25 de maio de 2010

RESUMO DOS JORNAIS: VALOR ECONÔMICO






Manchete: Receita recorde tira da crise concessionárias de rodovias

Em março, o número de caminhões que trafegaram pelas rodovias do país bateu pela primeira vez o recorde registrado em 2008, quando a economia foi atingida pela crise internacional. Nas rodovias paulistas, o primeiro trimestre foi particularmente bom e fechou com um volume de veículos 10,5% superior ao do mesmo período do ano passado. O ritmo forte do movimento nas estradas ajudou as concessionárias de rodovias a superar a crise e crescer a taxas incomuns para o setor - graças também a novos ativos que estrearam em suas carteiras. Os quatro maiores grupos do setor fecharam o primeiro trimestre com receita 27% maior que o mesmo período do ano passado.
O primeiro trimestre, normalmente considerado mais fraco nas estradas frente ao movimento pesado do fim do ano, foi de crescimento para as concessionárias, batendo recorde histórico para o período - ficou pouco atrás do último trimestre do ano anterior. As quatro maiores concessionárias - CCR, OHL, EcoRodovias e Triunfo Participações e Investimentos (TPI) - somaram mais de R$ 1,59 bilhão em receita no trimestre. No início de 2009, arrecadaram R$ 1,25 bilhão. (Págs. 1 e B1)

Compra de carteiras de crédito retoma fôlego

Os bancos voltaram a comprar carteiras de crédito. Até as operações de empréstimos para pequenas e médias empresas entraram na mira das grandes instituições nacionais
estrangeiras. O objetivo é recuperar parte do espaço perdido durante a crise.
O Bradesco ampliou em 60% a média mensal de compras de contratos de financiamento de veículos. Operações de consignado adquiridas de outros bancos cresceram 80%, segundo o balanço. No total, a carteira de empréstimos ao consumo adquirida pulou de R$ 5 bilhões, no último trimestre de 2009, para R$ 7,7 bilhões no fim de março. Quase 30% da carteira própria de crédito para veículos do Banco do Brasil vem da compra de operações de instituições menores. (Págs. 1 e C1)

Juro leva 62% dos gastos com desapropriação

O Tesouro gasta quase dois terços do dinheiro destinado a desapropriações de terras para a reforma agrária com o pagamento de juros. Uma amostra de 59 processos iniciados a partir de 1986 revela que 62% dos recursos gastos com indenizações foram usados para saldar dívidas de juros dos tipos moratórios, compensatórios e remuneratórios com proprietários rurais.
Levantamento inédito da Procuradoria Federal do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) mostra que o chamado juro compensatório é o principal vilão dos cofres públicos. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 1984, que deu razão aos donos de terras, fixou a taxa em 12% ao ano. A decisão tem custado R$ 500 milhões anuais ao Tesouro, segundo advogados do Incra. Quando somados todos os débitos com juros em instituições federais, estaduais e municipais, o custo estimado pelo Incra chega a R$ 1 bilhão. (Págs. 1 e A3)

Empresas negociam sem sindicatos

Uma "brecha" na legislação trabalhista tem permitido que empresas fechem acordos coletivos diretamente com seus trabalhadores, sem a interferência dos sindicatos. Após recusa em negociar por parte do sindicato de uma das categorias de seus trabalhadores, a Gerdau negociou diretamente com os empregados. A legalidade do acordo foi confirmada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) neste ano. Para que a negociação seja válida, a empresa deve seguir as orientações da CLT. (Págs. 1 e E1)

Países ricos preveem anos sem brilho

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), clube dos países ricos, calcula que a economia mundial terá anos de crescimento modesto pela frente, em razão das políticas fiscais restritivas no mundo desenvolvido. Os membros da organização podem ter perdido mais de 4% de produção potencial como resultado da pior recessão do pós-guerra, segundo documento destinado à reunião de ministros desta semana, em Paris, ao qual o Valor teve acesso.
A OCDE projeta pico de desemprego de 9% em meados deste ano, declinando lentamente para 8,5% até o fim de 2011. A Espanha tem o pior resultado, com 20%, seguida pela Eslováquia, com 14,1%, e a Irlanda, com 13,2%. A Coreia do Sul tem a menor taxa: 3,8%. (Págs. 1 e A11)

Estudo do Ipea mostra que só 12% das estradas do país são pavimentadas (Págs. 1 e A6)

Petroleiras estatais controlam mais de 75% da produção mundial (Págs. 1 e B7)

Disney adapta seus personagens ao mercado nordestino (Págs. 1 e B8)

Balança comercial

O aumento dos preços de exportação dos produtos brasileiros compensou os baixos volumes vendidos ao exterior durante o primeiro quadrimestre. No ano, o saldo comercial soma US$ 4,189 bilhões. (Págs. 1 e A2)

Imigrantes apertam o cinto

A crise internacional, que trouxe de volta ao país 400 mil brasileiros que viviam no exterior, também reduziu as remessas feitas pelos imigrantes, que diminuíram 23% entre 2008 e 2009. (Págs. 1 e A4)

Turismo emprega menos no RJ

Estudo mostra que, entre 1998 e 2008, o setor de turismo perdeu espaço no mercado de trabalho da cidade do Rio de Janeiro, de 7,1% para 6,9% do total. A violência urbana seria uma das causas. (Págs. 1 e A6)

ES vive ciclo de crescimento
Em dez anos, o Espírito Santo deve receber até R$ 130 bilhões em investimentos, especialmente em mineração, siderurgia, petróleo e infraestrutura. “Em média, recebemos 25 consultas por dia", diz o secretário de Desenvolvimento, Márcio Félix. (Pág. 1)

“Private equity” na TI

A gestora de fundos de "private equity" Fir Capital comprou 25% da Cyberlynxx, empresa brasileira de serviços de tecnologia da informação (TI). O valor do negócio não foi divulgado. (Págs. 1 e B2)

Internacionalização do Bourbon
A rede paranaense de hotéis Bourbon inicia sua internacionalização com um empreendimento em Assunção, no Paraguai. Também negocia com o governo cubano a administração de um hotel em Havana. (Págs. 1 e B4)

Fome de aço

Demanda doméstica por aço, que deve ser recorde neste ano, alavanca a importação de produtos siderúrgicos. No quadrimestre, foram 1,8 milhão de toneladas, ante 2,2 milhões em todo o ano passado. (Págs. 1 e B9)

Política e desigualdade nos EUA

Em livro, Paul Krugman credita o aumento da desigualdade e da concentração de renda nos EUA à ala mais conservadora do Partido Republicano, que ascendeu ao poder com Reagan, em 1980. (Pág. 1 e D10)

Ideias
Delfim Netto
No período de desregulação e alta sofisticação das finanças, a economia mundial cresceu a uma taxa menor. (Págs. 1 e A2)

Ideias
Raymundo Costa
Para os planos futuros de Aécio é fundamental manter a posição mineira, seja ou não Serra o próximo presidente. (Págs. 1 e A5)

Primeira Página
Receita recorde tira da crise concessionárias de rodovias
Compra de carteiras de crédito retoma fôlego
Juro leva 62% dos gastos com desapropriação

Editorial
Lei da ficha limpa pode acabar sem ser aplicada

Opinião
Prezados Dilma, Marina e José. Saudações! :: Luis Troster
Desenvolvimento com igualdade :: Alicia Barcena e Antonio Prado

Colunas
Antonio Delfim Netto
Raymundo Costa
Marcelo Neri
Daniele Camba
Eduardo Campos

Política
Ministros divergem sobre veto presidencial
DEM e PSDB divergem sobre reforma política
PSB e PCdoB aliam-se ao PT gaúcho
Curtas
Marina diz que PT a levou a erro na LRF e no Real
Fiesp pressiona candidatos por reforma
Alckmin pede a prefeitos paulistas engajamento à campanha de Serra

Brasil
Justiça homologa plano da Gradiente
Preços mais elevados compensam volume menor de vendas ao exterior
No ano, saldo comercial já encolheu 50%
Entenda os termos
Desapropriação de terras custa R$ 1 bi por ano só em juros
Remessas de "expatriados" diminuem 23%
Libra perde valor e imigrantes "congelam" envios
Curtas
"Refis da Crise" não vai perdoar calotes
Rio cria poucos empregos em turismo
País tem 12% de estradas pavimentadas
Projeção para o IPCA volta a subir

Internacional
Insatisfeitos com ONU, EUA avaliam sanções próprias contra o Irã
OCDE prevê anos de crescimento fraco da economia mundial

Especial
Gasto com pesquisa é o maior em 11 anos

Empresas & Tecnologia
Nove grupos disputam encomenda da Petrobras
OHL, CCR e EcoRodovias captam R$ 3,1 bilhões e melhoram contas
Amil prevê faturar 60% mais com Medial
Leilão de transmissão deve atrair chineses
Importação de aço subiu 155% até abril
Cotações do petróleo mantêm ritmo de queda

Finanças
Banco volta a comprar carteiras
Para BC, compulsório maior não teve impacto no crédito
Destaques
Exclusividade do BB no consignado é suspensa em SP
Elétricas querem usar renda fixa para financiar projetos
Emissão de papéis depende de longo percurso legal

Investimentos
A nova safra de ETF
Telefónica faz campanha para convencer investidores da PT
A festa cara das teles de países emergentes

Agronegócios
Usinas no foco da Allianz Seguros
Equívoco trava rolagem de dívidas de produtor de cacau
China e Bahia fazem parceria em alimentos e energia
Curtas
Noble Group vai construir esmagadora de soja em MT
Trading amplia leque no mercado global

Legislação & Tributos
Receita regula emissão de certidão negativa
Decisões permitem acordo sem sindicato

The Wall Street Journal Americas
Poder estatal volta com força no petróleo

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