9 de julho de 2010

RESUMO DOS JORNAIS: VALOR ECONÔMICO


 
Manchete: Obras da Copa-14 já andam, mas os atrasos preocupam
As obras da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, em 2014, começaram a sair do papel, mas 7 dos 12 estádios estão com os cronogramas atrasados. Enquanto cinco atrasos são relativamente pequenos (variam de dois a cinco meses), dois projetos ainda estão completamente indefinidos e podem ficar de fora da Copa: o Morumbi, em São Paulo, e o Arena da Baixada, em Curitiba. Nas obras de infraestrutura urbana e nos aeroportos, os problemas são maiores, e muitos projetos executivos ainda não foram feitos.

Apesar dos atrasos, o andamento das licitações para transformar os atuais estádios em arenas multiuso (ou construí-las do zero) mostram que os governos foram capazes de criar equações financeiras para tornar viáveis os projetos e atender às exigências da Fifa. No Distrito Federal, terrenos estão sendo vendidos para pagar a reforma de R$ 696 milhões do Mané Garrincha e transformá-lo em alternativa para a abertura da Copa. O governo do Mato Grosso formou um fundo de R$ 1 bilhão com recursos orçamentários e financeiros para cobrir os custos da nova arena e as prescrições da Fifa.

Após o Mundial, todos os estádios do Nordeste serão explorados economicamente pelos consórcios. A concessão mais longa será na Bahia, de 35 anos, e a mais curta, de somente oito anos, no Ceará. A licitação do Maracanã, com preço limite de R$ 720 milhões, foi adiada para 15 de julho. No Rio Grande do Sul, ao contrário de São Paulo e Paraná, a iniciativa privada está bancando os projetos.

O BNDES criou uma linha de R$ 4,8 bilhões para construção ou reforma dos estádios. Quatro pedidos - Ceará, Amazonas, Bahia e Rio - já foram formalizados. Ontem, em Johannesburgo, na África do Sul, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o país apresentou oficialmente o emblema da Copa de 2014. (Págs. 1, A3 e A4)

Déficit externo cresce e traz inquietação
O desequilíbrio do setor externo tira a inflação do radar em cenários de médio prazo. A percepção dos economistas é de que a inflação será arrastada para o centro da meta no ano que vem. Já o setor externo volta ao debate ante a persistente tensão europeia e a perspectiva de que o Brasil, mesmo em desaceleração, continuará puxando as importações. Garantia de fontes de financiamento minimizam problemas adiante, mas elas podem ser comprometidas se os juros subirem nas economias desenvolvidas em 2001.

O Santander e o Itaú Unibanco sinalizam déficits em transações correntes em 2011 de, respectivamente, US$ 68,40 bilhões e US$ 82 bilhões. A pesquisa Focus indica déficit de US$ 57 bilhões - o dobro da projeção há um ano. (Págs. 1 e C8)

Empresa em recuperação anula penhora
Empresas em recuperação judicial têm recorrido à Justiça para evitar que seus bens sejam leiloados para o pagamento de dívidas tributárias, que por previsão legal não entram no plano de pagamento de credores. Em decisão recente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que duas máquinas já leiloadas para o pagamento da União fossem devolvidas à Borcol Indústria de Borracha, por serem essenciais à manutenção da companhia. Em decisões semelhantes, o STJ considerou ainda o fato de não existir um parcelamento especial para empresas em recuperação. (Págs. 1 e E1)

Foto legenda: O arroz da Dreyfus
Forte nos negócios com suco de laranja, grãos e cana no país, a Louis Dreyfus aposta agora também no arroz brasileiro, que passará a exportar, diz seu presidente, Kenneth Geld. (Págs. 1 e B10)

Gas Natural Fenosa investe R$ 1 bi no país
A empresa espanhola Gas Natural Fenosa poderá integrar seus ativos no mercado brasileiro em uma holding, a Gas Natural Fenosa Brasil, que pode ser um passo para uma eventual abertura de capital. Hoje o grupo participa das distribuidoras de gás que controla no Rio e em São Paulo diretamente via matriz e por meio da Gas Natural Internacional. A integração das participações do grupo no Brasil em uma holding deve significar vantagens na hora de contratar empréstimos ou de emitir bônus.

No plano de negócios do grupo para 2010-2014, o investimento nas concessionárias controladas - CEG, CEG Rio e Gas Natural São Paulo Sul - será de R$ 1 bilhão. "Esse é o piso, mas pode ser mais", diz Sérgio Aranda, diretor para América Latina. O maior crescimento no mercado brasileiro deve vir de novos projetos, que incluem os setores de distribuição de gás natural e de geração de energia elétrica. (Págs. 1 e B5)

A mirabolante quebra do sigilo bancário suíço
Os e-mails anônimos tinham um assunto irresistível: "Evasão fiscal, lista de clientes disponível."

As mensagens, enviadas há dois anos para autoridades fiscais por toda a Europa, faziam uma afirmação audaciosa: o remetente poderia fornecer uma longa lista de clientes de um private bank na Suíça, além de acesso aos sistemas de computadores dele.

Os e-mails partiram dos computadores de Hervé Falciani e Georgina Mikhael, dois funcionários do HSBC Holdings PLC, dizem pessoas a par do assunto. Cópias de dados do HSBC acabaram nas mãos de autoridades fiscais francesas, que as estão utilizando para perseguir supostos sonegadores de impostos que têm dinheiro guardado na Suíça. As cópias incluem nomes e detalhes das contas bancárias de milhares de clientes de 180 países. A Suíça se opõe vigorosamente ao uso delas por autoridades estrangeiras para perseguir infratores fiscais. Agora é o governo francês que está prometendo entregar os dados a outros governos que queiram encontrar sonegadores. (Págs. 1 e A12)

Instabilidade faz banco menor virar pechincha
A escalada da aversão ao risco está afetando diretamente as ações dos bancos brasileiros, sobretudo as dos pequenos e médios, o que abre oportunidades para o investidor. O potencial de valorização para algumas instituições fica na casa dos 40% para os próximos 12 meses, enquanto o dos grandes bancos é de 28%, em média, estimam analistas. Dados os bons fundamentos dos bancos, os papéis podem ser interessantes, apesar de sujeitos a oscilações. (Págs. 1, D1 e D2)

Empresas japonesas voltam seus olhos para os pobres dos países emergentes (Págs. 1 e B7)

FMI alerta para risco de os EUA entrarem de novo em recessão (Págs. 1 e A9)

Crescimento sem inflação
A maior expansão do investimento em relação ao consumo das famílias sinaliza avanço do PIB sem risco significativo de pressão de preços. A conclusão é da CNI a partir dos dados do primeiro semestre. (Págs. 1 e A2)

Grande marcha ao Oeste chinês
O governo chinês está colocando em prática uma nova série de medidas para desenvolver a pobre região Oeste do país, numa estratégia que chama de "Grande Exploração do Oeste". (Págs. 1 e A9)

Investimento em São Paulo
A indiana Infosys, especializada em prestação de serviços de tecnologia da informação, vai ampliar suas operações no Brasil. Puneet Gill disse que a companhia está avaliando algumas localidades para a instalação de base em São Paulo. (Págs. 1 e B1)

Pesquisa médica no Brasil
A CellPraxis, voltada ao desenvolvimento de pesquisas na área de terapia celular, em parceria com a Unifesp, finaliza estudos de um novo medicamento para tratar de uma doença cardíaca. (Págs. 1 e B2)

Daslu em recuperação judicial
A Daslu, da empresária Eliana Tranchesi, entrou com pedido de recuperação judicial. A dívida é de R$ 80 milhões e envolve cerca de 200 credores. (Págs. 1 e B3)

Compras em Paris
O volume de compras “tax free” (isento de impostos) por turistas brasileiros cresceu quase 60% na França nos cinco primeiros meses deste ano. Turistas de outros países emergentes também gastaram mais. (Págs. 1 e B3)

Mais transporte de cargas
A FedEx ampliou em quase 37% sua capacidade de transporte de cargas a partir do Brasil, com o início das operações de uma MD11, que tem capacidade de transporte de 87,5 toneladas. (Págs. 1 e B4)

Soja na Amazônia
Três anos após a assinatura da moratória da soja na Amazônia, representantes do pacto nacional detectaram 76 novos focos de plantio na safra 2009/10. Na safra anterior, de 2008/09, foram 12. (Págs. 1 e B10)

Corretora Itaú em expansão
A Itaú Corretora pode ir a mercado para comprar outras corretoras no Brasil, disse Jean Sigrist, responsável pela área de pessoa física. De janeiro a junho, a corretora negociou R$ 98 bilhões em ações. (Págs. 1 e C2)

Cingapura investe no Brasil
A Temasek, companhia de investimentos do governo de Cingapura, anunciou que está interessada em ampliar sua presença no Brasil e no resto da América Latina, em setores como finanças e agricultura. (Págs. 1 e C3)

Ideias
José Roberto Campos

Governo Lula não deveria iniciar seu maior projeto, o caríssimo trem-bala, a seis meses do seu fim. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Cláudio Gonçalves Couto

Seria bem-vinda a reforma da lei que livrasse o país de normas eleitorais que institucionalizam o fingimento. (Págs. 1 e A5)
Primeira Página
Obras da Copa-14 já andam, mas os atrasos preocupam
Déficit externo cresce e traz inquietação
Instabilidade faz banco menor virar pechincha

Editorial
Bancos precisam repassar os ganhos com a internet

Opinião
Regras para um novo mercado :: Cláudio Ribeiro de Lucinda

Colunas
José Roberto Campos
Armando Castelar
Cláudio Gonçalves Couto
Eduardo Campos

Política
Dilma mira nas mulheres para vencer muralha tucana do interior paulista
Em Bangu, Serra é lembrado por Saúde e ouve salvas a Lula
Em Minas, Marina busca tucanos e petistas desiludidos
Aprovação da LDO dá início a recesso
Em cinco horas, passam mais de 20 projetos
"É 3,3% até 2014"

Brasil
Indicadores da CNI apontam para alta do PIB sem pressão sobre preços
Emprego na indústria sobe pelo 5º mês consecutivo
Ibama interdita portos de Paranaguá e Antonina
No Nordeste, só uma obra começou
Para 2014, CBF teme caos aéreo
Em Cuiabá e Manaus, velhos estádios já estão em demolição
Indefinição em SP afeta planos de transportes
A bola não para
Prazo para licitação do Maracanã está no limite
DF inicia reforma do Mané Garrincha no fim do mês
Cronograma de obras viárias foi alterado em BH
Projeto sem patrocínio pode tirar Curitiba da Copa

Internacional
Otimista, FMI eleva projeções, mas alerta para risco nos EUA

Empresas & Tecnologia
Com mais lançamentos, setor de cosméticos sofre punições da Anvisa
Espanhola Gas Natural define plano de negócio para o Brasil
Planejamento do setor tem taxa de insucesso de 50%
Liderroll fecha contrato para duto da Petrobras
Embraer fecha primeiro semestre com 110 entregas
Para Anatel, Telefônica corrigiu Speedy

Finanças
Dentro da jovem Anbima, choque de interesses dificulta integração
Senado aprova normas legais para atuação das empresas de factoring

Investimentos
Negociação pela Vivo precisa atender interesses políticos
Direito de veto do governo na Portugal Telecom é ilegal
Bancos em promoção

Agronegócios
Rossi vai à UE negociar carne e transgênicos
Saldo da balança do agronegócio cai em junho
Dreyfus agora investe em arroz e amplia aposta no café
Fusão entre Santelisa Vale e LDC gera ganhos de escala da ordem de 20%
Apesar de feijão, safra será recorde
Plantio de soja desafia a moratória na Amazônia

Legislação & Tributos
STJ suspende penhoras de bens de empresas em recuperação judicial
Receita reabre prazo para contribuinte incluir débitos no Refis

Cultura
Avant-Première
A voz que ainda falta aos pobres
No mundo da crença indiscutível

The Wall Street Journal Americas
Empresas japonesas miram pobres do mundo emergente

Cultura
Mercado para fins políticos







Nenhum comentário: