A inflação brasileira vai ultrapassar a marca dos 6 por cento em 2008. Isso forçará o Banco Central a manter o juro em patamar elevado por mais tempo do que o previsto. Segundo levantamento semanal feito pelo BC com mais de 100 analistas e empresas do país, as projeções indicam que Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará o ano com alta de 6,08 por cento, acima dos 5,80 por cento projetados no levantamento anterior.
Para o próximo ano, a estimativa para o IPCA foi elevada para 4,78 por cento, ante 4,63 por cento projetados na pesquisa anterior.A meta de inflação definida pelo governo para 2008 e 2009 é de 4,5 por cento, com margem de variação de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.
Em maio, o IPCA registrou alta de 0,79 por cento, o maior avanço para meses de maio desde 1996. No acumulado em 12 meses, a inflação no país atingiu 5,58 por cento no mês passado, mais de um ponto percentual acima do centro da meta, mas ainda abaixo do teto, que é de 6,5 por cento.
O cenário negativo projetado pelos analistas para a inflação reforça a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC continuará o ciclo de aperto do juro e poderá comprometer o processo de alívio, esperado para o próximo ano.
No levantamento feito pelo BC, os analistas continuam apostando que a taxa básica de juro --a Selic-- estará em 14,25 por cento em dezembro.
Atualmente, a Selic está em 12,25 por cento ao ano, depois de dois aumentos consecutivos promovidos pelo Copom desde abril.
Para 2009, a pesquisa do BC indica que os analistas esperam um juro na casa dos 13 por cento em dezembro. No levantamento anterior, a projeção era de 12,75 por cento.
A alteração significa que o mercado ainda espera um alívio na política monetária no próximo ano, mas em ritmo menor.
Em termos de expansão econômica, as estimativas para 2008 e 2009 foram mantidas. Os consultados acreditam que o Produto Interno Bruto
3 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário