8 de junho de 2010

SERRA EVITA CRITICAR MST E DEFENDE REDUÇÃO DO ICMS PARA O ETANOL

O Estado de S.Paulo

Adriana Carranca, Julia Duailibi, Roberto Almeida

Entrega de prêmio do setor sucroalcooleiro reuniu o presidenciável tucano, Dilma e Marina em São Paulo



Diante de empresários do setor sucroalcooleiro, que pediram maior ação contra as invasões de terra no País, o pré-candidato à Presidência José Serra (PSDB) evitou criticar o Movimento dos Sem-Terra (MST) e aproveitou o público presente para defender queda na alíquota do ICMS sobre o etanol. "Acho que o governo federal tem de se jogar nessa negociação", afirmou Serra sobre a existência de várias alíquotas de ICMS nos Estados. "É indispensável termos alíquota única no Brasil inteiro." O tucano sugeriu 12%, o que levou a plateia a aplaudi-lo.
Serra e as também pré-candidatas à Presidência Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) participaram da entrega do prêmio Top Etanol, ontem em São Paulo. Mas, até o fechamento desta edição, Dilma e Marina ainda não tinham feito seus discursos.
O pré-candidato do PSDB defendeu ainda a criação de uma diretoria específica na Agência Nacional do Petróleo (ANP) para "tratar" de questões mais críticas do etanol.
Foi a primeira vez que Dilma, Serra e Marina estiveram juntos no mesmo evento depois da divulgação da última pesquisa de intenção de voto, feita pelo Ibope e publicada pelo Estado no domingo.

A pesquisa mostrou empate técnico entre a petista e o tucano, com 36% das intenções de voto. Durante o evento, os pré-candidatos receberam um documento de posicionamento do setor sucroalcooleiro.

Insegurança jurídica. Representantes do setor fizeram críticas em relação à legislação trabalhista e a insegurança jurídica no campo. Sem citar o MST, os empresários disseram ser "intolerável" a "complacência" do poder público com as invasões de terra.

Na presença dos presidenciáveis, os empresários também citaram a valorização do real, apontado como fator prejudicial à atividade exportadora, e a necessidade de linhas de crédito específicas para os produtores adquirirem novas máquinas e equipamentos.

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