27 de outubro de 2009

MARINA REBATE DILMA. NÃO É PRECONCEITO CONTRA MULHERES

A Folha publcou matéria de autoria de Sérgio Dávila, com declarações da senadora Marina Silva sobre as declarações da chefe da Casa Civil, em que a candidata do presidente Lula se diz vitima de preconceito.
A senadora Marina Silva acusou ontem sua ex-colega de governo Dilma Rousseff de usar a máquina pública para fazer campanha e criticou a ministra-chefe da Casa Civil por alegar que é vítima de preconceito pelo fato de ser mulher. "Não tem nada a ver com ser homem ou mulher", disse Marina. "Há um incômodo legítimo da sociedade. Essa ida ao São Francisco em caravana caracterizou um ato de campanha. Os atos falhos falam por si", disse a senadora e pré-candidata à Presidência pelo PV, que está em Washington, nos Estados Unidos, para participar de eventos.
A senadora Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência, refutou a afirmação da ministra Dilma Rousseff de que as críticas que sofre por viajar pelo país para inaugurar obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) revelam preconceito da oposição contra as mulheres.
Marina Silva, que está desde ontem em Washington para uma série de eventos sobre meio ambiente, não aceita a tese da ex-companheira de partido. “No meu entendimento, não tem nada a ver com preconceito contra ser mulher, tem a ver com o uso correto dos recursos públicos e da gestão pública, para não direcionar para essa ou aquela candidatura”, disse ela em encontro com jornalistas brasileiros.
Para a senadora, as viagens de Dilma caracterizam campanha. “Não se deve extrapolar as coisas”, disse. “Há um incômodo muito grande na sociedade de que o legítimo direito que o Executivo tem de acompanhar obras possa estar ganhando qualificação de campanha.”Marina afirmou que a recente viagem da ministra com o presidente Lula à região do vale do São Francisco, numa caravana, pode ser caracterizada como campanha. “Os atos falhos têm falado mais do que o que a gente pode dizer.
presidente Luiz Inácio Lula da Silva se referiu a uma inauguração na região do São Francisco dizendo não esperar um "comício", em um ato falho. No domingo, a ministra da Casa Civil disse que a oposição tem preconceito pelo fato de ela ser mulher e, por isso, a acusa de uso da máquina pública para fazer campanha eleitoral.
Marina participou ontem de uma mesa-redonda promovida pelo Woodrow Wilson Center para debater as propostas de Brasil, China e Índia para a reunião do clima em Copenhagen, na Dinamarca. Hoje, ela participa de um almoço no Congresso e depois se reúne com a deputada Barbara Lee, democrata da Califórnia, líder da bancada negra no Congresso e defensora de medidas pacifistas. Marina deve se encontrar também com assessores dos senadores John Kerry e Lindsey Graham, que estão finalizando uma versão ambiciosa da Lei Climática americana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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