27 de outubro de 2009

PT E GOVERNO, COM NOSSO DINHEIRO PAGAM CARO POR APOIO A DILMA


Não se trata apenas da discussão sobre se as viagens de Lula e Dilma constituem antecipação da campanha eleitoral. É preciso observar o preço que está sendo pago pelo apoio a candidatura oficial.
Sobre a antecipação, o novo advogado geral da União, Luís Inácio Adans já se manifestou . Ele disse que as viagens de Lula e Dilma são parte do exercício da função de governo. Segundo ele, elas – as viagens, não podem ser consideradas antecipação de campanha. Para o novo Inácio do governo, não se pode governar numa redoma.
Essa questão da antecipação não será resolvida, enquanto prevalecer a hipocrisia. A Legislação é muito vaga, e tanto o Judiciário, como a imprensa e até a Oposição, evitam enfrentar o poder de frente, principalmente, quando esse poder está ocupado por alguém com a popularidade do Lula.
Assim, ninguém vai ter a coragem para mostrar que essas viagens descambaram, já faz muito tempo, para a pura campanha eleitoral. O Judiciário vai ficar em cima do muro, vai copiar o advogado da União, e coisa vai ficar por isso mesmo. A oposição também está no jogo do faz de conta. Está querendo enganar o distinto público. Vai ficar ajuizando ações no TER, mas não vai brigar muito para ser bem sucedida nesses processos.
O pior de tudo é o preço da fatura da campanha antecipada.
A campanha precoce implica na formalização de uma aliança partidária precoce.
Lula pretende que a eleição de 2010 assuma caráter plebiscitário. Desde 2002 ele tem uma idéia fixa: derrotar FHC.
Lula e Dilma querem adiantar as coisas, mostrar todas as obras dos dois mandatos, e comparar com o governo de FHC.
Lula quer porque quer vencer o eterno adversário.
Daí a estratégia precoce que paga qualquer preço com o objetivo de formar uma aliança com os partidos da base e outros partidos, incluindo até os nanicos em torno da candidatura da chefe da Casa Civil.
Mas, Lula não contava com a resistência ensaiada das legendas governistas.
Os partidos do amplo arco de aliança que sustenta o governo Lula querem aproveitar a pressa do PT para cobrar um preço alto pelo apoio.
E, seguindo o exemplo do PMDB, exigem o recuo de candidaturas majoritárias de petistas, tanto aos governos estaduais, como ao Senado, em favor de seus candidatos.
Essa fatura já foi cobrada por alguns aliados e será apresentada também pelo PP num jantar com Dilma, marcado para amanhã. Apesar da expectativa inicial dos petistas, o comando do PP já avisou que não fechará apoio nesse encontro e que uma decisão do partido só ocorrerá no próximo ano.
Dilma já esteve com as bancadas de PR, PDT, PRB e PCdoB, mas até o momento não obteve o apoio formal de qualquer dessas legendas, que também fazem exigências.
Só o PMDB oficializou um pré-acordo, semana passada, mas com vários pedidos de concessões na mesa
Além do recuo das candidaturas do PT, os partidos exigem verbas, cargos, obras, enfim, tudo o que for possível para garantir a arrecadação de algum recurso.
Como ouviram o chefe dizer que quem deseja vencer, tem que fazer acordo até com Judas, está todo mundo cobrando o que puder, inclusive os “trinta dinheiros”

Nenhum comentário: