8 de outubro de 2009

PREFEITO DE BOREBI, CIDADE QUE TEVE FAZENDA INVADIDA PELO MST, COBRA RECURSOS AO INCRA

Ele pede ajuda ao Incra para as 60 famílias assentadas em Borebi.'Tenho que levar água, buscar aluno e dar remédio', afirma prefeito
Com um orçamento anual de R$ 8 milhões para uma população de 2,5 mil habitantes, o prefeito de Borebi, Antônio Carlos Vaca (PSDB), pediu há cerca de 20 dias apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para auxiliar as 60 famílias de sem-terra que estão assentadas há quatro meses em propriedades dentro do município. A área de assentamento foi comprada por uma empresa privada que a doou para o Incra assentar as famílias.
"Eu tenho que levar água, buscar aluno e dar remédio", afirmou o prefeito. De acordo com ele, técnicos do Incra sugeriram a elaboração de uma planilha de custos que ele deve levar na próxima terça-feira à sede do Incra em São Paulo. A Prefeitura também move uma ação contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para ser ressarcida dos prejuízos provocados por uma invasão da sede há dois anos.
Nesta quarta-feira (8), a Polícia Militar acompanhou a retirada de cerca de 250 famílias que invadiram por oito dias a Fazenda Santo Henrique, em Borebi. A Prefeitura emprestou ônibus e caminhões para transportar as famílias para outros acampamentos em cidades vizinhas. Segundo o prefeito, a cidade não tem condições de arcar com os custos desta população flutuante. "Vem gente de todos os lugares e isso implica em custos para o poder público. Não temos condições de oferecer transporte escolar e acesso à saúde nestas condições. "
O prefeito disse que mantém boa relação com as famílias assentadas, mas classificou de terrorismo a ação constatada nesta quarta-feira na Fazenda Santo Henrique. Segundo a Polícia Civil, os estragos deixados na propriedade devem ultrapassar R$ 1 milhão. Cerca de 12 mil pés de laranja e 28 tratores foram destruídos. "Isso é vandalismo, é terrorismo. Não é reforma agrária", afirmou. "A fazenda é podutiva e gera empregos para a União, para o Estado e para o município", afirmou.

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