2 de julho de 2008

DEU NO ESTADÃO

Política e religião dão o tom no ''Arraiá do Torto''
Durante a festa, Lula e convidados fizeram oração por Ruth Cardoso

Exibindo um estandarte com as imagens de São Pedro, São João e Santo Antônio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou, na noite de sábado, a tradicional procissão da Granja do Torto e fez uma prece pela ex-primeira-dama Ruth Cardoso, que morreu na terça-feira, em São Paulo, por problemas cardíacos. Foi o único momento de pesar do "Arraiá do Torto", que reuniu ministros e amigos do presidente, com trajes típicos de festa junina.
Além de lembrarem de Ruth Cardoso, os convidados também rezaram pela saúde do vice-presidente José Alencar, que desde 2006 luta contra um tumor, e pediram proteção ao Brasil. "Nós agradecemos por esses cinco anos e meio de governo e por termos sobrevivido aos obstáculos", contou o chefe-de-gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, que puxou a oração.
Vestido com camisa xadrez azul e laço vermelho, Lula conversou com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos - que é presidente do PSB -, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), candidato a vice-prefeito na chapa de Marta Suplicy em São Paulo, e o ministro do Esporte, Orlando Silva. Analisavam o peso das disputas municipais na eleição presidencial quando foram interrompidos por dona Marisa. "Chega de falar de política!", reclamou.
Favorita do presidente para sua própria sucessão, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fugiu dos fotógrafos. Com chapéu de palha, bigode desenhado a caneta e seu indefectível colete - desta vez xadrez -, o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, esbanjava animação.
Todos dançaram quadrilha e muitos, como o vice José Alencar, Franklin Martins (Comunicação Social) e José Gomes Temporão (Saúde), arriscaram passos de forró. O chefe da Secretaria de Planejamento Estratégico, Mangabeira Unger, dispensou os trajes típicos e chegou à festa de carro oficial. Deve ter sido muito interessante a hora da dança da quadilha!

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