2 de agosto de 2011

Bovespa cai 0,49% com temor sobre EUA

Dados sobre crescimento da economia americana ficaram abaixo do esperado

O principal índice das ações brasileiras fechou em baixa nesta segunda-feira (1º), em uma sessão de bastante volatilidade após a divulgação de dados piores que o esperado sobre a economia dos Estados Unidos.

O Ibovespa fechou em queda de 0,49%, a 58.535 pontos. O giro do pregão foi de R$ 5,2 bilhões.

O dia foi marcado pela divulgação do índice da atividade manufatureira dos Estados Unidos, que caiu de 55,3 em junho para 50,9, o menor nível desde julho de 2009. Economistas esperavam uma leitura de 54,9.

Após o dado, as bolsas norte-americanas deixaram de lado o otimismo com o acordo no Congresso sobre dívida e chegaram a ter queda de cerca de 1%. No fechamento, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 registraram queda de 0,1% e



A economia norte-americana ficou praticamente estagnada no primeiro semestre e a partir do meio do ano já não conta com a ajuda do programa de estímulo monetário do Federal Reserve (o Banco Central americano), o que reacende nos investidores o temor de uma recaída na recessão.

"Enquanto o debate sobre o teto da dívida ganhava as atenções, a economia continuou a se deteriorar", afirmaram economistas do Bank of America Merrill Lynch, em relatório.

Apesar do movimento global de aversão a risco, as ações mais negociadas do Ibovespa fecharam praticamente estáveis.

O papel preferencial de Vale caiu 0,07%, a R$ 45,58, e a ação equivalente de Petrobras fechou a R$ 23,50, mesmo nível de sexta-feira.

Entre os destaques positivos do pregão esteve a proposta de reestruturação para estrutura societária do grupo Oi, divulgada pela empresa nesta segunda-feira. A ação preferencial da Oi subiu 1,91%, a R$ 21,90, e a ordinária avançou 4,43%, a R$ 25, com a maior alta da Bovespa.

As ações preferenciais da Brasil Telecom, no entanto, caíram 2,82%, a R$ 12,75, à medida que "o mercado esperava uma melhora na avaliação da BRT", disseram os analistas Rizwan Ali e Miguel Garcia, do Deutsche Bank.

A operadora de shopping centers BRMalls teve queda de 2,21%, a R$ 17,66, mesmo após a inclusão da empresa na primeira prévia da Bovespa para o período entre setembro e dezembro de 2011

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