Projeto do governo no Pará afetará o equivalente a meia cidade de SP
As cinco hidrelétricas que o governo Lula quer construir na região do rio Tapajós (PA) afetarão diretamente 871 km2 de áreas protegidas de floresta, o equivalente a meia cidade de São Paulo, informa Claudio Angelo.
O cálculo foi feito pela Folha com base em dados preliminares do estudo de inventário hidrelétrico dos rios Tapajós e Jamanxim, produzido pela Eletronorte e pela Camargo Corrêa.
Segundo o relatório, os reservatórios das usinas devem alagar parte de dois parques e três florestas nacionais. Nos parques, só se permitem pesquisa e turismo; nas florestas, instalar hidrelétricas é proibido.
Desde abril, porém, decreto federal autoriza estudos para hidrelétricas em unidades de conservação. O governo fala em fazer “usinas-plataforma”, o que minimizaria o desmate. (págs. 1 e A20)
Rússia e Brasil divergem sobre acordo com o Irã
Durante a visita do presidente Lula a Moscou, Brasil e Rússia expuseram divergências em relação à possibilidade de acordo com o Irã sobre o impasse nuclear, informa o enviado especial Marcelo Ninio. O brasileiro estará em Teerã amanhã.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, estimou em 30% as chances de acordo; para o brasileiro, elas são de 9,9 na escala de 1 a 10. Lula citou a invasão soviética do Afeganistão (1979-1989), mas a má tradução minimizou a gafe. (págs. 1, A14 e A15)
Fernando de Barros e Silva – Comparar Dilma a Mandela é inventar candidata fictícia
Aproximar as biografias de Dilma e Mandela é mais ou menos como pôr no site da candidata a foto de Norma Bengell. Inventa-se uma Dilma fictícia. Disso Maluf entende: ele disse que Celso Pitta poderia se tornar um “Mandela brasileiro”. (págs. 1 e A2)
Ex-dirigente do Itaú vai recolher doações a Serra
O pré-candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, escalou Sérgio Freitas, 67, ex-vice-presidente do Itaú, para arrecadar recursos para sua campanha. Freitas foi secretário da Fazenda da Prefeitura de São Paulo na gestão do banqueiro Olavo Setubal (1875-1979). (págs. 1 e A8)
Preocupação com a Europa faz as Bolsas voltarem a cair
As Bolsas pelo mundo, que começaram a semana eufóricas com o pacote para salvar a economia europeia, voltaram a cair ontem, após Espanha, Portugal e Itália divulgarem planos de cortes.
A Bolsa de Madri caiu 6,6% e o euro recuou para US$ 1,23, o menor valor em 18 meses. No Brasil, a Bovespa fechou em queda (2,1%) e o dólar subiu 1,51%. (págs. 1 e B4)
Citrosuco e Citrovita se unem e viram nº 1 na laranja
Citrosuco e Citrovita formaram a maior exportadora global de suco, com quase 25% do mercado, faturamento de R$ 2 bilhões e produção de 600 mil toneladas.
A fusão será avaliada pelo governo. Na próxima safra, a Cutrale, também brasileira e antiga líder, deve processar 400 mil toneladas e obter R$ 1,260 bilhão. (págs. 1 e Esp., B6)
Editoriais
Leia “Prudência necessária”, acerca de corte de gastos; e “Plano modificado”, sobre o governo e direitos humanos. (págs. 1 e A2)
Primeira Página
Usinas vão alagar áreas protegidas da Amazônia
Rússia e Brasil divergem sobre acordo com o Irã
Ex-dirigente do Itaú vai recolher doações a Serra
Editorial
Prudência necessária
Plano modificado
Opinião
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Brasília - Fernando Rodrigues: A dose do remédio
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Colunas
Painel
Mercado Aberto
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