9 de junho de 2010

RESUMO DOS JORNAIS: VALOR ECONÔMICO



Manchete: Supremo julga 'esqueleto' que pode custar R$ 10 bi

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga hoje um "esqueleto" bilionário
que envolve o pagamento de quintos e décimos aos funcionários públicos comissionados dos Três Poderes relativos aos anos de 1998 a 2001. Se os ministros decidirem contra o mandado de segurança impetrado pela Advocacia-Geral da União, que contesta o pagamento desses benefícios aos servidores do TCU, estarão abrindo a porta para gastos estimados em R$ 10 bilhões: R$ 6 bilhões para os servidores do Executivo e R$ 4 bilhões para os do Legislativo e do Judiciário. "Não temos esse dinheiro", garante o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Em 1990, a Lei nº 8.112 definiu que a cada 12 meses de exercício de função comissionada o servidor teria direito a incorporar ao salário um quinto da respectiva comissão. Em 1995, a Medida Provisória nº 831 extinguiu o benefício. A partir daí, uma sequência de medidas provisórias, umas criando e outras extinguindo o vantagem, deixou o campo aberto para contestações, que agora vão a julgamento. Uma das medidas transformou os quintos em décimos. Só em 2001 é que a MP 2.225-45 resolveu a questão. Transformou os quintos em vantagem pessoal, deixando subentendido que não deveria ser considerada a extinção anterior. Ao julgar o caso, o Supremo também estará definindo como ficam os pagamentos futuros. A ação não envolve só os retroativos, mas também a incorporação do benefício aos salários. (Págs. 1 e A2)

Consumo puxa a economia e PIB cresce 9%

Com forte participação da demanda doméstica - formada pelo consumo das famílias, do governo, investimentos e variação de estoques - o Produto Interno Bruto do primeiro trimestre cresceu 2,7% em relação ao período anterior e 9% frente ao resultado do primeiro trimestre de 2009. A contrapartida desse crescimento foi o aumento significativo das importações, que "subtraiu" 2,8 pontos percentuais da expansão do PIB.
Com esse resultado, mesmo que a economia não cresça entre o segundo e o quarto trimestre, já está assegurada uma alta de 6% do PIB no ano. Se a taxa de crescimento cair dos 2,7% registrados até março para uma média de 1% nos três trimestres restantes, o crescimento chegará a 7,6%. (Págs. 1 e A12)

SP antecipa receitas de concessões

O governo paulista vai vender a investidores os direitos sobre a receita futura com concessões rodoviárias realizadas em 1998. Com a operação, feita por meio de fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), o Estado receberá agora recursos que, de outra forma, só teria entre 2011 a 2018.
Serão incluídos no fundo R$ 1,1 bilhão em recebíveis das concessionárias Autoban, ViaOeste, Intervias, Centrovias e Autovias. Pela cessão desses direitos, o governo deverá receber R$ 708 milhões. A diferença se deve à remuneração que será paga aos investidores pela antecipação dos recursos. Caberá a esses investidores assumir o risco de inadimplência das concessionárias. (Págs. 1 e C1)

Foto legenda: Voando alto

Um dos poucos aeroportos do país gerido pela iniciativa privada, o de Cabo Frio (RJ) ganha destaque na importação de equipamentos para a indústria do petróleo. A movimentação de cargas já supera a de turistas, diz Francisco Pinto, presidente do conselho da Costa do Sol Aeroportuária. (Págs. 1 e B10)

Capitalizada, Vicunha quer ser maior fabricante de brim

A entrada de R$ 250 milhões do BTG Pactual no capital da Vicunha Têxtil reduziu a alavancagem da empresa, que se prepara para voltar a crescer, inclusive com a compra de companhias menores na América Latina. Mas as mudanças não param aí. Seu presidente, Ricardo Steinbruch, disse ao Valor que pretende buscar outros sócios, como bancos e fundos de investimentos.
Os planos de Steinbruch incluem transformar a empresa na maior fabricante de índigo e brim do mundo - segundo seus cálculos, hoje ela ocupa a terceira posição - e também comercializar mais produtos de terceiros com a marca Vicunha. (Págs. 1 e B9)

Gazin nega venda e continua inaugurando lojas e fábricas

Alvo de comentários de que a companhia que criou há 43 anos entraria no movimento de consolidação do varejo, o empresário Mário Valério Gazin é taxativo: "A Gazin ninguém compra enquanto eu estiver vivo". Ele fatura R$ 1,35 bilhão com as 158 lojas e três fábricas de estofados e colchões em nove Estados e seus planos são de continuar se expandindo com a abertura de mais seis unidades fabris, a próxima na Bahia. Gazin explica que não dá para transportar sofás e colchões para longe. Ele conta que chegou a cortar um pedaço do colchão de um hotel de Nova York para saber como era feito, porque estava descontente com a qualidade de seus produtos. (Págs. 1 e B5)

Invasão de chineses começa a mudar o turismo mundial (Págs. 1 e A9)

Impasse mantém carne industrializada brasileira fora do mercado americano (Págs. 1 e B14)

Noruega suspende perfurações

A Noruega anunciou ontem a suspensão de novas perfurações de petróleo em águas profundas no Mar do Norte até que sejam esclarecidos as causas do desastre com a plataforma da BP no Golfo do México. (Págs. 1 e A9)

TAM amplia a frota

A TAM assinou ontem, em Berlim, memorando de entendimento para a compra de 15 aeronaves da Airbus para renovação e ampliação de sua frota. O valor estimado do acordo é de US$ 2,9 bilhões. (Págs. 1 e B4)

Gestão de energia

A administradora de fundos de "private equity'" DGF Investimentos comprou 20% da APS Soluções em Energia, especializada em projetos de eficiência energética. (Págs. 1 e B4)

Estratégia antigenérico

A multinacional americana Pfizer reduziu pela metade o preço do Viagra no Brasil. O laboratório perderá a patente do medicamento a partir do dia 20. (Págs. 1 e B8)

Reaparelhamento da FAB

A Airbus Military, divisão do grupo europeu aeroespacial EADS, negocia a venda de oito aviões de transporte militar e patrulha marítima para a Força Área Brasileira (FAB). (Págs. 1 e B9)

Acesso à saúde

Preço dos medicamentos é um dos principais obstáculos à universalização da saúde no país. Redução da carga tributária seria uma das soluções, diz Antônio Britto, da Interfarma. (Págs. 1 e Caderno especial)

Exportação de etanol despenca

As vendas brasileiras de etanol deverão cair neste ano ao menor nível desde 2003, para 1,7 bilhão de litros, equivalentes a 20% do total exportado na safra passada. (Págs. 1 e B14)

Ideias
José Luis Oreiro
A restrição ao crescimento da economia brasileira não vem da "barreira inflacionária", mas do front externo. (Págs. 1 e A10)

Ideias
Carlos Lessa
Euforia econômica, que desconhece riscos e não previne erros, ameaça repetir decepção do "Milagre Brasileiro". (Págs. 1 e A11)

Primeira Página

Supremo julga 'esqueleto' que pode custar R$ 10 bi
Consumo puxa a economia e PIB cresce 9%
Impasse mantém carne industrializada brasileira fora do mercado americano

Editorial
Um aliado pouco confiável mas com muito tempo de TV

Opinião
É a restrição externa, estúpido :: José Luis Oreiro

Colunas
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Serra diz ser contrário à proposta de FHC para drogas
"Situação do país era afunhanhada, tremelenta, tremilicando"
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Brasil
Contencioso bilionário que o STF julga hoje teve início em 1990
Mercosul impõe condições à UE para liberalizar indústria automotiva
Inflação sobe menos em SP, apura o Dieese
PIB forte vai exigir ajuste no esforço fiscal
Carga tributária sobre indústria é de 59,8%
União libera R$ 1,2 bilhão para Estados e municípios
Indústria agora projeta crescimento de 8%
Grandes empresas têm investido mais em inovação, mostra pesquisa

Internacional
Noruega veta novos poços de petróleo e gás no mar
Medida pode ajudar Brasil a acelerar produção no pré-sal
ONU espera verba de empresas para acordo climático

Especial
Demanda puxa PIB e exige alta forte na importação
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Finanças
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Investimentos
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