18 de maio de 2010

RESUMO DOS JORNAIS: VALOR ECONÔMICO

Manchete: Por R$ 3,1 bi, China entra no setor elétrico no país

A estatal State Grid Corporation of China, maior companhia de transmissão e distribuição de energia chinesa, comprou o controle de sete das 12 empresas da Plena Transmissoras, controlada pelas espanholas Elecnor, Isolux e Cobra. As sete empresas vendidas possuem a concessão de cerca de 3 mil km de linhas de transmissão, de um total de 6 mil km que pertenciam às espanholas.
A transação foi fechada na madrugada de domingo em Pequim, após três dias de negociações. O diretor-geral da Plena Transmissoras no Brasil, Ramon Sade Haddad, informou que o negócio saiu por R$ 3,097 bilhões, o que inclui a assunção, pelos chineses, de R$ 1,3 bilhão em dívidas. Haddad explicou que a marca Plena será mantida e posteriormente será decidido quem vai usá-la. (Pág. 1 e)

Acordo com Irã traz euforia e descrença

Isolado internacionalmente e com dificuldades políticas e econômicas internas, o Irã aceitou enviar seu urânio enriquecido para o exterior, nos termos de um acordo para evitar a ampliação das sanções das Nações Unidas ao país. Mas não se comprometeu em encerrar seu programa de enriquecimento de urânio, base do temor de países ocidentais de que o regime dos aiatolás tenha secretamente planos para construir a bomba nuclear.
O acordo foi negociado por Brasil e Turquia e, apesar da comoção que causou na diplomacia brasileira, não deixou impressionados os principais atores envolvidos. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, só mesmo quem quer a sanção se recusa a reconhecer o avanço alcançado em Teerã para a "paz no mundo". Mas, dos EUA ao Reino Unido, passando por Israel, a desconfiança de que o Irã quer estocar material nuclear próprio não se dissipou com a assinatura do documento.
Numa primeira avaliação, os observadores acreditam que ficou mais difícil para os EUA darem seguimento ao pedido de uma nova rodada de sanções da ONU contra o Irã em junho, como estava previsto. E o Irã ganha algum fôlego para respirar sem pressões intensas vindas de fora e de dentro do país.
O presidente russo, Dimitri Medvedev, conversou com o presidente Lula e disse que iria telefonar a Barack Obama. O pacote de sanções contra o Irã parecia já estar pronto, mas ele acredita que o acordo impulsionado por Brasil e Turquia abre a possibilidade "de outro caminho". O presidente francês, Nicolas Sarkozy, resolveu ir a Madri hoje cedo e também conversar com Lula.
O governo americano recebeu com ceticismo o acordo e indicou que vai continuar a buscar apoio no Conselho de Segurança da ONU para impor sanções econômicas ao Irã. "O envio de seu urânio enriquecido [à Turquia] seria um sinal positivo", disse o secretário de imprensa, Robert Gibbs. Porém, "o acordo não aparenta lidar com o recente anúncio de Teerã de que irá aumentar o seu enriquecimento do urânio a 20%". A proposta, afirmou Gibbs, deve ser examinada pela Agência Internacional de Energia Nuclear antes que possa ser considerada pela comunidade internacional. Especialistas alertaram que, com o acordo, China e Rússia terão novos motivos para recuar, adiando as sanções. (Págs. 1, A4 e A5)

Trem-bala deve ir para estatais estrangeiras

O projeto do trem-bala, para o qual o governo se empenha em atrair capitais privados, pode acabar nas mãos de estatais estrangeiras. Hoje, os três consórcios com mais condições de ganhar a obra são liderados por companhias governamentais da Coreia, Japão e China. O valor elevado do investimento, de até R$ 7 bilhões, e garantias consideradas insuficientes para atrair investidores privados ou para se levantar crédito no mercado financeiro são as razões que explicam a resistência de grupos privados em tomar a frente dos consórcios. No grupo coreano, é esperada a presença de sete empresas privadas, mas o governo deve ficar com até 40% da sociedade. O grupo chinês deve ser integrado só por estatais. No japonês, estão confirmadas até agora apenas empresas privadas, mas concorrentes e agências internacionais dão como certa a entrada de companhias estatais. (Págs. 1 e B1)

Foto legenda: Conexão latina

O grupo mexicano Mexichem, dono da Amanco e Blastubos, tem US$ 500 milhões para investir no Brasil. "A companhia busca verticalizar sua presença no país", diz Marise Barroso. (Págs. 1 e B10)

Redrado teme descontrole da inflação

Figura central de uma crise institucional no início do ano, o economista Martín Redrado está convencido de que a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, resolveu "tomar o Banco Central para financiar o resto de seu mandato". Em entrevista ao Valor, a primeira à imprensa brasileira após sua saída do Banco Central, Redrado alerta sobre a iminência de descontrole da inflação no país e explica por que se opôs tanto ao uso das reservas. Quanto ao Brasil, que se tornou "a garota sexy do bairro", diz que deverá crescer 7% neste ano. Ele não vê problemas no déficit em conta corrente, mas pede "cautela" com o câmbio e mais "esforço" do governo na área fiscal. "Não se deve dar apenas ao BC o peso de resolver tudo com a política monetária", avisa. (Págs. 1 e A12)

De olho na Copa, Sony e Philips entram no mercado de TVs de LED no Brasil (Págs. 1 e B4)


Leilões confirmam recuperação no mercado de arte (Págs. 1 e B8)

Recorde de empregos

A economia brasileira gerou um saldo de 305 mil postos de trabalho com carteira assinada no mês passado, resultado recorde para meses de abril. No ano, o resultado é positivo em 962,3 mil. (Págs. 1 e A2)

Suspeita de dumping

O Ministério do Desenvolvimento iniciou investigação sobre a possível prática de dumping pela China na venda de caminhões com guindastes no mercado brasileiro. (Págs. 1 e A3)

Usinas pisam no freio

Desembolsos do BNDES para o setor sucroalcooleiro encolhem 11% no ano, para R$ 2,3 bilhões, e fornecedores de equipamentos também confirmam retração de investimentos na área. (Págs. 1 e B14)

Mercado vê atuação tímida do ICE

O Banco Central Europeu comprou € 16,5 bilhões em títulos soberanos na primeira metade da semana passada. O anúncio não foi suficiente para acalmar os mercados. (Págs. 1 e C7)

Conservadorismo
Receio quanto aos desdobramentos da crise na Europa também afeta o investidor em previdência, com preferência por planos mais conservadores, sem ações. (Págs. 1 e D1)

Aéreas nacionais vão bem

Mesmo com resultados inferiores ao do primeiro trimestre de 2009, Gol e TAM figuram entre os quatro melhores desempenhos do setor nas Américas. (Págs. 1 e D3)

Derivativos de câmbio

A Fibria, resultante da fusão entre VCP e Aracruz, vai antecipar o pagamento de US$ 511 milhões a bancos para encerrar o episódio dos derivativos "tóxicos". (Págs. 1 e D4)

Ideias
Delfim Netto

O que interessa é saber como cada candidato pretende resolver os novos problemas que nos esperam na esquina. (Págs. 1 e A2)
Ideias
José Eli da Veiga

Plano decenal de energia insiste em maior participação das térmicas e confirma interesse zero pela energia solar. (Págs. 1 e A13)

Editorial
Uma condenação com base numa lei ultrapassada

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Política tecnológica e industrial e o mito de Sísifo :: Sergio Alves
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Governo investiga dumping na venda de caminhões chineses
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Irã quer manter enriquecimento de urânio
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Pontos do acordo
Comércio deve ser ampliado
Americanos mantêm decisão de pedir à ONU sanções ao Irã
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