24 de junho de 2008

DEFINIDAS CANDIDATURAS NAS PRINCIPAIS CAPITAIS E CIDADES

Neste fim de semana foram escolhidos os candidatos da maioria dos partidos nas principais capitais e cidades. No Rio de Janeiro foram escolhidos, Eduardo Paes pelo PMDB, Fernando Gabeira pela Coligação PV-PSDB-PPS E Alessandro Molon pelo PT. Falta homologar a candidatura de Jandira Fegalhi. Em São Paulo, o PSDB aprovou Geraldo Alckmin. O PT lançara Martha com o apoio dos partidos que integram a aliança que apóia o governo Lula, com Aldo Rabello como vice. Em BH, uma grande coligação aprovou a candidatura de Mario Lacerda. Em Niterói, o PT aprovou a candidatura de Rodrigo Neves, apoiado pelo PMDB, e dentro de alguns dias, o PDT sacramentará a candidatura de Jorge Roberto Silveira, com o apoio do DEM.
Como se vê as três principais capitais já têm candidatos. Mas o quadro eleitoral é diferente em cada uma delas.
Em São Paulo haverá polarização semelhante ao plano federal, de um lado o PT, reunido com os partidos da base de apoio do governo Lula, e de outro o PSDB com Alckmin e o DEM com Kassab. Em Belo Horizonte, a candidatura tem o apoio formal e informal de quase todo mundo, e dizem que o presidente LULA tem simpatia pela sua candidatura. No Rio a maioria dos candidatos corre na mesma faixa.
Geralmente, as eleições municipais seguem muito a dinâmica local. Em São Paulo a situação nacional vai influenciar, com algumas características determinadas pela falta de definição de um projeto estratégico pelo PSDB.
No momento, o governador Serra lidera as pesquisas para a eleição de 2010. Seu partido, o PSDB deveria fazer o possível para a manutenção da aliança com o DEM, o que não seria difícil diante das ligações do governador com o prefeito. Mas, nem o governador Serra, nem a alta direção do PSDB tiveram coragem para demonstrar ao ex-governador Alckmin a importância da manutenção dessa aliança. Resultado, ficou um espaço para Alckmin impor sua candidatura.
De passagem é importante registrar que dentro do PSDB paulista existe um grupo pró Kassab que é maior do que os que apóiam Alckmin. Esse grupo registrou a candidatura do prefeito, e parece que seria vitorioso na convenção.
Mas, a derrota da candidatura Alckmin poderia causar um estrago maior. Serra foi obrigado a manobrar, influenciando a retirada da candidatura de Kassab. Realizada a convenção, tendo Alckmin como candidato único, ele foi vitorioso na convenção, e apesar de liderar as pesquisas, dificilmente será eleito, e possivelmente será “cristianizado”.
As rusgas permanecem. O PSDB ficou dividido, nele há uma ala Kassabista, que ocupa cargos e Secretarias no governo municipal. Isso vai dificultar a campanha de Alckmin que não poderá subir o tom de critica contra o governo de Kassab, pois o seu partido, o PSDB ocupa a maioria dos cargos e Secretarias, e onze dos doze vereadores do partido apóiam o governo municipal, e o prefeito é um aliado do governador de seu partido.
No Rio vai ser a eleição mais disputada. Crivella lidera com 27%, seguido de Jandira com 16%, e Gabeira com 14%. Quase todos os candidatos tem origem na esquerda e Crivella apesar de liderar as pesquisas é o candidato que apresenta a maior rejeição. A questão do Morro da Providência vai figurar na pauta de todos os candidatos que usarão o fato pra criticar o Crivella. Pior que isso, ele não poderá utilizar a obra em sua propaganda política como era de seu desejo. Essa situação se agravou agora com a decisão do TER-RJ de embargar a obra.
Na campanha do Rio, mais uma vez o PT combina uma coisa e fa outra. Estimulou o PC do B a retirar à candidatura de Aldo Rabelo, na esperança de receber o apoio do PT a candidatura de Jandira Fegalhi. Retirada a candidatura de Aldo que aceitou ser o vice de Marta, o PT manteve a candidatura de Alessandro Molon, e alega que o eleitorado dos dois é diferente, pois o candidato petista teria sua base de apoio no eleitorado católico. Pra compensar insinua que o presidente LULA simpatiza com a candidatura de Jandira.

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