2 de agosto de 2011

Jucá pede desculpas a Dilma por declarações de irmão exonerado

 O senador Romero Jucá, líder do governo na Senado, pediu desculpas à presidente Dilma Rousseff, pelas declarações do irmão, Oscar Jucá Neto, que disse à revista Veja que havia um esquema de corrupção no Ministério da Agricultura com vistas a beneficiar o PMDB e o PTB. O senador aproveitou o final da reunião da coordenação política para conversar com a petista. - "A presidente ouviu [as explicações] e disse que está tudo bem", afirmou o senador.

Conhecido como Jucazinho, o irmão do senador foi exonerado da diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ao autorizar, sem permissão e sem especificar a finalidade dos recursos, um pagamento a uma suposta empresa de fachada. "Participei da reunião de coordenação nesta manhã e, ao final, conversei com a presidente Dilma, expliquei o episódio, pedi desculpas, marquei minha posição contrária à entrevista do meu irmão e prestei solidariedade ao ministro Wagner Rossi. A presidente ouviu e disse que está tudo bem", confirmou Jucá. Na fala à publicação, o irmão de Jucá relatou um suposto "acerto" no atraso do pagamento de R$ 14,9 milhões em dívidas à Caramuru Alimentos, empresa de armazenagem de grãos. De acordo com ele, o acerto aconteceria porque representantes da Conab queriam aumentar o valor para R$ 20 milhões. Deste total, R$ 5 milhões seriam repassados por fora. Oscar Jucá disse que não autorizou o pagamento, mas a denúncia o derrubou da direção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última quarta-feira (27).

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou junto à Comissão de Agricultura da Casa um requerimento para que o ministro Wagner Rossi dê explicações sobre o caso.

"Estamos diante de um modelo promíscuo em que a corrupção se instalou em todas as áreas do governo, tanto no primeiro quanto no segundo escalão. O ideal seria constituir uma CPI da corrupção, mas sabemos das dificuldades", admitiu Dias.

Participaram da reunião de ontem com a presidente o vice-presidente, Michel Temer, e os ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Miriam Belchior; da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho; de Relações Institucionais; Ideli Salvatti; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann e de Minas e Energia, Edison Lobão, além dos líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) e no Congresso, Mendes Ribeiro (PMDB-RS)

AGRICULTURA NÃO CONTROLA GASTOS, DIZ TRIBUNAL

Tribunal de Contas diz que Ministério da Agricultura não controla gastos com operações milionárias

 Mais recente foco de denúncias de corrupção no governo, o Ministério da Agricultura, comandado pelo PMDB, não exerce o controle adequado sobre operações milionárias executadas pelo próprio órgão, abrindo brecha para desvios e outras irregularidades, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União).

A auditoria do tribunal, aprovada em junho deste ano, foi feita no ministério e em órgãos a ele vinculados, como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

"[Verifica-se] a inexistência de uma sistemática efetiva de controles internos no ministério, o que se mostra temerário por tratar-se de um órgão que exerce a fiscalização de transações de grande valor econômico", diz o relatório.


O ministério é comandado desde abril de 2010 por Wagner Rossi (PMDB-SP), indicado ao cargo pelo vice-presidente Michel Temer, também do PMDB paulista. Rossi, também por indicação de Temer, presidiu a Conab de junho de 2007 a março de 2010.


O mais grave dos problemas verificados pelo TCU, segundo o órgão, envolve as fiscalizações atribuídas ao ministério e à Conab. Cabe a esses órgãos fiscalizar estoques privados de alimentos, além de condições fitossanitárias e processos de importação e exportação de alimentos e insumos.


Dependendo da situação encontrada, os órgãos podem aplicar multas ou determinar outras sanções. Só este ano, já foram arrecadados R$ 17,6 milhões em multas.


Também foram constatadas falhas na emissão de laudos de perdas agrícolas, que servem de base para a liberação, pelo governo, de pagamentos do seguro rural.


Outro problema ocorre nas liberações de créditos do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira), que tinha R$ 2,1 bilhões de recursos para a safra 2010/2011. Ainda hoje não há um sistema informatizado para controle das operações do fundo: tudo é feito manualmente, aponta o TCU.


O Ministério da Agricultura foi alvo de ataques do ex-diretor da Conab Oscar Jucá Neto



Dilma não fala sobre denúncias

A postura da presidente contrasta com a tomada de decisões relacionada à Pasta dos Transportes



A presidente Dilma Rousseff não cobrou explicações do senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, sobre as denúncias feitas pelo seu irmão Oscar Jucá Neto, ex-diretor financeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a respeito de casos de corrupção no Ministério da Agricultura.

O senador era um dos participantes da reunião de coordenação do governo, na manhã de ontem, no Palácio do Planalto. Segundo a ministra Helena Chagas (Comunicação Social), as denúncias a respeito da pasta, comandada pelo PMDB, não foram abordadas. Também não está prevista, segundo ela, uma conversa entre a presidente e Jucá para discutir o assunto.

Em entrevista à revista "Veja", o irmão de Jucá, exonerado após determinar o pagamento de R$ 8 milhões a um armazém em nome de laranjas, acusa o ministério comandado por Wagner Rossi (PMDB), afilhado político do vice-presidente Michel Temer, de retardar um pagamento determinado pela Justiça ao armazém Caramuru.

 
A Conab também teria vendido um terreno em área valorizada de Brasília por um quarto do valor de mercado a um vizinho do senador Gim Argello (PTB-DF), também com influência política dentro do ministério.

A postura de Dilma em relação ao caso contrasta com a atitude tomada por ela na crise dos Transportes, comandado pelo PR, quando determinou uma "faxina". A consequência foi a exoneração de 22 pessoas.

 
Nordeste

A presidente Dilma destacou ontem as ações prioritárias anunciadas pelo governo na semana passada para o Nordeste. Em seu programa semanal "Café com a Presidenta", ela falou de estratégias nas áreas de saneamento, educação, saúde e agricultura familiar. Segundo Dilma, a expectativa com o programa Água para Todos é obter o mesmo resultado do Programa Luz para Todos, que fornece energia elétrica para 2,8 milhões de moradias no País.

O governo pretende apoiar a produção de 250 mil agricultores familiares extremamente pobres até 2014. Destacou a parceria com redes de supermercados para a compra e a venda de produtos da agricultura familiar. Na área de saúde, serão construídas 638 Unidades básicas de Saúde (UBS). A realização de mais de 7 milhões de consultas, a entrega de 3 milhões de óculos para estudantes e o fornecimento de quase meio milhão de próteses dentárias

PR cobra mesmo tratamento de Dilma a denúncias na Agricultura

"Que a presidenta da República tenha um só comportamento em relação a todos os ministérios", disse Lincoln Portela



A nação brasileira quer que haja uma só balança nos julgamentos das questões de denúncias dentro dos ministérios no governo", diz Portela

O PR viu Alfredo Nascimento,, que é da sigla, renunciar ao cargo de ministro dos Transportes no mês passado em meio a denúncias de corrupção dentro da pasta, com a participação de integrantes do partido. As denúncias motivaram uma "faxina" no ministério, com a saída de vários servidores, a maioria deles ligados ao PR.

"Que a presidenta da República tenha um só comportamento em relação a todos os ministérios. Houve uma denúncia, então que (ela) aja da mesma maneira", disse Portela a jornalistas após reunir-se com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. "A nação brasileira quer que haja uma só balança nos julgamentos das questões de denúncias dentro dos ministérios no governo."



No fim de semana, Oscar Jucá Neto, ex-diretor financeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), acusou o ministro da Agricultura,Wagner Rossi, de lhe oferecer propina em troca de silêncio sobre casos de fraude e corrupção, segundo reportagem da revista "Veja".

Jucá Neto é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Apesar do tom, Portela preferiu não comparar o episódio dos Transportes com o atual, mas considerou as denúncias como "graves, que precisam ser apuradas."

Ideli recebeu líderes dos partidos aliados para traçar as prioridades do governo para o semestre. Mas, em separado, reuniu-se com Portela e o deputado Luciano Castro (PR-RR).

O encontro reservado ocorre na véspera do retorno de Nascimento ao Senado. Há a expectativa que ele use seu discurso para comentar as denúncias de corrupção que forçaram sua saída do cargo.

O momento também é delicado nas relações do Planalto com o PR, desgastada com a crise nos Transportes e o processo de substituição de Nascimento. Portela fez questão de destacar que a escolha do sucessor de Nascimento, Paulo Sérgio Passos, "é uma indicação pessoal da presidenta da República e da cota dela".

"Essa preocupação do governo... não adianta querermos tapar o sol com a peneira. Há uma preocupação do governo com o Partido do República," disse Portela, que reconheceu haver "focos de insatisfação" na sigla. Ele defendeu rigor na punição dos culpados por irregularidades, mas que todos possam se defender. "Estado policial é lá em Cuba", disse.



CERVEJARIA JAPONESA COMPRA A SCHINCARIOL

Schincariol é comprada por cervejaria japonesa

Grupo Kirin pagou por R$ 3,95 bilhões

A problemática Schincariol vai ajudar a deficitária Kirin?

Enquanto a Schin não consegue crescer, a Kirin encolhe no Japão – essa parceria pode dar certo?

Compra da Schin pela Kirin altera todo setor de bebidas no Brasil

Cervejaria japonesa atua em outros segmentos, como sucos, vinho e água mineral, e usará Schincariol como base na América Latina

A aquisição da cervejaria brasileira Schincariol pela japonesa Kirin deve ter impacto em todo o setor de bebidas no Brasil. “Além de cervejas, a Kirin possui outras operações no setor, como sucos, vinhos e água mineral. A entrada na empresa no Brasil deve mexer com todo o mercado de bebidas”, avalia o consultor Adalberto Viviani, da Concept Marketing e Comunicação, especializada no setor.

Na sua avaliação, a Kirin deve utilizar a Schincariol como uma plataforma para se expandir para outros segmentos no Brasil e também como uma base para se consolidar na América Latina.

“Essa aquisição irá fortalecer a estratégia integrada de bebidas do grupo, dando à Kirin uma base sólida no crescente mercado brasileiro, aliada às bases existente na Ásia e Oceania”. A empresa é a segunda maior do setor cervejeiro e a terceira maior em bebidas não-alcóolicas..

A empresa já convocou uma conferência com jornalistas no Japão para falar sobre a aquisição.

Uma nota veiculada no site do grupo japonês ressaltou que a Schincariol é a segunda maior produtora de cervejas do Brasil, e a Terceira maior en bebidas não alcóolicas, sendo conhecida pelas marcas Nova Schin, Devassa, Glacial, Baden Baden e Eisenbahn. O grupo também produz refrigerantes, sucos e água mineral, alcançando o terceiro lugar na produção de bebidas não-alcoólicas no país. A empresa tem uma rede com 13 fábricas em todo o Brasil.

A Kirin afirmou aos investidores que a transação vai lhe garantir “uma sólida plataforma em um mercado emergente promissor”. Sim, o Brasil é um belo mercado para venda de cerveja, mas o problema é que a Schincariol está patinando há anos no segundo lugar, sem apresentar aumento expressivo de participação. Enquanto isso, assiste à Petrópolis ameaçar seu segundo lugar.

Devassa e escanteada

O motivo provável da venda seria o fracasso do lançamento da Devassa Bem Loura. Lançada com estardalhaço, a meta da marca era encerrar 2010 com uma fatia de 1,5% de mercado. O resultado, segundo reportagem de EXAME, ficou bem aquém: 0,2%.

Mas a Kirin será capaz de dar uma guinada na Schincariol, a ponto de a cervejaria crescer com fôlego. Ao comunicar a aquisição ao mercado, a empresa japonesa não se fez de rogada: afirmou que as vendas da brasileira crescerão 10% ao ano.

Para isso, vai investir no lançamento de produtos de maior valor agregado, além de reforçar as marcas já pertencentes à Schincariol. Promessas à parte, o ponto é que isso envolve dinheiro – e a Kirin fez questão de enfatizar que a sua prioridade continua ser crescer e se tornar líder nos mercados da Ásia e da Oceania

Surpresa

A compra da Schincariol pela cervejaria japonesa surpreendeu o setor, embora já se soubesse que a empresa asiática tinha interesse em se expandir no mercado latino-americano, avalia Viviani. A Kirin fez jus à conhecida discrição dos japoneses, que costumam ser reservados na condução de seus negócios.

O preço pago, porém, ficou dentro do esperado.

Sócio brasileiro

A Kirin pagou R$ 4 bilhões por 50,5% do capital da cervejaria brasileira que pertenciam aos irmãos Adriano e Alexandre Schincariol. Os 49,5% restantes continuarão com um dos membros da família, Gilberto Schincariol.

Esse foi considerado um dos aspectos críticos na venda da companhia e que teria afugentando os demais compradores, como a Heineken, segundo fontes do setor. A cervejaria holandesa pretendia comprar todo o capital da Schincariol.

Mas uma fonte do mercado acredita que, no futuro, Gilberto Schincariol também acabe vendendo sua participação. O empresário não teria vendido agora suas ações porque avalia que receberá um preço maior por elas mais adiante, acredita um executivo do ramo.

Briga com a AmBev

A Schincariol, que detém 11% de participação no mercado brasileiro de cervejas, enfrenta uma dura competição da AmBev, que controla entre 68% e 69% do mercado. Já era esperado que mais cedo ou mais tarde a família Schincariol "jogasse a toalha".

Com a venda da Schincariol, a Petrópolis, dona da marca Itaipava, transforma-se em uma sobrevivente, passando a competir agora com dois gigantes mundiais. A marca de cerveja detém cerca de 8% do mercado e está voltada para a classe C.

Mas a aquisição da Schincariol deve, na avaliação de uma fonte, valorizar indiretamente a Petrópolis, transformando-a na única empresa que ainda resta ser vendida.

ROSSI REAJE E DIZ QUE SÃO "MENTIRAS" ACUSAÇÕES NA AGRICULTURA

Ministro diz que Oscar Jucá Neto tentou transformar uma irregularidade que ele cometeu em fato político


O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, rebateu nesta segunda-feira as acusações sobre sua gestão à frente da pasta e classificou de "mentiras" as denúncias feitas por um ex-diretor da Conab, que disse ter recebido uma oferta de propina para se calar sobre casos de irregularidades no órgão.

Além de reagir às afirmações dadas à revista "Veja" por Oscar Jucá Neto, ex-diretor financeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), Rossi disse ter pedido a líderes de seu partido, o PMDB, que não dificultem investidas da oposição para que ele vá ao Congresso dar explicações.

"Pego em um flagrante irregularidade grave e tendo sido responsabilizado por isso, ele tentou transformar um caso administrativo, em que todas as providências foram tomadas, em um grande caso político", disse o ministro em entrevista, de acordo com informações da Agência Brasil

Jucá Neto foi demitido de seu posto na Conab, na semana passada, após ser alvo de denúncias de irregularidades publicadas na mesma revista.

O ministro negou que o episódio tenha criado problemas com o líder governista. Ele disse que Romero Jucá apenas lhe falou "que tomasse as providências que achasse conveniente e que, se possível, minimizasse os danos para o irmão dele, o que é natural".



JOBIM DIZ QUE CONTINUAR NO GOVERNO LHE DÁ PRAZER, MAS DILMA VAI NOMEAR TEMER PARA A DEFESA

Após desgaste por ter declarado voto em Serra, Jobim faz juras de amor ao Planalto, mas Dilma estuda indicar vice-presidente para o ministério


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse, em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, ontem, que tem prazer em continuar no cargo, e negou que esteja "pedindo para sair" do governo. Eu estou no governo porque me dá prazer", disse o ministro.

Questionado se perdeu poder no governo atual, o ministro negou. "Absolutamente, continua a mesma coisa", disse.

Nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff vem cogitando adotar no Ministério da Defesa a mesma saída à qual recorreu seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, quando perdeu seu ministro José Viegas, no fim de 2004: substituir o titular da pasta pelo vice-presidente da República. Na ocasião da demissão de Viegas, José Alencar assumiu o posto que Dilma agora pensa em dar a Michel Temer.

Ontem à noite, a presidente se reuniu com Temer por mais de uma hora. O peemedebista, entretanto, resiste à ideia. Seus fiéis colaboradores no partido têm dito a ele que, no papel de vice-presidente, está mais solto para cuidar da política. Como ministro, não teria tanto tempo assim. Além disso, Nelson Jobim não deseja deixar o cargo. Depois de ter irritado Dilma ao dizer que havia votado no adversário dela, José Serra, na eleição presidencial do ano passado, Jobim aproveitou uma entrevista dada ontem ao programa Roda viva, da TV Cultura, em São Paulo, para tentar reconstruir os laços com a presidente. Ele justificou a revelação de que votou no tucano alegando que "todo mundo sabia" das suas relações com o ex-governador paulista. "Não sou dissimulado. Sempre disse o que pensava e o que fazia", destacou.

Voto em Serra

A presidente Dilma não teria gostado da declaração do ministro, que declarou que votou em Sera, segundo registraram vários blogs.

Jobim explicou que, durante a campanha de Dilma, conversou com o presidente Lula e disse que era amigo pessoal do candidato do PSDB, por isso "não tinha condições nenhuma (sic) de fazer campanha contra Serra".

Jobim disse que a decisão do cargo de ministro é sempre da presidente Dilma. "Evidentemente, há um projeto de que eu sou entusiasta, que é a implantação de todo um modelo de defesa. Se puder continuar, tudo bem; se não puder continuar, tudo bem", afirmou.

O ministro também falou da reportagem publicada domingo no jornal Folha de S.Paulo sobre uma investigação da Procuradoria Geral de Justiça Militar de suspeita de participação de generais, incluindo o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, em fraudes em obras.

Eu não costumo adiantar juízos, vamos aguardar. Eu não vejo problema nenhum que sejam examinados os contratos feitos, mas pessoalmente não acredito que o general Enzo esteja envolvido nisso, não vejo nenhuma possibilidade nesse sentido."

Jobim disse que gostaria de permanecer no governo e negou que a sua relação com a presidente tenha "azedado" depois de declarar abertamente que votou em Serra. O ministro também negou que exista pressão para que ele deixe o cargo. Em determinado momento da entrevista, fez algo raro: elogiou de forma exagerada a figura da chefe, até mesmo em momentos nos quais não havia contexto para tanto: "A presidente é extraordinária e minha relação com ela é ótima, não tem problemas", disse, em tom enfático. O ministro afirmou ainda que está "no governo porque me dá prazer" e deixou claro que, se depender dele, não entrega o cargo. A entrevista estava prevista para ser veiculada na noite de ontem.

Irritação

A irritação de Dilma com Jobim não vem de hoje. Na China, ela chegou a conversar sobre os caças russos com o primeiro-ministro Vladimir Putin, sem falar com seu ministro. Quanto à homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em Brasília, há um mês, Jobim ressaltou no discurso que FHC "nunca levantou a voz para ninguém". O comentário soou provocativo, porque Dilma tem fama de se alterar com os subordinados.

Ainda naquele pronunciamento, Jobim citou Nelson Rodrigues de uma maneira dúbia, que desagradou não só a presidente, como todo o PT. "Ele (Nelson Rodrigues) dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento." Na época, o ministro disse que havia se referido à imprensa

VIDAL É ELEITO PREFEITO DE MAGÉ


O candidato Nestor de Moraes Vidal Neto foi eleito prefeito do Município de Magé. Uma eleição suplementar foi realizada nesse domingo porque a prefeita eleita em 2008, Núbia Cozzolino, foi cassada pela Justiça Eleitoral. Ele se elegeu com 68,62% dos votos válidos

Dólar começa a semana com alta de 0,63% diante da preocupação sobre crescimento dos Estados Unidos

Começo do dia foi marcado por otimismo, mas preocupação acabou tomando conta

O dólar voltou a subir nesta segunda-feira. A moeda norte-americana avançou 0,63%, a R$ 1,5607 para venda, após ter sido cotado abaixo de R$ 1,55 no começo da manhã. A alta da moeda foi afetada pela divulgação do índice da atividade manufatureira norte-americana, medido pelo ISM (sigla em inglês para Instituto para Gestão do Fornecimento), que caiu de 55,3 em junho para 50,9 no mês passado - o menor nível desde julho de 2009.

Na semana passada, o governo brasileiro teve que jogar pesado para conter a queda do dólar, que fechou na sexta-feira a R$ 1,55. Entre as medidas tomadas pelo Brasil esteve a adoção de um imposto sobre operações com derivativos de câmbio.

A moeda americana vem desabando diante da incerteza sobre a dívida soberana e o crescimento econômico dos Estados Unidos. Mas o governo brasileiro tenta frear a valorização do real para proteger as exportações.

 
No começo do dia, prevalecia o otimismo com o acordo no Congresso norte-americano para a elevação da dívida do país. O texto ainda não foi votado, mas a expectativa dos parlamentares é de que isso ocorra a tempo de evitar um calote.

No Brasil, o mercado abriu o mês ainda com a liquidez prejudicada pelas medidas do governo sobre derivativos cambiais na semana passada, apontou o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

- [O governo] está tendo sucesso dentro do objetivo dele. Ele está travando o mercado.

O governo determinou na semana passada um imposto de 1% sobre operações com derivativos cambiais que resultem em um aumento da posição vendida em dólar. A intenção é frear a queda do dólar e proteger as exportações brasileiras.

Os estrangeiros, principal alvo do novo imposto, reduziram as posições vendidas em dólar de R$ 35,7 bilhões (US$ 22,9 bilhões) na terça-feira a R$ 32,15 bilhões (US$ 20,6 bilhões) na sexta.

O dólar subiu em relação ao real nesta segunda-feira (1º), acompanhando a reação do mercado global a dados piores do que o esperado nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana avançou 0,63%, a 1,5607 real para venda, após ter sido cotado abaixo de 1,55 real no começo da manhã. Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar subia 0,54 por cento às 17h.

Para o economista-chefe da CM Capital Markets, Luciano Rostagno, o otimismo em relação à possibilidade de um acordo entre republicanos e democratas para elevar o teto da dívida americana, foi substituído por preocupações com os indicadores do país.

- O mercado começou com o real se valorizando, com otimismo prevalecendo sobre a possibilidade de um acordo entre democratas e republicanos sobre a dívida Nnorte-americana. Mas depois... aumentaram as preocupações sobre a sustentabilidade da recuperação econômica.

Bovespa cai 0,49% com temor sobre EUA

Dados sobre crescimento da economia americana ficaram abaixo do esperado

O principal índice das ações brasileiras fechou em baixa nesta segunda-feira (1º), em uma sessão de bastante volatilidade após a divulgação de dados piores que o esperado sobre a economia dos Estados Unidos.

O Ibovespa fechou em queda de 0,49%, a 58.535 pontos. O giro do pregão foi de R$ 5,2 bilhões.

O dia foi marcado pela divulgação do índice da atividade manufatureira dos Estados Unidos, que caiu de 55,3 em junho para 50,9, o menor nível desde julho de 2009. Economistas esperavam uma leitura de 54,9.

Após o dado, as bolsas norte-americanas deixaram de lado o otimismo com o acordo no Congresso sobre dívida e chegaram a ter queda de cerca de 1%. No fechamento, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 registraram queda de 0,1% e



A economia norte-americana ficou praticamente estagnada no primeiro semestre e a partir do meio do ano já não conta com a ajuda do programa de estímulo monetário do Federal Reserve (o Banco Central americano), o que reacende nos investidores o temor de uma recaída na recessão.

"Enquanto o debate sobre o teto da dívida ganhava as atenções, a economia continuou a se deteriorar", afirmaram economistas do Bank of America Merrill Lynch, em relatório.

Apesar do movimento global de aversão a risco, as ações mais negociadas do Ibovespa fecharam praticamente estáveis.

O papel preferencial de Vale caiu 0,07%, a R$ 45,58, e a ação equivalente de Petrobras fechou a R$ 23,50, mesmo nível de sexta-feira.

Entre os destaques positivos do pregão esteve a proposta de reestruturação para estrutura societária do grupo Oi, divulgada pela empresa nesta segunda-feira. A ação preferencial da Oi subiu 1,91%, a R$ 21,90, e a ordinária avançou 4,43%, a R$ 25, com a maior alta da Bovespa.

As ações preferenciais da Brasil Telecom, no entanto, caíram 2,82%, a R$ 12,75, à medida que "o mercado esperava uma melhora na avaliação da BRT", disseram os analistas Rizwan Ali e Miguel Garcia, do Deutsche Bank.

A operadora de shopping centers BRMalls teve queda de 2,21%, a R$ 17,66, mesmo após a inclusão da empresa na primeira prévia da Bovespa para o período entre setembro e dezembro de 2011

CÂMARA EUA APROVA PLANO DA DÍVIDA

Acordo bipartidário contra calote foi aprovado por 269 votos a favor e 161 c ontra

Proposta será votada hoje no Senado americano, mas parlamentares ainda resistem sobre alguns pontos

O presidente dos EUA, Barack Obama, já afirmou que sancionará o projeto assim que for apresentado a ele.

Teto da dívida dos EUA foi elevado 35 vezes em 30 anos

O debate sobre a proposta de aumento do teto da dívida norte-americana tomou conta da opinião pública dos EUA e causa calafrios considerável no mercado financeiro. Ainda que o governo - com déficit orçamentário de US$ 1,5 trilhão e teto até então de US$ 14,3 trilhões - tenha batido sempre na tecla da necessidade de um limite adicional, jamais houve consenso sobre o tema.

"Tudo que (a discussão sobre a elevação do teto) faz é desviar a energia das pessoas. Não faz nenhum sentido. Ter esse limite artificial, que sempre é elevado no fim das contas, interrompe as atividades do Congresso. Acredito que é uma perda de tempo do Congresso”, disse em julho o bilionário Warren Buffett, comandante da empresa de investimentos Berkshire Hathaway - e, nessa posição, considerado o maior investidor do mundo.

Julian Callow, economista-chefe do Barclays Capital, afirmou que o acordo para a elevação do teto, anunciado neste domingo, é um "band-aid" nas discussões em torno da adoção de políticas financeiras públicas mais sustentáveis. “O acordo certamente não representa uma virada no jogo e mantém a possibilidade de um rebaixamento na classificação de risco (dos títulos da dívida americana) no curto prazo”, disse ele eme relatório.

Em meio ao impasse sobre a elevação do teto, as reservas norte-americanas foram minguando. Na última quinta-feira, elas desceram a US$ 53,6 bilhões, montante menor que a fortuna de Bill Gates, o fundador da Microsoft, estimada em US$ 56 bilhões pela revista Forbes, que anualmente elabora uma lista com as pessoas mais ricas do mundo. Os dados referentes a quinta-feira foram apresentados pelo Tesouro nesta segunda.
O Senado dos EUA votará o projeto hoje, dia 2 de agosto, Caso o projeto não seja aprovado e o teto não seja elevado, governo dos Estados Unidos fica sem dinheiro para pagar todas as suas contas caso. Hoje é o último dia do prazo dado pelo Departamento do Tesouro norte-americano para que o teto de endividamento dos EUA seja elevado.

A situação configuraria um calote inédito da maior potência econômica do planeta, o que poderia trazer conseqüências catastróficas para a economia mundial
Líderes de ambos os partidos trabalharam exaustivamente para convencer suas bancadas sobre o acordo obtido com o presidente Barack Obama, com o objetivo de encerrar um impasse que abala a fé dos norte-americanos em suas instituições políticas e prejudica a imagem dos EUA no exterior.
Nos termos do acordo, o limite seria ampliado em pelo menos US$ 2,1 trilhões - o suficiente para suprir a necessidade de financiamento do governo até 2012.
Embora a aprovação no Senado seja quase certa, ainda há resistência vinda de facções antagônicas: por um lado, dos deputados ligados ao grupo direitista Tea Party - que não querem aumento no teto de jeito nenhum-, e por outro, dos democratas mais liberais - que queriam que o corte nos gastos viesse acompanhado de aumento de impostos para os mais ricos.


O vice-presidente Joe Biden se reuniu por duas horas e meia com os democratas da Câmara, muitos dos quais se mostram descontentes com os vultosos cortes em gastos públicos sem a contrapartida de aumento de impostos.
Pela proposta, costurada no domingo, o governo pode se endividar mais até 2013, mas deve cortar gastos ao longo de dez anos. Além disso, será criada uma comissão parlamentar que recomendaria, até o final de novembro, um pacote mais específico de redução do déficit.
A Casa Branca tem um teto legal para a tomada de empréstimos para o pagamento das contas públicas, como o salário dos militares, os juros de dívidas prévias e o sistema de saúde Medicare. O limite atual é de US$ 14,3 trilhões (R$ 22,3 trilhões).
Para o secretário do Tesouro dos EUA, Thimoty Geitner, a não aprovação do pacote daria origem a um cenário "catastrófico". O presidente Barack Obama alertou que o país pode voltar à recessão.
O acordo para elevar a dívida dos EUA firmado no domingo à noite é meramente um “band-aid” e não “muda o jogo”, afirmou o economista do banco Barclays Capital em uma relatório divulgado nesta segunda-feira, segundo a CBNC.
“O acordo certamente não representa uma virada no jogo e mantém a possibilidade de um rebaixamento na classificação de risco (dos títulos da dívida americana) no curto prazo”, afirmou Julian Callow, economista-chefe do Barclays Capital.
Segundo ele, o acordo coloca só um "band-aid" nas discussões em torno da adoção de políticas financeiras públicas mais sustentáveis.
O grande problema, segundo Callow, é a desaceleração da economia americana, o que significa que qualquer economia nos gastos públicos pode ser neutralizada por uma queda na receita com impostos.
“Qualquer economia fiscal pode efetivamente ser apagada se a recuperação do PIB americano continuar sendo mais fraca que as projeções assumidas pelo governo”, afirmou o economista.
Callow acredita que as agências vão rebaixar a classificação de risco da dívida americana apesar do acordo para elevação do teto do endividamento do país.
O analista-chefe do Danske Bank, Allan von Mehren, concorda. “Não será uma decisão fácil rebaixar a dívida soberana do país com a maior reserva de moeda do mundo. Precisará ter coragem para isso”, afirmou o economista à CNBC.

 
Incerteza leva a alta do dólar

Novas incertezas sobre a aprovação do aumento do teto da dívida americana e indicadores desfavoráveis da economia dos Estados Unidos puxaram nova alta do dólar. A moeda fechou ontem com valorização de 0,64%, a R$ 1,560 para compra e R$ 1,562 para venda.

O dólar abriu o dia em baixa, por causa da notícia de acordo para ampliação do teto da dívida. Mas a divulgação de que há riscos de rejeição da proposta mudou a expectativa. Além disso, indicadores divulgados ontem, como a queda da atividade manufatureira nos EUA — para 50,9 em julho, contra expectativa de 54,9 —, levaram os investidores a buscar proteção no dólar

Resumo dos Jornais: O GLOBO



Primeira Página



Manchete: Na Câmara, Obama aprova o acordo com aliados divididos

Pacote que corta gastos e eleva dívida será votado hoje no Senado
Sem o apoio do seu partido, o presidente Barack Obama conseguiu aprovar, na Câmara dos Representantes, por 269 votos a favor e 161 contra, um pacote que eleva o teto da dívida em US$ 2,1 trilhões e corta gastos em US$ 2,4 trilhões pelos próximos anos. Apenas 95 democratas foram a favor. O pacote é fundamental para evitar que os Estados Unidos entrem em moratória a partir de amanhã, porque o Tesouro não teria autorização para se endividar além do limite de US$ 14,3 trilhões, embora precisasse pagar rendimentos de seus títulos e honrar benefícios sociais. O texto deve ser votado hoje no Senado, de maioria democrata, antes de ir à sanção presidencial. Aguardando a votação que só ocorreu à noite -, os mercados globais fecharam ontem em queda. O temor em relação à economia europeia também fez com que o euro recuasse 1,03% frente ao dólar. (Págs. 1, 17 a 19, Miriam Leitão e Arnaldo Jabor)
 
Paul Krugman

"O acordo, considerando dados disponíveis, é um desastre, não só para Obama e seu partido. Empurrará os EUA para um padrão República de Bananas." (Págs. 1 e 17)

Denúncia contra PMDB tem resposta diferente
Jucá pede desculpas à presidente Dilma por irmão ter dito que há corrupção em ministério

Diante das denúncias de que há corrupção no Ministério da Agricultura, comandado pelo PMDB, a presidente Dilma decidiu não agir de imediato, como ocorreu com o PR no Ministério dos Transportes. Mas o PMDB terá de provar que as acusações feitas pelo irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), são apenas briga interna. O partido vai levar o ministro Wagner Rossi, que nega irregularidades na Agricultura, para se explicar na Câmara. Jucá pediu desculpas a Dilma pelas denúncias do irmão, e ela aceitou. (Págs. 1, 3, 4, Merval Pereira e editorial "O porquê de não se fazer 'varredura geral'")

Jobim: ficar no governo é um prazer

O ministro Nelson Jobim, que revelara ter votado em Serra ano passado, disse ontem que "tem prazer" em ficar no governo e elogiou a presidente Dilma. Mas ela está irritada com Jobim. A permanência dele no governo depende de uma conversa entre os dois. (Págs. 1 e 5)



STF: músicos não precisam de registro

O Supremo Tribunal Federal dispensou os músicos do registro na Ordem dos Músicos do Brasil como pré-requisito para o exercício da profissão. Os ministros decidiram com base no direito constitucional da liberdade de expressão. (Págs. 1 e 9)

União quer que Delta devolva R$ 23 milhões

A Controladoria Geral da União recomendou à direção do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) que exija da Delta, empreiteira contratada para construir a nova sede, a devolução de R$ 23,5 milhões pagos com sobrepreço e por serviços executados em duplicidade. (Págs. 1 e 16)



Síria mata 85 no Massacre do Ramadã

Diante dos olhos e da inoperância da comunidade internacional, o regime de Bashar al-Assad matou mais 85 civis no que já é conhecido como Massacre do Ramadã. A ONU tenta nova condenação, sem pedir sanções ou intervenção militar. O Brasil integrará missão ao país. (Págs. 1 e 24)

De olho no mercado verde, vinícolas brasileiras estão produzindo vinho com menos impacto ambiental (Págs. 1 e Razão Social)



Política antissuicídio

A Foxconn, empresa que produz iPhones e iPads na China, terá pelo menos um milhão de robôs nas linhas de produção nos próximos três anos. A gigante, que também já prometeu fazer iPads no Brasil, viu diversos trabalhadores se suicidarem nos últimos meses. (Págs. 1 e 23)

 
Salvo pelo Google
Juan Paredes, o juiz equatoriano que condenou em tempo recorde jornalista Emilio Palacio e donos do diário "El Universo" a três anos de prisão e multa de US$ 40 milhões sob acusação de caluniar o presidente Rafael Correa, copiou parte da sentença de sites da internet. Na Argentina, o também juiz Eugenio Zaffaroni, considerado um aliado importante da presidente Cristina Kirchner, é acusado de alugar apartamentos onde funcionam prostíbulos. (Págs. 1 e 25)

Editorial

O porquê de não se fazer 'varredura geral'
Papel do segundo turno na Argentina

Opinião

Faxina geral na Esplanada :: Gil Castello Branco
Acordo na beirada :: Ilan Goldfajn
Qual é a agenda? :: Antônio Carlos de Medeiros

 
Colunas

Merval Pereira
Panorama Político :: Ilimar Franco
Luiz Garcia
Ancelmo Gois
Panorama Econômico :: Míriam Leitão
Negócios & Cia :: Flávia Oliveira
Arnaldo Jabor

O País
Contra o PMDB, cautela
Planalto tenta apaziguar ânimos e chama o PR para conversar
Por demora, Conab perde 7 em cada 10 ações na Justiça
Oposição planeja convocar cinco ministros para depor no Congresso
Nascimento fará discurso de defesa
Jobim diz que tem prazer de ficar no governo
Dilma define agenda para o semestre
Evolução
Sindicalistas de Minas vão se filiar ao PSDB
Turismo: deputado diz que assinatura foi voto de confiança
Ellen Gracie vai deixar STF e quer vaga em Haia
Músico não precisa mais de registro

 
Economia

Câmara dos EUA aprova acordo
O presidente entregou os pontos
Acordo político enfraquece Obama e beneficia políticos conservadores
Bolsa segue pessimismo global e recua 0,49%
'Não há declínio americano'
Governo teme que, com crise, dólar caia mais
Com mais chuva, conta de luz vai subir menos
Governo vai desonerar a folha dos setores calçadista, têxtil e de móveis
Norte e no Nordeste puxam TV por assinatura

 
O Mundo

De mãos atadas frente a Assad
Pressão
ONU prorroga ajuda a Damasco por mais um ano
Fronteiras de 67 na pauta de Netanyahu
Parlamento cubano aprova plano de reformas para estimular a economia
O 'new look' de Chávez


Rio

Para além da pacificação
União encontra sobrepreço nas obras do Into

 
Esportes

Governo assina contrato com BNDES

Razão Social
Procuram-se 800 mil famílias
‘De presidente para presidente’
‘Não sabia que o governo ajudava’

Resumo dos Jornais: FOLHA DE SÃO PAULO

Primeira Página






Manchete: Sob crítica, plano anticalote dos EUA passa na Câmara
Pacote fiscal, considerado tímido pela opinião pública, tem que ser votado hoje pelo Senado


A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou a elevação do limite da dívida do país dos atuais US$ 14,3 trilhões para US$ 15,2 trilhões.


O aumento de US$ 900 bilhões, equivalente a quase metade do PIB brasileiro, foi aprovado por 269 votos a 161 e será submetido ao Senado, onde tem que ser discutido e aprovado ainda hoje. (Págs. 1 e Mundo Al2)


Clóvis Rossi


Slogan pode ser “no, you can’t” para Obama


Acuado entre alternativas de perder ou perder, presidente capitula, mas nem assim as nuvens da tormenta deixam o mundo respirar aliviado. Agora, o slogan de Obama de 2008 pode virar "no, you can't". (Págs. 1 e Mundo A13)


Benjamin Steinbruch



Ferozes cobradores de ontem ameaçam calote hoje. (Págs. 1 e Mercado B8)

Gustavo Patu
 Brasil gasta mais que EUA para pagar jura da dívida. (Págs. 1 e Mundo A13)


Foto legenda: Sufoco


Imigrantes passam diante de caixões e corpos no porto de Lampedusa (Itália); 25 morreram em porão de navio vindo da Líbia. (Págs. 1 e Mundo A14)






Cuba promete facilitar viagens para o exterior


O ditador de Cuba, Raúl Castro, disse que "flexibilizará" as rígidas regras para viagens de cubanos ao exterior, sem detalhar, porém, a medida. Hoje é preciso permissão para deixar o país.
A promessa foi feita em assembleia do Partido Comunista, que aprovou mais de 300 pontos de reformas anunciados em abril - entre elas a ampliação da iniciativa privada. (Págs. 1 e Mundo A14)


Foto legenda: Corte militar


Na TV, o presidente da Venezuela. Hugo Chávez, exibe seu corte
"militar", que fez devido à queda de cabelo causada pela quimioterapia. (Págs. 1 e Mundo A15)

 
Após massacre, Brasil já admite tirar apoio à Síria
Após o massacre de 140 pessoas pelo governo sírio no domingo, o Brasil admitiu apoiar resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o país se ela for consensual entre os membros permanentes. Para o Itamaraty, os atos deram um novo dado à situação. (Págs. 1 e Mundo A14)


Japonesa Kirin paga R$ 3,95 bi pela Schincariol
A empresa japonesa Kirin comprou, por R$ 3,95 bilhões, 50,45% das ações da Schincariol, dos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol. Outra parte da família, dona do restante da cervejaria, quer anular a venda. O grupo faturou R$ 6 bilhões em 2010. (Págs. 1 e Mercado B4)


TAM usa piloto que não domina inglês em voos internacionais
A TAM descumpre normas de aviação internacional ao liberar para voos ao exterior pilotos com nível de inglês abaixo do exigido, informa Ricardo Gallo.
A empresa autoriza que eles operem o voo enquanto estiverem sobre território brasileiro, o que não é previsto na lei. A Anac diz não ver transgressão. (Págs. 1 e Cotidiano C1)


Editoriais


Leia "Sem contrapeso", sobre a relação entre o Executivo e o Congresso, e "O Brasil e a Síria", acerca da posição diante dos massacres no país. (Págs. 1 e Opinião A2



Editorial


Sem contrapeso
O Brasil e a Síria





Opinião


São Paulo - Fernando de Barros e Silva: Jeitinho fatal
Brasília - Eliane Cantanhêde: Crise de confiança
Painel do leitor

 
Colunas


Painel
Janio de Freitas
Mercado Aberto
Clóvis Rossi
Vinícius Torres Freire
Vaivém :: Mauro Zafalon
Benjamin Steinbruch
Mônica Bergamo

Tendências Debates

Giovanni Guido Cerri: Em defesa do SUS
Roberto Muylaert: Ao pagar impostos, não leia jornais



Poder


Investigação do TCU revela descontrole de gastos da Agricultura
Ministério diz que está em processo de melhorias do controle interno
Ministro descarta faxina na Agricultura
Jobim elogia Dilma e diz que quer ficar, mas já admite saída
Procuradora analisa ação contra general
Fala de Nascimento na volta ao Senado preocupa Planalto
Tribunal vê desvio em obras feitas pelo Exército
Veto da Fazenda restringe benefício fiscal para indústria
Indústria perde participação nas exportações
Reservas internacionais crescem US$ 10,4 bi
Centrais vão boicotar lançamento de plano
Brasil está preparado para piora no cenário externo, diz Tombini



Mercado

Empresas adotam proteção mais conservadora em dólar
Câmbio quase quebrou exportadores
Desânimo sobre economia dos EUA faz moeda subir
Bancos: Brasil fica fora de corte do HSBC
Inflação e dívida enfraquecem consumo
Cremes e loções ganham mais espaço nos lares
Carrefour transfere parte das lojas para a marca popular Atacadão
Comércio varejista pode terminar o ano sem crescimento no faturamento
Empresa pode explorar entorno de aeroporto
TAM promove reestruturação e troca diretores
Japonesa compra Schincariol por R$ 4 bi
AmBev iniciou onda de aquisições no setor em 1999
Chinesa JAC anuncia fábrica de US$ 600 mi no Brasil
Renault: Clio, Logan e Sandero são alvo de recall
Demanda e preço incentivam as exportações do agronegócio
Consultoria prevê safras recordes de milho e soja
Investimento em cafés especiais exige recursos e tecnologia
Conta de energia deverá vir menos salgada
Foxconn planeja igualar números de funcionários e de robôs até 2013

Mundo


Sob críticas, plano anticalote é aprovado por Câmara dos EUA
Dados sobre indústria anulam otimismo no mercado com acordo
E eu com isso: Brasil deve ser afetado com corte
Mesmo com crise, EUA gastam menos com juros que o Brasil
Após matança, Brasil admite resolução contra Síria na ONU
Oposição vem ao Brasil em lobby contra Assad
Netanyahu envia carta contra Estado palestino a Dilma
Cuba promete regras mais flexíveis para viagens ao exterior
Chávez adota 'corte militar' para cabelo em queda

 
Cotidiano


TAM usa pilotos reprovados no inglês em voo ao exterior
Controlador também patina no idioma
Para Anac e TAM, objetivo da norma não foi desrespeitado
SP promete dobrar leitos para alcoolismo
Aceitação da população e fiscalização são fundamentais para a lei "pegar"
Contribuinte já pode pedir nova nota paulistana
Conselho autoriza medicina paliativa, tropical e do sono
Prefeitura desiste de restaurar edifícios da Vila Maria Zélia



Esportes


Dirigente olímpico é alvo do TCU
Paes mantém aliado em pasta esvaziada
Primeira obra de 2016 será inaugurada

 
Saúde


Ministério Público quer remédio para derrame no SUS
Anvisa vai julgar proibição de droga similar ao ecstasy
Conselho Federal de Medicina cria três novas áreas de atuação no país
Países ricos têm maiores índices de depressão

Resumo dos Jornais: O ESTADO DE SÃO PAULO

Primeira Página



Manchete: Acordo nos EUA indica fragilidade e derruba bolsas

Mercado teme que o corte orçamentário previsto no acerto em Washington possa causar recessão

Os mercados concluíram que a economia dos EUA continua fraca, situação que tende a agravar-se com os cortes de despesas definidos na negociação política para elevar o teto da dívida do país. Resultado: as bolsas de valores abriram a semana com baixas em todo o mundo. Houve queda em São Paulo (0,49%), Nova York (0,09%), Frankfurt (2,86%) e Londres (0,70%). O acordo, que foi aprovado ontem na Câmara e seria votado hoje no Senado, prevê elevação do teto da dívida em US$ 2,4 trilhões (hoje são US$ 14,3 trilhões). Em troca, o governo Obama se compromete com reduções orçamentárias de até US$ 4 trilhões até 2022. O raciocínio dos investidores é que, com o corte, o governo americano tira dinheiro da economia. Além disso, há a possibilidade de rebaixamento do rating (nota de crédito) dos títulos dos EUA pelas agências de classificação de risco. (Págs. 1 e Economia B1, B3

 
'Brasil está preparado'

O Brasil está preparado para um agravamento da situação econômica de países como os EUA, disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, destacando a reserva do País em moeda estrangeira. (Págs. 1 e Economia B4)

Artigos

Paul Krugman

Acordo é um desastre



A solução para a dívida americana será prejudicial para uma economia já fragilizada; quanto ao déficit a longo prazo, provavelmente vai piorar, não melhorar. (Págs. 1 e Economia B4)

 
José Paulo Kupfer

Um mundo sem 'AAA'

Um rebaixamento dos títulos do Tesouro dos EUA não significa reviravolta nas escolhas dos ativos mais seguros. Títulos "AA" podem ser os novos “AAA". (Págs. 1 e Economia B5)

Síria amplia repressão em mês sagrado

As forças do governo da Síria intensificaram a repressão à oposição no primeiro dia do Ramadã, o mês sagrado islâmico. Nos últimos dois dias, mais de cem pessoas foram mortas. Já os EUA ampliaram seus esforços para que o Conselho de Segurança da ONU aprove resolução condenando a violência do regime de Damasco. (Págs. 1 e Internacional A11)
Prefeitura de SP paga por exame não realizado

A Prefeitura de São Paulo paga à Fundação Instituto de Pesquisa e Diagnóstico, organização social ligada à Unifesp, por quantidades predeterminadas de exames, mesmo que eles não sejam realizados. O contrato está sendo auditado. (Págs. 1 e Vida A15)

Crianças e adolescentes fazem arrastões em SP (Págs. 1 e Cidades C3)
Corinthians se diz certo de que abrirá a Copa (Págs. 1 e Esportes E1)

Dora Kramer

Torcida contra

 
Acho que os oposicionistas torcem pelo pior, como defende o ex-presidente Lula, é supor que a inflação não doa no bolso de todos. (Págs. 1 e Nacional A6)

Notas e Informações

O acordo contra o calote

Acabou em poucas horas a comemoração do acordo para se evitar o calote do Tesouro dos EUA. (Págs. 1 e A3)

 
Editorial

O acordo contra o calote
A chacina do Ramadã
Aliando-se ao ''inimigo'' chinês
O ministro da Fazenda foge das críticas à nova política

Espaço Aberto

A defesa no sentimento nacional :: Mario Cesar Flores
Acordo na beirada :: Ilan Goldfajn

Colunas

Direto da Fonte :: Sonia Racy
Sem intervalo :: Cristina Padiglione
Celso Ming
José Paulo Kupfer
Dora Kramer

Opinião

A dívida e os empregos nos Estados Unidos :: José Pastore
 
Nacional

Na esteira da ''faxina'' de Dilma, oposição quer levar cinco ministros ao Congresso
Dilma escala Gleisi para fazer cobranças diárias aos colegas
Planalto chama PR antes de ex-ministro discursar
Filha de superintendente ganha promoção no Dnit
Jobim diz não ser um ministro ''dissimulado''
''Fichas-sujas'' querem salários retroativos
Siglas temem que prévia contagie eleição
''Se você faz, é difícil evitar as próximas''
Nascimento acena com discurso conciliador no Senado
PSDB filia e lança candidatos sindicalistas

Economia

EUA ainda preocupam e bolsas caem
Câmara dos EUA aprova o acordo
Atividade industrial ruim eleva tensão
Brasil está preparado se crise nos EUA se agravar, diz Tombini
Bancários querem 5% de aumento real nos salários
Governo quer acelerar devolução de R$ 24,5 bi
Superávit de US$ 3,14 bi bate recorde
CNI alerta para perdas no mercado
Ipea apura desvio de IED para setor não produtivo
Caixa retoma Minha Casa, Minha Vida
Importação de derivados pode subir de 5% para 40%
Usinas térmicas a gás podem ficar desligadas
Infraestrutura teve só 2,32% do PIB em 10 anos
JAC terá fábrica de R$ 900 mi no Brasil
Foxconn planeja ''contratar'' 1 milhão de robôs até 2014
Investimento bilionário no Brasil ainda está no papel

Vida&

Planeta
Músicos poderão exercer profissão sem registro, diz STF

 
Internacional

Síria amplia matança com tanques e EUA buscam no CS apoio contra Assad
Mediação do Brasil é vista com ceticismo
UE amplia sanções e cresce rechaço a ataques em Hama
ONG brasileira pressiona Itamaraty
Reação à repressão síria é tímida na região

Caderno 2

Em xeque, critérios da Funarte
Em SP, entidade enfrenta protestos



Esportes

Corinthians tem garantia da abertura
Governo vai dar à Fifa 100 opções de subsedes

Artigos
Obama cede na questão da dívida :: Paul Krugman