Milhares de pessoas saíram à rua em cem cidades do mundo contra a "ingerência" na Colômbia. Líder venezuelano disse que capitalismo está por detrás de tudo.
Em Bogotá, gritava-se "Chávez! Colômbia, no te teme". Em Nova Iorque, lia-se nos cartazes "Chávez, go home". Em Madrid, perguntou-se "Por que no te callas?", como fez o Rei Juan Carlos em 2007. Sexta-feira, milhares de pessoas saíram à rua em cerca cem cidades de 29 países em protesto protestar contra o Presidente venezuelano.
Em Bogotá, gritava-se "Chávez! Colômbia, no te teme". Em Nova Iorque, lia-se nos cartazes "Chávez, go home". Em Madrid, perguntou-se "Por que no te callas?", como fez o Rei Juan Carlos em 2007. Sexta-feira, milhares de pessoas saíram à rua em cerca cem cidades de 29 países em protesto protestar contra o Presidente venezuelano.
COLÔMBIA
As manifestações foram convocadas por activistas colombianos através das redes sociais Twitter e Facebook. No passado, houve outras manifestações contra o Presidente anti-imperalista. Mas nunca com este impacto.
Os protestos foram motivados pelas acusações de Chávez contra o governo colombiano a quem acusa de traidores, convidando o povo a juntar-se à revolução bolivarianaA declaração causou celeuma no povo que elegeu para a Presidência o conservador Álvaro Uribe. Sem surpresa, a Colômbia foi palco das maiores manifestações.Armados com bandeiras e vestidos de branco, os colombianos saíram à rua em cerca de 20 cidades do país. Na capital Bogotá mais de cinco mil juntaram-se no centro com faixas onde se lia: "Chávez ditador".
PROTESTOS EM TODO O MUNDO
Os protestos estenderam-se a toda a América Latina mas também a cidades de outros continentes como Nova Iorque e Miami, nos EUA, Madrid e Barcelona, em Espanha, Melburne, na Austrália.
A adesão surpreendeu os promotores da manifestação. Alejandro Gutiérrez, 28 anos, explicou ao jornal espanhol El País que, enquanto Chávez diz "pátria, socialismo ou morte", manifestantes de todo o mundo responderam "liberdade, democracia e vida".
A oposição na Venezuela também se juntou aos protestos. Mas na capital Caracas, foram os apoiantes do Presidente que encheram a Plaza Bolivar.
A adesão surpreendeu os promotores da manifestação. Alejandro Gutiérrez, 28 anos, explicou ao jornal espanhol El País que, enquanto Chávez diz "pátria, socialismo ou morte", manifestantes de todo o mundo responderam "liberdade, democracia e vida".
A oposição na Venezuela também se juntou aos protestos. Mas na capital Caracas, foram os apoiantes do Presidente que encheram a Plaza Bolivar.
DIVIDIDOS, VENEZUELANOS MARCHAM CONTRA E A FAVOR DE CHÁVEZ
Milhares de pessoas marcharam neste sábado na Venezuela, mostrando que, depois de mais de dez anos sob comando do presidente Hugo Chávez, a sociedade do país produtor de petróleo continua rachada. Foram realizadas duas grandes manifestações, uma pró e outra contra o presidente da Venezuela Hugo Chávez.
Foi uma reedição das marchas dos anos de crise política, a divisão entre os que apoiam as políticas adotadas pelo presidente, que defende o socialismo do século 21, e os opositores continua marcando o debate político no país
No leste da capital Caracas, milhares de opositores vestidos com camisetas brancas protestavam em nome de velhas e novas polêmicas, como a recém aprovada lei de educação, que para a oposição é uma tentativa do Executivo de "ideologizar" o ensino nas escolas.
Os lemas mudam, mas os motivos continuam os mesmos: uns defendem as radicais mudanças políticas e econômicas que o presidente esquerdista impôs, enquanto outros denunciam que o ex-militar é uma ameaça para a democracia, e seu governo, um nicho de corrupção.
Enfrentando a primeira contração econômica após um período de bonança baseado no petróleo e meses depois de ganhar um referendo que eliminou os limites a sua reeleição, Chávez redobrou o ritmo de sua "revolução socialista”, com profundas e polêmicas reformas legal que têm atemorizado seus adversários.
A mais controversa foi a nova Lei de Educação aprovada no mês passado pela Assembleia Nacional e que, segundo a oposição, permitirá ao governo ideologizar as crianças e impor um sistema escolar inspirado na Cuba comunista.
Tremulando bandeiras nacionais e com cartazes que diziam "Marcho pelos meus filhos: não nos calarão", milhares de opositores vestidos de branco percorreram várias avenidas da capital venezuelana até a sede do Ministério Público, que acusam de seguir as ordens do presidente.
Foi uma reedição das marchas dos anos de crise política, a divisão entre os que apoiam as políticas adotadas pelo presidente, que defende o socialismo do século 21, e os opositores continua marcando o debate político no país
No leste da capital Caracas, milhares de opositores vestidos com camisetas brancas protestavam em nome de velhas e novas polêmicas, como a recém aprovada lei de educação, que para a oposição é uma tentativa do Executivo de "ideologizar" o ensino nas escolas.
Os lemas mudam, mas os motivos continuam os mesmos: uns defendem as radicais mudanças políticas e econômicas que o presidente esquerdista impôs, enquanto outros denunciam que o ex-militar é uma ameaça para a democracia, e seu governo, um nicho de corrupção.
Enfrentando a primeira contração econômica após um período de bonança baseado no petróleo e meses depois de ganhar um referendo que eliminou os limites a sua reeleição, Chávez redobrou o ritmo de sua "revolução socialista”, com profundas e polêmicas reformas legal que têm atemorizado seus adversários.
A mais controversa foi a nova Lei de Educação aprovada no mês passado pela Assembleia Nacional e que, segundo a oposição, permitirá ao governo ideologizar as crianças e impor um sistema escolar inspirado na Cuba comunista.
Tremulando bandeiras nacionais e com cartazes que diziam "Marcho pelos meus filhos: não nos calarão", milhares de opositores vestidos de branco percorreram várias avenidas da capital venezuelana até a sede do Ministério Público, que acusam de seguir as ordens do presidente.
Na véspera das manifestações, foram realizadas dezenas de concentrações em várias cidades do mundo respondendo a uma convocação com o lema "Chávez, não mais", divulgadas através de sites como o Facebook e o Twitter para protestar contra a política externa do presidente, acusado de interferir nos assuntos de outros países.
Já os seguidores do mandatário, vestidos de vermelho, concentraram-se diante do Ministério das Relações Exteriores, a centenas de metros da manifestação opositora, para defender a nova política educativa e acusar seus adversários de "vender a pátria ao império norte-americano".
"Essa é uma lei que assegura a inclusão, os direitos dos cidadãos, uma educação livre e de qualidade, uma lei que democratiza a universidade venezuelana", disse Douglas Torres, estudante de uma instituição estatal de ensino superior.
Há duas semanas, um protesto em Caracas contra a reforma da educação terminou em confrontos com a polícia, que dispersou os manifestantes com gás lacrimogêneo quando tentavam superar uma barreira que marcava o fim do percurso autorizado.
Já os seguidores do mandatário, vestidos de vermelho, concentraram-se diante do Ministério das Relações Exteriores, a centenas de metros da manifestação opositora, para defender a nova política educativa e acusar seus adversários de "vender a pátria ao império norte-americano".
"Essa é uma lei que assegura a inclusão, os direitos dos cidadãos, uma educação livre e de qualidade, uma lei que democratiza a universidade venezuelana", disse Douglas Torres, estudante de uma instituição estatal de ensino superior.
Há duas semanas, um protesto em Caracas contra a reforma da educação terminou em confrontos com a polícia, que dispersou os manifestantes com gás lacrimogêneo quando tentavam superar uma barreira que marcava o fim do percurso autorizado.
ACORDO MILITAR
O acordo militar firmado entre Bogotá e Washington, que prevê o uso de sete bases militares na Colômbia pelo Exército americano, é o pivô de uma das piores crises diplomáticas entre os vizinhos Colômbia e Venezuela. Para Chávez, as bases são "uma declaração de guerra" contra a chamada revolução bolivariana.
O debate sobre as bases militares também esteve presente na marcha chavista, que reuniu milhares de pessoas vestidas de vermelho, no centro da capital Caracas e nas principais cidades do país.
Para a assistente social Crismar Luna a presença militar norte-americana na Colômbia se trata de um plano "para derrubar o presidente".
"Estamos nas ruas para defender a revolução e o que os pobres conquistamos com esse governo", afirmou. "A oligarquia colombiana e a norte americana estão aliadas para acabar com o processo (governo) e com o exemplo que a revolução dá para toda a América Latina", acrescentou.
Enquanto os manifestantes dançavam e caminhavam ao som de músicas de protesto, Chávez interviu, por meio de uma ligação telefônica, que foi retransmitida em um carro de som.
"Pátria, socialismo ou morte!", gritou o mandatário venezuelano que está no Irã, um dos países que visita na viagem internacional que também inclui Argélia, Síria, Líbia, Rússia e Bielorrússia.
CHÁVEZ ACUSA A CIA DE ORGANIZAR MANIFESTAÇÕES
Hugo Chávez acusou a agência secreta americana de ter promovido os protestos, que considerou um "fracasso". "Por detrás disto esteve a CIA, muito dinheiro e os recursos do capitalismo ocidental", disse à televisão venezuelana, durante uma visita à Síria.
A tensão entre Bogotá e Caracas é antiga. A Colômbia acusa Chávez de financiar os rebeldes das FARC , mas o conflito agravou-se nas últimas semanas. Primeiro, Chávez suspendeu o comércio bilateral. Esta semana, Bogotá acusou Caracas de "ingerência", por apoiar o partido marxista colombiano. Tensão
Os protestos coincidiram com uma viagem de Hugo Chávez à Síria e ao Irão, velhos inimigos dos EUA. Na capital da Síria, Damasco, o líder venezuelano levou a multidão ao delírio quando criticou Israel. "O Estado de Israel converteu-se num Estado assassino ao serviço do imperialismo. Eu saúdo a luta do povo palestiniano".


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