26 de maio de 2010

RESUMO DOS JORNAIS: VALOR ECONÔMICO




Manchete: Brasil vai retaliar a Argentina

O Ministério do Desenvolvimento já tem uma ação pronta para ser adotada como represália às barreiras da Argentina contra a entrada de alimentos importados, que deixaram caminhões brasileiros retidos na fronteira: o retardamento na liberação das licenças não automáticas de importação para produtos argentinos, respeitando o prazo máximo de 60 dias, estabelecido pela OMC.

Desde outubro, quando as licenças não automáticas estiveram no centro de uma crise comercial entre os dois países, esse sistema foi adotado para mercadorias como vinhos, lácteos e frutas. No entanto, os presidentes Lula e Cristina Kirchner se acertaram e as licenças começaram a ser expedidas em até uma semana pelo Brasil. Agora, pretende-se atrasar a liberação, para mostrar à Casa Rosada que o país não aceitará as novas restrições a alimentos. Seria uma operação tartaruga na análise das licenças. (Pág. 1)

Condenações por cartel param no TRF

Em ação inédita, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu recorrer ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para pedir maior agilidade no julgamento de empresas condenadas por cartel. O objetivo é que o órgão tome providências junto ao Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília, por onde passam praticamente todos os recursos de empresas contra as condenações do Cade. O exemplo mais gritante é o do cartel do aço, a primeira condenação da história do Cade, em 1999 - até hoje sem julgamento -, quando CSN, Usiminas e Cosipa foram multadas em R$ 58,4 milhões. (Págs. 1 e A4)

Foto legenda: Autogestão em saúde

Sistema híbrido de plano de saúde, que reúne seguradora e autogestão, oferece serviços melhores a custos menores, diz o médico Michel Daud Filho, diretor de saúde da Vivo. (Págs. 1 e B1)

Em dia ruim, mercados castigam os bancos

Os temores quanto a capacidade dos bancos europeus financiarem suas operações diárias motivaram um declínio generalizado nas ações do setor, enquanto o custo do seguro contra moratória de títulos bancários subiu. Após a aquisição do CajaSur pelo Banco de España, no fim de semana, ontem quatro instituições regionais espanholas, ou "cajas de ahorros", anunciaram planos de fusão parcial, formando o quinto maior grupo financeiro do país. Em meio a sinais de que importantes instituições financeiras dos EUA estão reduzindo a exposição à região, a Libor continuou subindo e atingiu o maior nível em dez meses.

O índice Dow Jones chegou a cair abaixo de 10 mil pontos, mas se recuperou e fechou em queda de 0,23%. Na Europa, as ações do setor bancário foram as mais atingidas: Credit Agricole caiu 6,7%; Barclays, menos 5,7% e Deutsche Bank, queda de 2,2%. Os espanhóis BBVA e Santander perderam 4,48% e 3,93%, respectivamente. Os bancos brasileiros também sofreram: a filial do Santander perdeu 5,9%, enquanto Bradesco PN recuou 4,08% e Itaú Unibanco PN, 2,46%. (Págs. 1, C1, C2, C10 e D2)

Heterodoxias na campanha de Marina

Para segurar o consumo sem estourar a dívida pública, o Banco Central deveria manter os juros e elevar o compulsório. Não o faz por receio de melindrar os bancos. Para evitar o capital volátil, IOF maior e quarentena. Não há como arrumar mais dinheiro para saúde e educação sem aumentar o IR sobre o patrimônio de alto luxo. Não é possível aceitar que empresários camuflem seu patrimônio pessoal nas contas de suas companhias para pagar menos imposto. É assim, sem receio da polêmica, que Paulo Sandroni delineia os principais pontos do programa de governo de Marina Silva, do qual é coordenador. (Págs. 1 e A12)

Zell diversificará investimentos no Brasil

Um dos maiores investidores globais do mercado imobiliário, o bilionário americano Sam Zell, dono da Equity International, dá uma guinada em seus investimentos no Brasil, aproveitando a bom momento da economia nacional. Ele vai vender ativos valorizados para dar retorno aos fundos de participação e diversificar a aplicação de recursos. Thomas McDonald, diretor de estratégia, disse ao Valor que a Equity avalia investimentos no mercado de celulose. "É um setor contracíclico e as condições do plantio são extremamente favoráveis no Brasil", diz McDonald.

A Equity buscará também mais negócios em imóveis, onde está presente em quase todos os segmentos do mercado. "Estamos olhando novos formatos, como os centros de conveniência", adianta. Outra possibilidade é fazer fusões estratégicas, como a junção da área de residências com a hipotecária, da Brazilian Finance & Real Estate. (Págs. 1 e B7)

OCDE receita 'imposto verde' e fim de subsídios nos países ricos (Págs. 1 e A8)

Fazenda quer veto a novo subsídio para cana no Nordeste (Págs. 1 e B12)

Operadoras virtuais

Proposta de regulamentação das operadoras virtuais de telefonia móvel (MVNOs) ainda preocupa as operadoras tradicionais. Segmento poderia movimentar R$ 1,8 bilhão em cinco anos, segundo estimativas. (Págs. 1 e B2)

Aquisições da WEG

A multinacional brasileira WEG, com sede em Jaraguá do Sul (SC), reforça sua atuação internacional com aquisições na África do Sul e no México. (Págs. 1 e B6)

Marco da reciclagem

O mercado de reciclagem movimenta R$ 12 bilhões no Brasil, "mas poderia crescer em curto espaço de tempo, com o marco regulatório federal", afirma Victor Bicca. O projeto de lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos aguarda votação no Senado. (Pág. 1)

Guerra vai à luta

A Guerra, segunda maior fabricante de implementos rodoviários do país, renegocia dívidas e reestrutura a operação para voltar aos lucros em 2010. (Págs. 1 e B6)

Apostas no petróleo

Fundo de 'private equity' do Banco Modal vai investir R$ 90 milhões na Enesa, empresa de montagem de equipamentos pesados, com foco no setor de petróleo. (Págs. 1 e B8)

Frialto pede 'concordata'

O frigorífico Frialto entrou com pedido de recuperação judicial na Comarca de Sinop (MT). As dívidas do grupo são de aproximadamente R$ 400 milhões. (Págs. 1 e B11)

Exportações de frango

O volume de carne de frango exportado pelo Brasil para a África neste ano já ultrapassa o destinado à União Europeia. Em valores, a UE continua à frente. (Págs. 1 e B11)

PPP bancária

Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal firmaram um contrato de Parceria Público Privada (PPP) para construção de centro de dados conjunto em Brasília. (Págs. 1 e C5)

Debandada estrangeira

No mês, até o dia 21, o saldo líquido dos investimentos estrangeiros na Bovespa era negativo em R$ 2,076 bilhões. Em maio, o Ibovespa caiu 12,36% até ontem. (Págs. 1 e D2)

Ideias
Cristiano Romero

Documentos apócrifos e falsas denúncias tiraram as chances de Pedro Caffarelli comandar a Previ. (Págs. 1 e A2)

Ideias
Welber Barral

Nova modalidade de drawback permitirá igualdade de condições entre o insumo nacional e o importado. (Págs. 1 e A10)


Suplemento
Indústria da compensação
Falta de legislação emperra difusão da logística reversa
Acordos setoriais irão definir responsabilidades
Projeto amplia redução de IPI para reciclagem
Sem reciclar, Brasil tem prejuízo anual de R$ 8 bilhões
Earthwatch intensifica ações no Brasil
País precisa de mais fontes renováveis
Projetos aumentam em todo o mundo
Instituições pesquisam cana do futuro

Primeira Página
Brasil vai retaliar a Argentina
Condenações por cartel param no TRF
Em dia ruim, mercados castigam os bancos
Heterodoxias na campanha de Marina

Editorial
Novas regras para os bancos tentam evitar repetição do pior

Opinião
Exportação ganha importante apoio com drawback integrado :: Welber Barral
Cartas

Colunas
Cristiano Romero
Eduardo Campos
José Luís Fiori
Raquel Ulhôa

Política
Oposição indica mudanças na política externa
Dilma promete reforma tributária em 100 dias
Marina quer limitar gastos públicos à metade do PIB
TRE paulista rejeita ação contra Kassab e vice
MP que custará R$ 1,1 bilhões ao Orçamento é aprovada na Câmara
PTB acerta com Serra e será o quinto partido de sua coligação
PT lança Pimentel e reduz pressão sobre Cid Gomes
Oposição busca nomes para o Senado em Pernambuco
Serra compromete-se com fim do PIS/Cofins

Brasil
Lula adia ações para apoiar carro elétrico
Pacote de incentivos faz importação via SC crescer 632% em 7 anos
Máquinas chinesas já representam 12,2% das importações brasileiras
Amorim se perde no centro de Buenos Aires
Compra de produtos acabados cresce e preocupa industriais catarinenses
Com ajuda de várias instituições, crise do Iuperj pode estar no fim
Metade das escolas do país tem acesso à internet
Cade recorre ao CNJ para agilizar julgamentos
Curtas

Internacional
Acordo criará confiança, diz Lula a Obama
Países ricos devem cortar subsídio, diz OCDE
Hillary faz crítica sobre Irã
Curtas

Especial
"IR sobre o patrimônio tem que ser elevado"

Empresas & Tecnologia
Companhias incluem médicos 'vips' em plano de saúde e reduzem custo
Banco arcou com consulta, plástica e medicamentos
Planos de autogestão não crescem há uma década
Brasil assina acordo com UE, mas sua eficácia é questionada
TAM enxerga pouca mudança com pacto europeu
Sam Zell mira até celulose no Brasil
Licitação da Telebrás começa em 60 dias
Operadoras virtuais podem gerar R$ 1,8 bi
Fundo do Banco Modal compra participação na Enesa

Finanças
Sobra crédito à exportação na crise
Crise não afeta Brasil, diz FMI
BB e CEF unem forças para criar datacenter
Europa freia investimento direto no país
Mercado aposta em real forte

Investimentos
Absolvição em massa
Decisão põe em dúvida vantagem de acordo
BofA vê ganho em bolsas do Brasil, Chile e do México
Saída de estrangeiro continua e já chega a R$ 2,076 bi neste mês

Agronegócios
Com crise na UE, cresce a venda de frango à África
Petrobras põe R$ 682 milhões para turbinar Açúcar Guarani
Empresa ampliará irrigação na África
Subsídio à cana no Nordeste gera divergência

Legislação & Tributos
Daniele Camba

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