9 de agosto de 2009

TROPA DE CHOQUE RELATIVISA ATÉ A DIFERENÇA ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO

DEU NO ESTADO DE SÃO PAULO

Os recentes discursos, em plenário, da tropa de choque do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), demonstram a defesa de uma doutrina política avessa a reformas e a favor da manutenção do atual padrão de comportamento dos senadores. As entrelinhas das falas oficiais dos aliados de Sarney - sejam lideranças experientes ou suplentes sem currículo - revelam justificativas para os erros cometidos e repúdio a questionamentos sobre temas polêmicos.
A começar pela ética. Na noite de quinta-feira, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), da tropa de Sarney, revelou o que pensa sobre o tema. Suas palavras foram ofuscadas pela repercussão do bate-boca envolvendo pouco antes Renan Calheiros (PMDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). "O padrão de ética não está muito bem definido. Digo isso todo dia", discursou. "A ética praticada aqui é fruto da organização errada desta Casa. A ética que for criada eu vou aderir. Se a ética de vossa excelência é tida como errada, talvez eu tenha alguns erros também."
Pouco antes, Renan havia explicado o que entende por ética. "A ética não tem dono. Ninguém é dono da ética, ninguém se convence com a retórica. As pessoas só se convencem com a prática", disse. No mesmo discurso, o senador alagoano defendeu a situação de suplência vivida por Salgado e outros aliados, entre eles Paulo Duque (PMDB-RJ), presidente do Conselho de Ética, que arquivou as 11 ações contra Sarney

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