24 de maio de 2010

MARINA DIZ QUE POR ORIETAÇÃO DO PT VOTOU CONTRA PLANO REAL E LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, negou nesta segunda-feira (24) atrito com o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), pré-candidato do partido ao governo do Rio. Marina faltou à festa de lançamento de Gabeira. A ausência da senadora, e o fato de que alguns militantes terem coberto cobriram o nome da senadora Marina Silva escrito nas faixas do partido, faixas que tinham escrito o nome da pré-candidata do PV em menos quatro faixas causou algumas especulações.
Mas, a própria senadora justificou a ausência dizendo que estava se preparando para a entrevista à rádio CBN programada para hoje, e que havia avisado ao partido que não poderia ir ao Rio. Marina Silva afirmou que a exclusão de seu nome de faixas teve como objetivo não ferir a legislação eleitoral.
"Foi uma orientação de quem entende da legislação e não quer extrapolar como estão extrapolando por aí ", disse Marina, em entrevista à rádio CBN, referindo-se às campanhas de seus adversários José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
Ela afirmou que, com base em uma notificação recente recebida por sua candidatura, por evento no Rio Grande do Norte, foi dada a orientação para que fosse retirado ou coberto o (meu) nome nas faixas. Não tem nada a ver com política".
Nós ainda não podemos fazer campanha”, lembrou, em entrevista à rádio CBN nesta manhã. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fixou o dia 6 de julho como data oficial para que os partidos possam começar oficialmente campanha para as eleições de 2010.
IRÃ
Em relação à tentativa de acordo do Brasil e Turquia com o Irã em torno da questão atômica, Marina recomendou cautela. "O Brasil ainda tem que ficar em compasso de espera e não celebrar antes do tempo, mantendo a pressão sobre o Irã", disse. Ela mencionou ainda que a política externa brasileira deve levar em conta o princípio dos direitos humanos. "O Irã desrespeita os direitos humanos", disse ela.
APOSENTADOS
Quanto ao reajuste dos benefícios dos aposentados que recebem mais de um salário mínimo em 7,7 por cento aprovado pelo Congresso, frente aos 6,14 por cento propostos pelo governo, Marina se disse favorável.
Mas afirmou que, se estivesse na Presidência, vetaria o fim do fator previdenciário, cálculo usado para reduzir o valor dos benefícios de quem se aposenta mais cedo.
"É justo recuperar o poder aquisitivo dos aposentados e isso eleva a déficit na Previdência", afirmou, defendendo a realização de uma reforma previdenciária.
Sobre o debate em torno da distribuição dos royalties do petróleo, ela afirmou que o mecanismo não deve ficar apenas com os Estados produtores. "Os produtores devem ser valorizados, mas riquezas devem ser compartilhadas por todo o país."
PLANO REAL
Marina contou que votou contra o Plano Real no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), assim como contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que hoje considera um erro.
"A Lei de Responsabilidade Fiscal votei contra seguindo orientação do PT, mas hoje reconheço que foi (medida) acertada", disse. "Eu digo que foi um erro não termos avaliado que havia um ganho com o Plano Real", disse.

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