12 de julho de 2009

CRISE, QUE CRISE?

Por LUIZ CARLOS AZEDO com A COLABORAÇÃO DE GUILHERME QUEIROZ


Correio Braziliense - 12/07/2009
Crise no Senado
Para o Palácio do Planalto, apesar das novas denúncias, a crise política no Senado acabou. Embora senadores da base aliada (leia-se, do PT) ainda tentem jogar para a arquibancada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu restabelecer o bloco de apoio governista na Casa ao reaproximar as bancadas do PMDB e do PT. Com isso, a possibilidade de afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), teria sido de fato sepultada.
*** *********
O desgaste do ex-presidente da República no cargo, em razão das denúncias de clientelismo e patrimonialismo contra ele e seus familiares, é outro problema que caberia a ele administrar ao longo do mandato. Nada impede que novos fatos desgastem Sarney ainda mais. Porém, segundo o Planalto, não seriam capazes de desestabilizar a aliança PMDB-PT.
*************
Lula avalia que o velho cacique maranhense não renunciará. Isso fragilizaria a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), sua filha, e o empresário Fernando Sarney, seu filho mais velho. Além disso, PSDB e o DEM, na luta para apeá-lo do cargo, também foram chamuscados por denúncias.
*************
Ser ou não
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), aliado de José Serra, vive um drama shakespeareano. Responsável pelo principal palanque da oposição no Nordeste, não decidiu se será candidato contra o governador Eduardo Campos (PSB). Caciques da oposição pernambucana, os senadores Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB) e o deputado Raul Jungman (PPS) não sabem o que fazer.

Nenhum comentário: