18 de maio de 2010

O ACORDODO BRASIL COM O IRÃ

Em seguida a euforia brasileira, celebrando o acordo sobre o enriquecimento de urânio com o Irã, comemorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma "vitória da diplomacia", facial é verificar que o acordo não altera a questão central: o Irã continuará enriquecendo urânio dentro do seu território. Por isso, está sendo visto com desconfiança pelos Estados Unidos e países europeus.
As potências ocidentais já deram a sua reação aos esforços brasileiros e turcos: apesar do acordo, continuarão mantendo a pressão por novas sanções contra o Irã,
Acordo serviu apenas para dar um novo dircurso a Ahmadinejad que passou a defender uma nova ordem mundial e a dizer que o Conselho de Segurança da ONU já não reflete mais a realidade do pós-guerra, repetindo o monocórdio discurso do presidente Lula. Ai é fácil perceber que o acordo encobre uma aliança Brasil/Irã que se uniram para defender uma “nova ordem mundial”.
A Lula, interessa que Ahmadinejad proclame aos quatro cantos que o brasileiro, sim, é quem sabe negociar. Ao iraniano, interessa o endosso do brasileiro a seu programa nuclear “pacífico”. Até porque, dado o acordo, o Irã continua livre para fazer o que bem entende.
No plano internacional, isso pode não render nada para Lula, mas no plano interno, pode servir para enganar os velhos incautos e inocentes úteis, que até acreditam no conto de que o presidente brasileiro vai ser agraciado com o prêmio Nobel da Paz. Quando aqui no Brasil descobrirem que a montanha pariu um mosquito, e Ahmadinejad não cumprir nada do que assinou, já será tarde, mas pode ser que nosso grande guia tenha conseguido eleger sua candidata.
Lula lembra Galtieri e os generais argentinos, quando tentaram prorrogar a ditadura e inventaram a guerra das Malvinas. Lembram, os argentinos cutucaram a onça com a vara curta. Lula cutucou um bando de onças.

Alguns dizem que Irã usa o Brasil e a Turquia para ganhar tempo. A afirmação é do professor iraniano-americano Abbas Milani, diretor do Centro de Estudos Iranianos da Universidade Stanford e do Instituto Hoover e considerado um dos maiores especialistas em Irã nos Estados Unidos. Na sua avaliação, o acordo com turcos e brasileiros dificultará a aprovação de novas sanções contra o regime de Teerã no Conselho de Segurança da ONU.
Esse é um dos resultados da desastrada encenação protagonizada por Lula.
Estados Unidos e países europeus, principalmente os que detém assento no Conselho de Segurança da ONU continuarão defendendo sanções ao Irã, mas aumentou o número de países que deverão resistir, e a aplicação de punições se tornou mais difícil. Isso aumenta a possibilidade de uma intervenção militar de Israel.

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