15 de maio de 2010

CAMPANHA DE DILMA ANALISA CORREÇÃO DO RUMO DA CAMPANHA

Defesa de Dilma apresentou defesa em cinco representações ajuizadas no TSE que acusam o presidente, a ministra e entidades ligadas ao PT, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), de propaganda eleitoral em favor da pré-candidata.


Na visão da pré-candidata a sua transformação em grande estrela do programa partidário do PT veiculada na quinta-feira não caracteriza campanha antecipada.

Preocupações de novas sanções obrigam a analise de eventuais correções do rumo da campanha para evitar outras punições




Dilma Rousseff declarou que pagará o valor de R$ 5 mil a que foi condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por campanha antecipada. “A multa é uma decisão da Justiça e a gente respeita”, afirmou a pré-candidata, depois de participar da Missa de Solidariedade com os Excluídos, em Brasília.
O advogado Márcio Silva, responsável pela assistência da pré-candidata perante a justiça eleitoral, apresentou defesa ainda ontem no TSE contra cinco representações ajuizadas, além da julgada na noite de quinta. As representações acusam o presidente, a ministra e entidades ligadas ao PT, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), de propaganda eleitoral em favor da pré-candidata.

O programa partidário do PT veiculado na quinta-feira trouxe a petista como grande estrela, mas na visão de Dilma isso não caracteriza campanha antecipada.

A pré-candidata saiu em defesa da comparação feita por Lula na peça publicitária entre ela e o líder sul-africano Nelson Mandela. “O presidente queria destacar as similaridades das ditaduras porque elas deixam pouca opção para as pessoas que recorrem aos meios que dispõe naquele momento”, disse, reconhecendo que, pelo tempo de prisão que ela e Mandela cumpriram, a comparação é inócua. “Ele ficou 27 anos e eu fiquei 3 anos e meio, mas o sentido não é esse”, reforçou.
A pré-candidata demonstrou preocupação, depois de ter sido multada em R$ 5 mil, e analisa eventuais correções de rumo de que sua campanha para evitar novas sanções.
Outra preocupação dos dirigentes da campanha de Dilma é a estratégia do PT de reforçar a convicção católica da pré-candidata. Essa a razão da participação de Dilma da Missa dos Excluídos.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, tentou minimizar a importância da questão religiosa na campanha eleitoral. “O que norteia um bom administrador não tem a ver com crença católica, muçulmana ou umbandista, mas os fatos têm mostrado que a religião é (importante)”, disse. Na missa, Dilma recebeu bilhetes de fiéis e terços e elogiou a celebração.

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