28 de abril de 2010

PP REUNE EXECUTIVA PARA DECIDIR APOIO A SERRA




A Executiva do PP se reúne hoje para dar o primeiro passo oficial rumo à neutralidade, confirmado seu anunciado afastamento do governo e apoio à candidatura de José Serra. A declaração de independência do PP irá se somar a vários tropeços que esão atropelando a campanha da pré-candidata Dilma Rousseff (PT). O PP que faz parte do governo federal tem sido alvo do assédio da oposição, que deseja seu apoio do partido e participação na chapa do tucano José Serra, com a indicação do Vice, o o senador Francisco Dornelles.
Não é mero balão de ensaio a hipótese de o senador Francisco Dornelles, do PP-RJ, vir a ser o vice do tucano José Serra na sucessão presidencial. A indicação do tio de Aécio Neves é uma peça no xadrez das eleições do Rio de Janeiro e de Minas com muitas implicações do ponto de vista das alianças nos dois estados. O governador Sérgio Cabral, grande aliado de Dornelles, trabalha para mantê-lo na base da petista Dilma Rousseff, mas não terá êxito se Dornelles for indicado para vice de Serra pelo ex-governador de Minas.
O PP integra a base governista e comanda o poderoso Ministério das Cidades, mas seus dirigentes já tornaram público que o partido só formalizará a decisão do candidato que ira apoiar na eleição presidencial. Isso facilitaria a montagem de suas alianças regionais, ora com o PT, ora com o PSDB.
O governo trabalha para evitar a aliança PSDB/PP. Por isso, tomou a iniciativa de liberar os recursos federais para bancar as emendas dos parlamentares aliados, começando a pagar a cota de R$ 3 milhões por parlamentar. É tentativa de acalmar a base. A liberação da cota estava atrasada havia um mês.
O PP comanda o Ministério das Cidades, que tem um orçamento de R$ 15,2 bilhões para este ano, incluindo muitas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O ministro Márcio Fortes defende que o partido apóie a candidatura oficial. É evidente que ele quer garantir o emprego. Mas vários diretórios, principalmente os do Sul, são contra a aliança com o PT. Com Serra, já é possível contabilizar o diretório mineiro, que deverá ocupar a vaga de vice-governador na chapa tucana que terá como candidato o governador Antônio Anastasia. O PSDB acena com a vaga de vice na chapa de Serra para o presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), de olho na fatia que o partido terá no horário de propaganda eleitoral gratuita. Sozinho, o PP deverá ter direito a 1 minuto e 20 segundos no tempo de TV destinado às candidaturas presidenciais.
A cúpula do PP admite a aproximação com os tucanos. Dornelles na vice fortalece o partido que não será mero coadjuvante mas parte do governo.

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