27 de julho de 2008

A DESTRUÍÇÃO DAS OCAS DOS ÌNDIOS GUARANIS NA PRAIA DE CAMBOINHAS

Representantes da Federação das Associações dos Aqüicultores e Pescadores Artesanais do Estado (Fapa) visitaram na manhã deste sábado a aldeia indígena de Camboinhas, na região Oceânica de Niterói, atingida por um incêndio no último dia 18. Os membros da Fapa fizeram doações de caixas de leite e toras de madeira para a reconstrução das seis ocas destruídas. O incêndio, que teria sido provocado por vândalos, está sendo investigado por policiais da Delegacia de Polícia Federal de Niterói.
Sílvio Couto, presidente da Fapa, revelou que encaminhará um abaixo assinado para as 42 entidades filiadas à federação no Grande Rio e interior fluminense para solicitar ao poder público soluções para o caso.
- Os indígenas, assim como os pescadores, historicamente, têm semelhanças. Ambos vivem do que a natureza dá. Talvez a colaboração material seja pequena em função das articulações que podemos fazer - declarou Sílvio.
Para articular as atividades integradas, os dirigentes da Fapa pretendem levar representantes indígenas ao sétimo Encontro dos Povos das Águas, evento anual organizado pela Fapa para conscientizar os pescadores sobre seus direitos e elaborar ações em prol da melhoria da classe. Esse encontro deverá ocorrer no mês de outubro em Cabo Frio, na Região dos Lagos Fluminense.
A aldeia Guarani atacada na semana passada está instalada desde março na praia de Camboinhas, endereço nobre na região oceânica de Niterói. Ali vivem cerca de 48 pessoas em doze ocas. O incêndio ocorreu no momento em que os homens do grupo participavam de uma reunião promovida pelo IEF. Somente mulheres, crianças e um índio estavam na aldeia. O fogo deixou ferido o indígena Joaquim Karaí Benite, de 43 anos, que teve queimaduras de segundo grau nas costas e no braço esquerdo. De acordo com as investigações iniciais da polícia, o incêndio foi criminoso.

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