28 de junho de 2009

BRASIL CAMPEÃO DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES, COM VITÓRIA DE VIRADA

Foi um jogo dramático mas com muita raça e determinação, o Brasil conseguiu derrubar a sólida defesa aramada pelo técnico Bob Bradley dos Estados Unidos e venceu o ferrolho defensivo armado pela zebra da competição.
A equipe dos Estados Unidos surpreendeu a seleção verde-amarela e terminou o primeiro tempo com a vantagem tempo 2 a 0 no placar.
No início do segundo tempo, no primeiro lance da partida, Luís Fabiano não teve clemência e marcou com raro oportunismo. O camisa 9 empatou a final da Copa das Confederações com dois gols. Depois, o capitão Lúcio usou a cabeça e o coração para fazer 3 a 2 sobre os norte-americanos, que venciam por 2 a 0 no intervalo, com gols de Clint Dempsey aos 9 minutos de jogo e Landon Donovan, aos 25.
A reação foi construída toda no segundo tempo: dois de Luís Fabiano, o primeiro a 1 minuto e o segundo, aos 30. Aos 40, Lúcio fechou o placar e consolidou a virada. Antes, houve um ataque do Brasil, em que apesar da bola ter entrado, o gol não foi validado pelo árbitro.
Foi uma conquista superando muitas dificuldades, com uma duas vitórias sobre os norte-americanos. O Brasil conquistou o tricampeonato na Copa das Confederações, depois dos títulos de 1997 e 2005. A seleção de Dunga levantou a taça após vitórias por 4 a 3 sobre o Egito, dois placares de 3 a (sobre EUA e Itália) e dois triunfos dramáticos: 1 a 0 sobre a África do Sul e 3 a 2 na revanche contra a zebra.
O Brasil enfrentou verdadeiro cadeado que trancava a passagem da seleção canarinho, logo após o árbitro Martin Hansson autorizar o início da decisão das Copa das Confederações. Com sete jogadores de branco bloqueando o meio-de-campo, a equipe brasikleira encontrava enorme dificuldade para ganhar espaço no gramado.
A única saída para o Brasil driblar esse ferrolho era acelerar a velocidade do passe e do ataque, especialmente pelas laterais. Pela direita, Maicon era quem mais se destacava, mas não vinha conseguindo direcionar os cruzamentos para os parceiros de amarelo. Gigante, o zagueiro Oguchi Onyewu atraía a bola para sua cabeça e com ela afastava o perigo que rondava o gol defendido por Tim Howard.
Tranquilos na defesa, os norte-americanos ensinaram para o Brasil como deveria ser feito. Em uma jogada rápida pela direita aos 9 minutos, o lateral Jonathan Spector acertou um cruzamento para Clint Dempsey. O meio-campista se antecipou à marcação e desviou. Não acertou em cheio, mas o toque foi suficiente para jogar a bola longe do alcande de Júlio César. O goleiro brasileiro se estirou todo, mas apenas o pescoço e os olhos esticados alcançaram visualmente a bola, que morreu nas redes.
O Brasil aprendeu: se o meio estava bloqueado, as alas eram as alternativas. E as laterais do gramado permitiram duas boas jogadas: uma com Robinho pela esquerda e outra com Maicon, após receber passe de calcanhar de Kaká. Mas Howard era a segunda barreira a ser vencida.
Aos 25 minutos, o Brasil foi com tudo para o ataque em uma cobrança de escanteio. Maicon pegou mal na bola, que atravessou toda a grande área e caiu nos pés da zaga norte-americana. O meio-campo, agora, estava aberto: contra-ataque, 2 contra 2. Era a chave que os Estados Unidos precisavam para complicar e muito a situação brasileira. Charlie Davies disparou pela direita e rolou para a meia-lua, de onde Landon Donovan driblou Ramires e bateu firme, cruzado. Júlio César, de novo, nada pôde fazer.
A essa altura, os Estados Unidos se fecharam ainda mais. A seleção brasileira tinha vários problemas para sair jogando até mesmo em seu campo de defesa. Eram 11 marcadores vestidos de branco. Apenas jogadas com chutes de muito longe ou velocidade pelas laterais davam um alento. Howard fazia questão de frustrar todos os ataques, com um excelente posicionamento.
Foram precisos 15 minutos para o Brasil se reestruturar. Depois que a bola rolou no segundo tempo, o que não foi feito em 45 minutos saiu em 30 segundos. Jogada rápida pela direita, Maicon encontrou Luís Fabiano na área. O camisa 9 girou sobre a marcação de Jay DeMerit e bateu firme e forte, rasteiro: gol brasileiro. A vantagem das zebras diminuía para 2 a 1. A velocidade do lance impediu que a barreira branca se formasse.
Por uma vez em uma hora de jogo, o Brasil conseguiu acertar jogadas aéreas aos 13. Após cobrança de escanteio, Lúcio cabeceou firme e Howard espalmou. Dois minutos depois, Kaká cabeceou no travessão e Howard tira a bola de dentro do gol. Os auxiliares não viram o gol que daria o empate ao Brasil.
Uma grande chance apareceu para Luís Fabiano aos 25 minutos do primeiro tempo. O capitão Lúcio saiu da defesa, avançou ao ataque e lançou o camisa 9, que foi parado pela muralha Howard na hora do chute. Aos 30, porém, o Fabuloso conseguiu empatar. Depois de Robinho desviar cruzamento no travessão, o centroavante apareceu na pequena área para igualar o marcador.
O gol que selou o tricampeonato do Brasil nas Confederações surgiu aos 40 minutos. Elano bateu escanteio da direita e encontrou a cabeça de Lúcio, que finalizou com força para fechar a partida.
Na cerimônia final de encerramento do espetáculo, o capitão Lúcio ergueu a taça sob os aplausos de todos os presentes, enquanto Luiz Fabiano foi o Artilheiro da Copa com 4 gols, e Kakã foi eleito o melhor jogador da competição.

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