIO – A saída de Gilberto Gil do ministério da Cultura suscitou sentimentos variados. Pesquisa feita entre os leitores do Globo na Internet revela que para 53% dos entrevistados achou péssima a gestão de Gil.. Houve declarações de admiração, alguns agradecimentos, muitas críticas e atitudes de repulsa à gestão do artista durante cinco anos no governo Lula.

LULA TRANSFORMA SECRETARIA DE AGRICULTURA E PESCA EM MINISTÉRIO ATRAVÉS DE MEDIDA PROVISÓRIA QUE CRIOU 295 CARGOS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, através da Medida Provisória 437, criou quase 300 cargos sem concurso público. Os postos são comissões do tipo DAS (Direção e Assessoramento Superior).
A MP transformou a Secretaria de Aqüicultura e Pesca em ministério, para onde designou 150 vagas. Outras 145 foram criadas para outras pastas e órgãos.Além dos 150 cargos para o Ministério da Pesca, foram criados 66 para a Secretaria Especial de Direitos Humanos, 12 para o Ministério da Fazenda, 16 para Ministério da Integração Nacional, oito para Ministério da Saúde e oito para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Há ainda oito vagas para o Banco Central e 27 funções gratificadas.
A remuneração geral dos servidores comissionados varia de R$ 1.977,31 a R$ 10.448. O custo mensal com os salários das novas vagas ultrapassa R$ 1 milhão

A oposição vai tentar derrubar no Congresso a medida provisória, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, que transforma a Secretaria de Agricultura e Pesca em ministério. Parlamentares da oposição criticam, em especial, a criação de 295 novos cargos.
A liderança do PSDB na Câmara informa que um breve levantamento das despesas que serão geradas com a criação dos cargos vai trazer impactos de R$ 14 milhões anuais aos cofres públicos
- Esse valor pode ser muito maior, porque um funcionário não custa somente o salário dele. Se for somar gasto com telefone, energia, viagens, etc, a despesa, com certeza, dobra – afirmou o deputado José Anibal.