O Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA), vinculado à Universidade Estadual Paulista (Unesp) estudo que aponta a Comissão Pastoral da Terra (CPT como a organização terceira colocada na promoção de invasão de propriedades rurais. O estudo faz uma análise das principais organizações que atuam no campo fomentanto e organizasndo invasões de terra. A CPT vem colocada depois do Movimento dos Sem-Terra, e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Ela está colocada acima do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST).
Essa informação faz parte de um artigo assinado pela pesquisadora Elenira de Jesus Souza, que trabalha sob orientação do geógrafo Bernardo Mançano Fernandes, coordenador do núcleo,
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) - instituição vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se apresenta como uma instituição da igreja católica com o objetivo de apoiar a organização dos trabalhadores rurais, para que possam defender suas causas. Esse é o objetivo declarado. Na prática, porém, a organização tem outra finalidade, assumindo a frente de ocupações de terras, como se fosse um movimento social.
No total de invasões, a CPT figura hoje em terceiro lugar na lista dos 89 movimentos de sem-terra que atuam no País. Se for considerado o número de famílias que cada um deles mobiliza, a entidade pastoral também ocupa posição de destaque: a quarta posição.
O artigo confirma tendência já observada por outros pesquisadores e também pela imprensa. Sua maior contribuição são os números que utiliza, a partir do do Banco de Dados da Luta pela Terra, o chamado Dataluta, do Nera - provavelmente o mais amplo do País, reunindo informações de jornais, movimentos sociais, órgãos de governo e, sobretudo, levantamentos da própria CPT.
Entre 2000 e 2007, de acordo com o artigo, 89 movimentos estiveram em ação, realizando pelo menos uma ocupação de terra. O MST lidera a lista com larga vantagem, tendo mobilizado 376.329 famílias no período. Utilizando a média de 5 pessoas por família, pode-se dizer que esse movimento, sozinho, pôs em campo um exército de quase 1,9 milhão de pessoas. No quarto lugar, a CPT movimentou 11.477 famílias - o que corresponde a 57,4 mil pessoas.
A maior parte dos movimentos de sem-terra atua de forma localizada, atingindo regiões restritas. As duas únicas organizações que estendem suas ações por todos os Estados são a Contag - que conta com uma rede ampla de sindicatos e federações - e o MST, que nasceu e cresceu sob as asas da CPT.
Com apoio de bispos católicos e de alguns pastores protestantes, especialmente luteranos, a CPT também se espalha pelo País. Mas não atua de forma homogênea. A ação como movimento socioterritorial continua localizada no Nordeste. De acordo com os mapas montados pela pesquisadora Elenira, a partir dos números do Dataluta, ela é mais forte no Estado da
"A ação da CPT como movimento que tem a terra como objetivo final de sua luta, que nós chamamos de movimento socioterritorial, é bem acentuada no Nordeste", diz o professor Fernandes. "Ali existem outros movimentos socioterritoriais, mas as famílias de sem-terra tem um vínculo mais forte com a CPT e se organizam em torno dela na luta pela terra. As famílias são a CPT."Segundo representantes da pastoral, a realidade varia de um região para outra e exige respostas diferentes. Em entrevista ao Estado (leia nesta página), o padre italiano Hermínio Canova, coordenador da CPT na Paraíba, admitiu: "Foi necessário, como missão, se meter na luta pela terra".
Essa informação faz parte de um artigo assinado pela pesquisadora Elenira de Jesus Souza, que trabalha sob orientação do geógrafo Bernardo Mançano Fernandes, coordenador do núcleo,
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) - instituição vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se apresenta como uma instituição da igreja católica com o objetivo de apoiar a organização dos trabalhadores rurais, para que possam defender suas causas. Esse é o objetivo declarado. Na prática, porém, a organização tem outra finalidade, assumindo a frente de ocupações de terras, como se fosse um movimento social.
No total de invasões, a CPT figura hoje em terceiro lugar na lista dos 89 movimentos de sem-terra que atuam no País. Se for considerado o número de famílias que cada um deles mobiliza, a entidade pastoral também ocupa posição de destaque: a quarta posição.
O artigo confirma tendência já observada por outros pesquisadores e também pela imprensa. Sua maior contribuição são os números que utiliza, a partir do do Banco de Dados da Luta pela Terra, o chamado Dataluta, do Nera - provavelmente o mais amplo do País, reunindo informações de jornais, movimentos sociais, órgãos de governo e, sobretudo, levantamentos da própria CPT.
Entre 2000 e 2007, de acordo com o artigo, 89 movimentos estiveram em ação, realizando pelo menos uma ocupação de terra. O MST lidera a lista com larga vantagem, tendo mobilizado 376.329 famílias no período. Utilizando a média de 5 pessoas por família, pode-se dizer que esse movimento, sozinho, pôs em campo um exército de quase 1,9 milhão de pessoas. No quarto lugar, a CPT movimentou 11.477 famílias - o que corresponde a 57,4 mil pessoas.
A maior parte dos movimentos de sem-terra atua de forma localizada, atingindo regiões restritas. As duas únicas organizações que estendem suas ações por todos os Estados são a Contag - que conta com uma rede ampla de sindicatos e federações - e o MST, que nasceu e cresceu sob as asas da CPT.
Com apoio de bispos católicos e de alguns pastores protestantes, especialmente luteranos, a CPT também se espalha pelo País. Mas não atua de forma homogênea. A ação como movimento socioterritorial continua localizada no Nordeste. De acordo com os mapas montados pela pesquisadora Elenira, a partir dos números do Dataluta, ela é mais forte no Estado da
"A ação da CPT como movimento que tem a terra como objetivo final de sua luta, que nós chamamos de movimento socioterritorial, é bem acentuada no Nordeste", diz o professor Fernandes. "Ali existem outros movimentos socioterritoriais, mas as famílias de sem-terra tem um vínculo mais forte com a CPT e se organizam em torno dela na luta pela terra. As famílias são a CPT."Segundo representantes da pastoral, a realidade varia de um região para outra e exige respostas diferentes. Em entrevista ao Estado (leia nesta página), o padre italiano Hermínio Canova, coordenador da CPT na Paraíba, admitiu: "Foi necessário, como missão, se meter na luta pela terra".


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