29 de maio de 2010

MORALES E O CRACK




O TEMPO - 29/05/2010Robinson Damasceno






Evo Morales, presidente da Bolívia, é, antes de tudo, um falso. Apresenta-se como índio aymará, mas não sabe sequer dizer bom dia naquela gloriosa língua. Faz parte da turma do Lula - aliás, uma gangue da pesada: Ahmadinejad, Chávez, Rafael Correia, os irmãos Castro, o ditador do Congo Robert Mugabe e outros facínoras mundo afora.

O "The New York Times" já descobriu o fio da meada e viu que Lula é uma farsa, um governante para o público interno, um operário com um dedinho a menos, sabe-se lá como, e outro que se associa aos piores governantes da Terra, criminosos que não merecem perdão.

Pois bem. A Bolívia produz a maior parte da coca do mundo. Para onde vai tudo isso? Para o chá? Ora... Estive lá e comprei pasta de dente de coca, sabonete idem, doces. Mas esses penduricalhos nada significam diante da enormidade da produção da erva. Na verdade, ela é exportada, via rio Paraná e Tríplice Fronteira, e aqui vira pasta, que por sua vez transforma-se em crack, essa droga maldita que leva pessoas à morte e ao crime em questão de semanas.

O Brasil poderia, se quisesse, desmantelar boa parte desse contrabando alucinante que povoa nossas ruas de zumbis à beira da morte e cuja expectativa de vida não vai além dos 20 e poucos anos. Serão assassinadas, matarão uns aos outros por uma pedrinha, seus organismos não funcionarão mais (alguém aí já viu as fezes de um noiado?) e ocuparão suas covas rasas talvez sem nomes.

O candidato José Serra meteu o dedo na ferida ao acusar de omissão o presidente Lula, que, em vez de tomar atitudes drásticas, prefere fazer ouvidos moucos diante de uma realidade terrível.

Penso que está na hora de fazermos todos nós a nossa parte, sejam os partidos, as ONGs (as que prestam), as igrejas (mesmo aquelas que funcionam como cofres arrecadadores).

E quanto a programas especiais para tratar os que já estão submersos na doença? Médicos são unânimes: é dificílimo sair do crack. O tempo médio para que o indivíduo se vicie em cocaína e descubra isso é de dois anos. Em heroína, menos, talvez um ano. Considerando que a maconha orbita um universo dúbio - é ou não é droga? -, vamos mesmo voltar ao crack e ao sr. Morales.

Não é à toa que, depois que ele assumiu o governo daquele pobre país, o volume de viciados no Brasil aumentou em centenas por cento. E ele é tratado com pompa e circunstância pelo nosso governo, que parece não se importar com o destino de boa parte de nossa juventude. E, atenção, Lula & companhia: as vítimas não são apenas pobres miseráveis. Muitos vêm da classe média alta. Seriam futuras promessas de um Brasil mais sábio, mas estão aí se matando, com o beneplácito dos senhores, que obviamente pagarão por isso, se houver um além. Além no qual acredito. Nesse além, os senhores são patrocinadores de um genocídio. E terão milhões de eternidades para repensar seus atos.


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