15 de maio de 2010

LULA VAI AO IRÃ SOB A OBSERVAÇÃO DE TODO O MUNDO



Presidente faz visita ao polêmico país presidido por Mahmoud Ahmadinejad neste domingo




Segundo porta vozes do Itamatary, a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã foi cuidadosamente analisada, sendo decidida após avaliação que concluiu que a viagem teria mais aspectos positivos que negativos, apesar do olhar contrariado de praticamente todo o Ocidente. E ela, enfim, ocorre neste domingo.
Durante quatro meses, esse estudo ocupou um grupo de diplomatas que chegou à seguinte conclusão: vale a pena ir ao país presidido por Mahmoud Ahmadinejad, mesmo sendo ele o homem que promove perseguições de gênero, reprime com violência os oponentes, nega o Holocausto e prega a destruição de Israel.De um lado, para uns Ahmadinejad é, considerado um pária, o inimigo nº 1 do Ocidente; Mas, ao mesmo tempo, é um homem que, isolado, pode se tornar ainda mais perigoso.
Foi levado em conta ainda que a visita tem potencial para isolar internacionalmente o próprio Lula, que estaria insistindo em “desafiar a política externa americana”, conforme já citado pelo jornal britânico Financial Times. Mas, pensam os diplomatas: se Lula conseguir um acordo com Ahmadinejad, sairá cacifado para grandes voos internacionais, consolidando a imagem de líder mundial.
Com base nessas premissas, o Itamaraty resolveu arriscar, apesar de todos os riscos existentes. E Lula alimenta vários sonhos, e espera dar seu grande lance: desarmar a maior ameaça ao Ocidente usando o diálogo.
O governo do Irã é acusado de estar preparando a fabricação de armamentos nucleares. Teerã nega. Alega que seu objetivo é usar a energia nuclear para fins pacíficos.
Essas suspeitas já resvalaram sobre o Brasil, alimentando boatos de que nosso país também estaria promovendo pesquisas para a fabricação de bomba nucelar.
A posição da diplomacia brasileira está exposta no que é dito pelo subsecretário para Assuntos Políticos do Itamaraty, o embaixador Roberto Jaguaribe, que defende uma “solução pacífica e negociada”.
– Quando você isola uma nação, a tendência é fortalecer os elementos mais radicais e xenófobos do país que se está isolando. Isso não se aplica apenas ao Irã, mas a qualquer povo. Você vai gerar o fator de aglutinação de todos os radicais.
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, revelou antecipadamente esperar que a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã termine em sucesso. Ele alertou que esta pode ser a última chance do Irã para escapar de sanções econômicas que podem ser impostas pela ONU.

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