A posição brasileira contrária a novas sanções contra o Irã deverá ser posta em xeque durante a conferência de cúpula sobre segurança nuclear. E o Brasil sofrerá constragimentos e ficará isolado caso a China decida apoiar as medidas que forem apravadas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na madrugada desta segunda-feira (horário de Brasília) em Washington para participar da cúpula sobre segurança nuclear, que começa hoje. O encontro, que durará dois dias, discutirá a situação do Irã e contará com a presença de 47 países
Até o momento, Brasil e China têm adotado discursos semelhantes sobre o assunto, com manifestações contrárias à imposição de uma quarta rodada de sanções da ONU contra o Irã e com a defesa do diálogo como melhor caminho.
Nas últimas semanas, porém, Pequim vem dando sinais de que poderia mudar sua posição.
O governo chinês já aceitou "discutir" a questão das sanções e, na última quinta-feira, enviou um representante a uma reunião entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha para debater o tema.
Conselho de Segurança
A China é um membro permanente do Conselho de Segurança, ao lado de Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia, e por isso tem poder de veto sobre as resoluções do órgão.
O Brasil também integra o conselho, mas com uma vaga rotativa, sem poder de vetar as resoluções. O governo brasileiro, porém, deseja obter no futuro uma vaga permanente.
A Rússia, outro membro permanente que também era contrário a novas sanções contra o Irã, recentemente manifestou seu apoio às medidas.
Os Estados Unidos e outros aliados pressionam por uma quarta rodada de sanções por causa da recusa do governo iraniano em interromper seu programa de enriquecimento de urânio.


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