8 de julho de 2010

DILMA E SERRA: CHUMBO TROCADO


DIA É CHEIO DE TROCA DE FARPAS

Jornal do Brasil - 08/07/2010


A troca de farpas no primeiro dia de campanha eleitoral oficial dá a tônica do que será a disputa. José Serra (PSDB) atacou Dilma Rousseff (PT) "por não ter lido o próprio programa de governo". A candidata petista rebateu na mesma moeda, afirmando que os tucanos fizeram um "governo para poucos". Já Marina Silva (PV) preferiu buscar polêmica criticando os dois adversários pela disputa da paternidade do programa Bolsa Família.

O segundo dia de campanha eleitoral foi marcado pela troca de farpas entre os três principais candidatos à Presidência. Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) estiveram no estado de São Paulo, onde participaram de corpo a corpo Dilma e Serra pelas ruas, Marina em uma feira de negócios. Dilma criticou as gestões do PSDB, Serra soltou farpas contra a rival, e Marina atacou os dois.

A candidata do PT começou o dia no Centro de São Paulo, onde fez uma caminhada ao lado do candidato petista ao governo do estado, Aloisio Mercadante, e do seu candidato a vice, Michel Temer, além da ex-prefeita Marta Suplicy.

De cima de um carro de som, ela pediu para ser eleita a primeira mulher presidente do Brasil. Entre as alfinetadas no PSDB, afirmou que o partido não governa para todos.

É um governo de poucos e não de todos. Nós fizemos um governo para todos, e olhamos mais para aqueles que mais precisavam disse Dilma.

A ex-ministra citou o slogan tucano (O Brasil pode mais) para criticar o governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso: Eles dizem que podem fazer mais. Como eles podem fazer mais? Quando eles estiveram no governo, e que podiam mais, eles fizeram menos discursou Dilma.

Sobre política externa, ela falou do governo Lula para ressaltar a posição de respeito adquirida pelo Brasil no exterior.

A candidata prometeu, se eleita, aumentar a geração de empregos, construir policlínicas 24 horas e ampliar investimentos em educação.

Tucano
 O tucano José Serra esteve em Jundiaí, na companhia do candidato ao Senado Geraldo Alckmin.

Serra não poupou críticas a Dilma, criticando a ex-ministra por assinar um programa de governo sem ler, aproveitando-se do fato de o PT ter apresentado um documento assinado por Dilma contendo supostas diretrizes para o programa de governo petista. O documento acabou sendo trocado por outro, já que a coordenação de campanha petista havia apresentado os textos por engano ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Achei incrível, realmente.

Você não assina um programa assim, sem dar uma olhada naquilo que tem disse Serra.

Durante a caminhada, Serra também falou sobre propostas de governo, entre elas, a redução de impostos federais sobre o sistema de saneamento de estados e municípios: O tucano também abordou um tema presente já em sua pré-campanha, o suposto aparelhamento do governo federal: Aparelhado, às vezes as pessoas não entendem.

Significa loteado entre partidos. Ou seja, não é segundo sua capacidade, sua experiência afirmou.

No entanto, Serra reconheceu que distribuir de cargos usando critérios políticos não é novidade: O PT não inventou, mas reforçou muito.

Serra reafirmou também querer inserir mais 15 milhões de famílias no programa Bolsa Família.

Ver de Marina Silva esteve na 42ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal), no Anhembi. Ela criticou Dilma e Serra por uma aparente disputa da paternidade do Bolsa Família: Vejo como insegurança.

Quando se tem compromisso visceral, como teve o presidente Lula e como eu sei que eu tenho, pela minha trajetória, não precisa concorrer para mostrar quem é mais comprometido com o pobre.

Na Francal, Marina falou sobre o setor atacadista, importante para a geração de empregos no país, e defendeu políticas de incentivo e aperfeiçoamento do setor.

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