25 de outubro de 2009

BERZOINI DEFENDE SAIDA DE DILMA EM FEVEREIRO

Na opinião do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deve se afastar do governo em fevereiro para cuidar da campanha da sucessão presidencial, cerca de um a dois meses antes do limite determinado em lei. A ideia é que ela percorra o país com maior liberdade e inicie uma mobilização política mais explícita, nos limites da legislação eleitoral, para tentar deslanchar sua candidatura à Presidência da República.
A Antecipação da saída de Dilma evitaria complicações legais que surgirão caso ela continue viajando pelo país em plena campmnha eleitoral. Cresce no PT a tese de que ela deveria ser liberada antes do prazo legal, que é início de abril. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda resiste. Ele dará a palavra fina
- Ela deixaria o governo em fevereiro, um pouco antes do prazo oficial de desincompatibilização, para se dedicar às eleições. Não haverá prejuízo para o governo. Até lá, todas as questões da Casa Civil estarão encaminhadas – afirmou Berzoini. – Homologada como candidata no último dia do congresso do PT, ela deve se afastar – disse.
Pela proposta em estudo, Dilma deixaria o cargo de ministra após o pré-lançamento de sua candidatura, no último dia do 4º Congresso Nacional do PT, em 21 de fevereiro – 40 dias antes do prazo de desincompatibilização. A política de alianças e a discussão do programa de governo também serão foco do encontro.
Lula: cargo dá visibilidade e mantém Dilma próxima dele
Lula ainda não estaria convencido de que essa é a melhor opção. Segundo aliados, ele avalia que, para Dilma, pode ser melhor ficar no governo até o último dia possível, e, assim, ter a visibilidade do cargo e ficar mais tempo ao lado dele. Nas últimas pesquisas, Dilma sofreu queda de três a quatro pontos nos últimos três meses.
O presidente ainda estuda quem será o substituto de Dilma na Casa Civil. Entre os nomes cogitados, o mais forte é o do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que já sinalizou que não pretende disputar cargo eletivo em 2010. Antes, chegou a ser especulado o nome do deputado e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP), como forma de reabilitá-lo politicamente. Mas ele tem dito que gostaria de disputar o governo de São Paulo, e já apresentou seu nome ao partido.
Pela estratégia em estudo, o partido aproveitaria a mobilização do Congresso e a data do 30º aniversário do PT para lançar Dilma em grande estilo. Devem comparecer ao evento 1.500 delegados, 500 observadores e 250 convidados estrangeiros. O congresso também deverá definir o programa de governo, a tática eleitoral e a política de aliança

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