1 de maio de 2010

CENTRAIS PROMOVEM ATO ELEITORAL EM FAVOR DE DILMA, COM A PRESENÇA DE LULA, E VERBA PÚBLICA

Ato para Lula e Dilma é financiado com verba pública

Eventos terão R$ 1,72 milhões de patrocínio de estatais como CEF e Petrobras

Lula leva Dilma a festas sindicais no 1º de Maio; Serra vai a evangélicos

PT espera aumentar inserção da pré-candidata entre servidores e PSDB escolhe SC para evitar confronto no berço do sindicalismo

Lula não tem jeito. Depois de usar cadeia nacional de rádio e televisão para fazer campanha eleitoral, agora vai participar de festas promovidas pelas centrais sindicais em favor de sua candidata. E é oportuno registrar que os eventos promovidos pelas centrais são financiados pela CEF, Petrobrás e outras estatais que alcançam o montante de 1,71,72 milhão de verba pública.
Os atos planejados por CUT, Força Sindical, CGTB, CTB, UGT e Nova Força têm tudo para virar showmícios - as entidades planejam declarar apoio conjunto inédito a Dilma na assembléia geral de junho. Dilma e Lula terminam o dia na celebração do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
É a primeira vez que, desde que foi eleito, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará, dos atos do 1.º de Maio das centrais sindicais. É parte da estratégia do PT para tentar aumentar a inserção de Dilma entre servidores estaduais. Seria um contraponto com os tucanos, que têm larga vantagem eleitoral em São Paulo. Além de Dilma, o pré-candidato ao governo, Aloizio Mercadante, e a pré-candidata ao Senado, Marta Suplicy, estarão ao lado de Lula nos eventos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, e da UGT, CTB e Nova Central. Enfim, é um ato eleitoral persistente e teimoso do presidente e de sua candidata.
Pela legislação, como os eventos são patrocinados com dinheiro público, não pode haver propaganda eleitoral. Mas ontem, no seminário de abertura do “1º de Maio Latino-Americano” da CUT, o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, do PT, utilizou o palanque para promover a candidatura de Dilma e atacar duramente seu principal adversário, o tucano José Serra. Em assembleia geral marcada para junho, as centrais planejam declarar o apoio conjunto inédito a Dilma.
Já o PSDB avaliou que a ida de Serra a Santa Catarina amanhã é estratégica para evitar um confronto com Lula no berço do sindicalismo, histórico eleitorado petista. Como governador, Serra enfrentou embates com servidores da Educação e afirmou que os protestos, feitos por entidade ligada à CUT, eram políticos.
O PT aposta nos dividendos eleitorais dos discursos de Lula nos eventos. O presidente, no último ano do mandato, se "despedirá" dos trabalhadores, enfatizando ações de seu governo.
Longe de São Paulo, Serra participará do 28.º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora. O convite foi feito pelo pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC, sigla com a qual os tucanos buscam aliar-se. Organizadores do evento estimam um público de 20 mil evangélicos. Para o PSDB, a agenda proporcionará maior retorno eleitoral.

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