O pré-candidato do PSDB ao governo paulista Geraldo Alckmin mudou a estratégia. Mantido pelos tucanos num “exílio” político, o líder das pesquisas agora trabalha para se fortalecer e neutralizar a saída de nomes como o de Gabriel Chalita
''Exilado'' no PSDB, Alckmin reage ao fogo amigo e busca se fortalecer
Alvo de fogo amigo no ninho tucano, o pré-candidato do PSDB ao governo paulista Geraldo Alckmin decidiu mudar a estratégia de campanha ao Palácio dos Bandeirantes. Mantido numa espécie de exílio político, o secretário estadual de Desenvolvimento, líder das pesquisas de intenção de voto em São Paulo, trabalha agora para se reaproximar do PSDB, diminuir a resistência interna e consolidar seu nome na corrida, com a chancela do governador José Serra.
Aliados de Alckmin identificaram adversários, principalmente no DEM, que tentam "vender" sua imagem como a de um homem isolado. Tudo com o objetivo de amarrar o PSDB ao secretário-chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, outro postulante à cadeira de Serra. Munido desse diagnóstico, o ex-governador foi convencido de que é preciso agir rápido para neutralizar o bombardeio na seara tucana
Movimentação pró-Aloysio aumenta divisão no partido
Nos últimos meses, as movimentações de adeptos da candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin e de simpatizantes do chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, criaram tensão no PSDB. O motivo do desconforto são as articulações promovidas por tucanos próximos a Aloysio, no interior do Estado, com a ajuda do DEM. As principais lideranças do partido aliado, como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, trabalham no bastidor para emplacar o nome do secretário da Casa Civil de Serra.
Discretamente, Aloysio costura uma rede de apoios no Estado. Além do DEM, o chefe da Casa Civil tem garantido o apoio do PMDB, partido ao qual já pertenceu, do PPS e de legendas menores. O ex-governador Orestes Quércia, presidente do PMDB paulista, não impõe restrições a Alckmin, embora também se dê bem com Aloysio. Mas pesam questões pessoais. Em 2010, Quércia fará coligação com a chapa tucana, ocupando uma das duas vagas para o Senado. Prefere não ter na outra vaga Alckmin. Em conversas reservadas, o comentário é que o Senado será "ofertado" ao secretário de Desenvolvimento de Serra, caso ele seja vetado na disputa estadual.


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