11 de julho de 2008

DEPOIS DE FICAR EM LIBERDADE POR 11 HORAS, DANTAS É PRESO NOVAMENTE PELA PF

Solto na manhã desta quinta-feira (10), banqueiro recebeu nova ordem de prisão.Na noite de quarta-feira (9), o STF havia concedido o habeas corpus.

À tarde, o juiz da 6ª vara de São Paulo decretou a prisão preventiva de Dantas. Ele foi detido em um escritório na avenida Nove de Julho, e levado para a Superintendência da PF, onde chegou às 16h50.
Segundo a PF, a ordem de prisão foi solicitada pelo órgão em razão de documentos encontrados nas buscas realizadas na terça-feira e de oitiva de uma testemunha que teriam fortalecido a suposta ligação entre o preso e a prática do crime de corrupção --suborno-- contra um policial federal que participava das investigações.
A confusão jurídica abriu uma crise da primeira à última instância do judiciário brasileiro, colocando em lados opostos o juiz da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Fausto de Sanctis, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (SFT), Gilmar Mendes, a mais alta autoridade do judiciário e linha de frente da cruzada contra os métodos que vêm sendo utilizados pela Polícia Federal.
O juiz da 6a Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto de Sanctis, segundo a assessoria de imprensa da PF, decretou a prisão preventiva do banqueiro. Anteriormente, o mesmo magistrado havia decidido pela prisão temporária de Dantas.
Ainda de acordo com a assessoria da PF, a prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser renovada por igual período. Já a preventiva não tem prazo legal para acabar, embora a jurisprudência brasileira aponte para o período máximo de 82 dias, que é a soma dos prazos estabelecidos para as etapas do processo.
Dantas havia sido libertado na manhã desta quinta-feira junto a outros oito suspeitos, graças a habeas corpus concedido pelo presidente do STF, Gilmar Mendes. No fim da tarde de quinta-feira, a medida que beneficiou o grupo ligado a Dantas foi estendida ao investidor Naji Nahas, ao ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e a mais nove acusados de cometer crimes financeiros. Todos eles foram presos na mesma operação da PF.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) acusam Dantas de oferecer, por meio de dois intermediários, 1 milhão de dólares a um delegado da PF para fazer com que os nomes dele, da irmã Verônica e do sócio Carlos Rodemburg fossem excluídos das investigações da operação Satiagraha. Dantas também queria que a PF abrisse inquérito contra um antigo adversário.

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