26 de agosto de 2009

NO SENADO NÃO TEM SANTO

Os partidos de oposição no senado, PSDB e DEM, decidiram retirar todos os seus representantes no Conselho de ética do Senado, anunciando que só indicaram substitutos quando os demais partidos que lá tem representantes indicassem apenas senadores acima de qualquer suspeita. O senador Garibaldi Alves, com seu ar de sabedoria esperta e serenidade arrastada, conforme observou Alexandre Garcia, afirmou, sorrindo divertido, que no Senado não tem santo, e que, portanto, seria impossível um Conselho formado com conselheiros acima de qualquer suspeita.
Tentando vestir a aura de santo, o senador Suplicy, tardiamente, fez um discurso da tribuna do Senado em que disse que seu colega José Sarney (PMDB-AP), deveria esclarecer as denúncias levantadas contra ele ou renunciar à presidência da Casa. Segundo o senador petista, Sarney ainda não apresentou explicações satisfatórias para as acusações que pesam contra ele, arquivadas pelo Conselho de Ética na semana passada e que tiveram recurso negado pela Mesa Diretora.
O pronunciamento de Suplicy foi proferido um pouco tarde, e feito apenas para que o senador paulista apareça no noticiário como alguém que luta contra Sarney. Em busca de publicidade para seu gesto, Suplicy ainda incluiu aquelas palhaçadas de cartão vermelho, o que lhe valeu uma reprimenda do senador Heráclito Fortes que sugeriu que Suplicy mostrasse o cartão para o presidente da República, que estaria por trás do arquivamento no Conselho de Ética e que teria invadido o gramado do Senado. Disse ainda que Suplicy estava no banco de reserva por ser suplente do Conselho.

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