Dois suspeitos de participação no assassinato do delegado Clayton Leão foram presos ontem a noite. Eles confessaram o crime e disseram que a intenção era roubar o carro, mas diante da reação do delegado, que estava armado, atiraram. Um terceiro homem que participou do crime continua foragido, mais já está identificado. O crime chocou a Bahia e ganhou repercussão nacional porque Clayton dava entrevista ao vivo a uma rádio FM local no momento do homicídio
Clayton, titular da 18ª CP, delegacia de Camaçari, acompanhado da esposa, estava no carro na estrada da Cascalheiras. Segundo informações da polícia três homens interceptaram o veículo do delegado e atiraram contra ele. Clayton Leão morreu no local e não chegou a ser socorrido.
O áudio da entrevista registra o momento em que o delegado é baleado. Era uma entrevista sobre segurança em Camaçari. Ele estava relatando as melhoras no trabalho de segurança na cidade, informando estava morando com a família em Camaçari porque confiava na segurança. Passados cerca de dez minutos de entrevista, foi ouvido um estampido enquanto Clayton gritava 'peraí, peraí' e a esposa pedindo socorro. Depois a esposa gritou que o delegado havia sido baleado.
"Ele vinha dar uma entrevista ao vivo para a gente, mas como não deu tempo, ele ligou pedindo para falar por telefone. Então parou o carro na estrada das Cascalheiras para conceder a entrevista", explicou Miriam Soares, recepcionista da rádio. Agentes da Central de Telecomunicações das Polícias (Centel) informaram que Leão se dirigia à delegacia no momento do crime. Os suspeitos devem ser apresentados pela polícia, na manhã desta quinta-feira.
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