Manchete: Aperto fiscal vai exigir corte de investimentos
O corte de R$ 10 bilhões nas despesas do governo neste ano, anunciado ontem pelos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Fazenda, Guido Mantega, terá de atingir os investimentos públicos, segundo avaliação da área técnica. As fontes consultadas garantem que não há espaço para cortar esse montante apenas nas despesas com a máquina pública, ou seja, no chamado gasto de custeio, em seu conceito restrito (passagens, diárias, vigilância, materiais de escritório, luz, água, telefone etc). Essas despesas atingem cerca de R$ 35 bilhões e um corte de R$ 10 bilhões significaria deixar os ministérios e demais órgãos públicos com quase 30% a menos do que dispõem atualmente.
O principal impulso fiscal neste ano foi o aumento de 9,7% para o salário mínimo, que terá forte repercussão sobre o pagamento de benefícios previdenciários e demais despesas vinculadas ao piso salarial, entre elas o seguro-desemprego. Mas esse impulso não pode ser revertido. Algumas decisões de anos anteriores também impactaram o Orçamento de 2010, como é o caso dos reajustes salariais para os servidores federais. Essa despesa, por determinação legal, não pode ser reduzida. Na categoria dos intocáveis estão ainda os gastos com os programas sociais, entre eles o Bolsa Família. (págs. 1 e A3)
Bancos ainda seguram os empréstimos
Os bancos privados continuam a manter volumosas reservas em vez de aumentar os empréstimos para a economia real. Segundo a IIF, entidade que reúne as maiores instituições financeiras do mundo, os bancos americanos têm US$ 1 trilhão de excesso de reservas no Federal Reserve, ou seja, além do valor mínimo exigido pela autoridade monetária. Na zona euro, o excesso de reserva dos bancos no Banco Central Europeu aumentou para € 201 bilhões em abril. Antes da crise de setembro de 2008, as reservas exigidas dos bancos americanos eram de US$ 40 bilhões e o excesso não ultrapassava US$ 1,5 bilhão.
Alguns analistas consideram que o mecanismo de liquidez do Fed foi ineficiente para estimular o fluxo de crédito para as empresas e consumidores. Outros argumentam que o alto nível de reservas será inflacionário quando a economia se recuperar. (págs. 1 e C1)
Bradesco diminui a distância para o Itaú Unibanco em ativos
O Bradesco está conseguindo, aos poucos, encurtar a distância para o rival Itaú Unibanco no ranking por ativos do sistema financeiro. Embora as primeiras posições não tenham mudado - com Banco do Brasil (BB) na dianteira, seguido por Itaú e Bradesco - , a aceleração de crédito ao longo dos últimos 12 meses fez o Bradesco avançar 10,5% no total de ativos (para R$ 532,6 bilhões), enquanto o Itaú Unibanco teve crescimento modesto, de 1,6% (para R$ 634,6 bilhões).
De janeiro a março, os bancos privados ampliaram a oferta de crédito em 3,7% , acima dos 2,6% verificados entre as instituições públicas. O comportamento do Santander foi o mais tímido entre os grandes bancos de varejo na concessão de financiamento. (págs. 1 e C1)
Petrobras adapta refinaria do Maranhão ao pré-sal
Inicialmente, a refinaria do Maranhão - e também uma outra, planejada para o Ceará - foi desenhada para refinar óleo pesado, extraído na Bacia de Campos. "Em vez de processar apenas petróleo pesado, o processo está sendo revisto para processar 50% de óleo do pré-sal", diz Luiz Alberto Domingues, da Petrobras. (págs. 1 e B1)
De volta ao lucro, Unisys ajusta o foco dos negócios
Depois de ter voltado ao lucro em termos globais, interrompendo uma sequência de cinco anos de prejuízos, a fabricante de computadores e provedora de serviços Unisys quer aumentar suas operações no Brasil. Como muitas empresas dos mais diversos ramos, ambiciona uma parcela dos negócios a serem gerados com a Copa e os Jogos Olímpicos, diz Ed Coleman, presidente mundial.
A Unisys passa por uma reestruturação. No início do mês, vendeu sua área de serviços de processamento de contas de TV paga. Antes foi a de equipamentos de processamento de cheques. O foco agora é segurança, serviços de data center, terceirização e criação de mainframes - um diferencial da empresa praticamente desde a sua criação. (págs. 1 e B3)
Pacotes para a Copa quase esgotados
A menos de um mês do início da Copa, quase todos os pacotes turísticos estão vendidos. De um total de 5.500 colocados à disposição por sete agências brasileiras credenciadas, restam cerca de 300. A venda de toda a cota vai somar US$ 41 milhões, sendo 75% para empresas e 25% para particulares. A TAM vai operar 30 voos fretados durante a competição, que servirão como teste para definir se a empresa poderá oferecer voos diários para a África. A companhia chegou a anunciar esse plano em 2009, mas teve de abortá-lo por causa da crise mundial. (págs. 1 e B6)
Em meio a reações e descrença, Europa entra em nova era de austeridade (págs. 1 e A11)
Capital de risco retorna com a volta de ofertas iniciais de ações (págs. 1 e B12)
Cientistas buscam uma cana com mais energia (págs. 1 e EU& Fim de Semana)
FGTS no saneamento
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) negocia sua entrada no capital de três empresas estaduais de saneamento, cujos nomes ainda são mantidos em sigilo. (págs. 1 e A2)
Alternativa multimodal
Apenas em São Paulo, os prejuízos causados pelos congestionamentos chegam a R$ 4 bilhões por ano, segundo a Fundação D. Cabral. A integração dos sistemas de transporte é a aposta das grandes cidades para enfrentar o problema. (págs. 1 e Caderno especial)
Casas de plástico
A MVC Soluções em Plásticos, de São José dos Pinhais (PR), vai construir 1,3 mil casas de plástico reforçado no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, dentro do programa Minha Casa Minha Vida. (págs. 1 e B8)
'Transportadora' AmBev
Cisão da Usiminas
A Usiminas deve criar ainda neste ano uma empresa reunindo seus ativos minerais, sua participação na MRS e um terreno no porto de Sepetiba (RJ). Um sócio estrangeiro deverá participar do negócio. (págs. 1 e B9)
Suzano investe em biotecnologia
A Suzano Papel e Celulose negocia a compra da companhia inglesa de melhoramento genético e biotecnologia FuturaGene, por US$ 82 milhões. (págs. 1 e B9)
Exportação de milho
Governo prepara medidas de apoio à exportação de milho, que enfrenta dificuldades com o câmbio, a oferta argentina no exterior e a safrinha recorde. (págs. 1 e B14)
Recursos para o BNDES
O BNDES deve divulgar em cerca de 60 dias sua primeira capitalização por um fundo soberano estrangeiro. Negociações estão sendo feitas com países do Oriente Médio. (págs. 1 e C3)
MBA nacional ganha prestígio
Três escolas de negócios brasileiras figuram entre os melhores MBAs do mundo no ranking do "Financial Times": fundação Dom Cabral (9ª), Fundação Instituto de Administração (30ª) e Insper (42ª). (págs. 1 e D12)
Ideias
Claudia Safatle
Há fortes indícios de que os países com metas de inflação se mostraram mais resistentes que os demais à turbulência. (págs. 1 e A2)
Ideias
Márcio Garcia
Serra defende a autonomia para as agências que criou, mas não para o BC, onde quer manter o poder de interferir. (págs. 1 e A13)
Primeira Página
Aperto fiscal vai exigir corte de investimentos
Bancos ainda seguram os empréstimos
Petrobras adapta refinaria do Maranhão ao pré-sal
Editorial
Menos investimentos do exterior no setor industrial
Opinião
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Cartas de Leitores
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Colunas
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