13 de outubro de 2009

LULA E DILMA COM O PÉ NA ESTRADA

Caravana acirra disputa eleitoral

Oposição escala olheiros para seguir Lula e Dilma

Sob o pretexto de visitar canteiros de obras da transposição do rio São Francisco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai colocar o pé na estrada. Ele, na verdade, vai Iniciar uma caravana eleitoral em favor de sua candidata a presidência da República, Dilma Rousseff. Quinze anos depois de realizar a Caravana da Cidadania, Lula refaz parte do trajeto para inspecionar, durante três dias, a partir de amanhã, as obras de transposição das águas do Rio São Francisco. Lula percorrerá quatro estados - Minas, Bahia, Pernambuco e Paraíba - ao lado de governadores e ministros, entre os quais a chefe da Casa Civil e candidata do governo à Presidência da República, Dilma Rousseff.
Acompanhado da ministra, Lula inicia sua andança amanhã pelo estado da Bahia. Eles visitarão o município da Barra, no Oeste do estado. A agenda oficial prevê passeios às obras de revitalização. Mas, é na agenda extra-oficial que ambos irão concentrar esforços. O motivo verdadeiro da caravana, é a missão não declarada de aproveitar a viagem para resolver os imbróglios das alianças para 2010 em três dos estados considerados imprescindíveis para a eleição presidencial de 2010, mas cuja realidade política ainda é um problema para os planos do presidente de emplacar a ministra Dilma Rousseff como sucessora.
Primeira parte da caravana, a Bahia vive um confronto entre PT e PMDB, considerado um obstáculo à aliança nacional dos dois partidos. O PT estadual quer reeleger o governador Jacques Wagner e já anunciou que não abrirá mão dessa candidatura. Enquanto isso, os peemedebistas já anunciaram que pretendem lançar o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para concorrer à vaga
A caravana divide o Congresso, acirra o debate pré-eleitoral e atiça a oposição, que escalou olheiros para acompanhar os passos do presidente e da ministra.
A obra é um dos principais projetos que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pretende levar água a 390 municípios do semiárido. Mas é protagonista de uma novela jurídica envolvendo a União, o Ibama, o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal.

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